quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Ruptura - 2ª Temporada

Assisti a 2ª Temporada de Ruptura (2025) de Dan Erickson na AppleTV+. É extremamente triste, me emocionei inúmeras vezes. Para desespero dos fãs que me incluo, não está confirmada a terceira temporada. Sim, pode não existir, fechou com algumas pontas soltas, mas nada que não possa já ter terminado. 

Três estavam prestes a acordar no externo e saber quem são por alguns minutos. O combinado era contar quando voltassem. O interno de Mark (Adam Scott) nós conhecemos mas ele descobre que a esposa está viva, mas como ele tem a ruptura nesse momento exato, o externo fica confuso. Helly (Britt Lowell) descobre que é a filha do criador daqueles horrores e que ela é horrorosa também. Irving vai atrás de Burt. Como punição só Mark não é demitido e ele faz um inferno para ter os colegas de volta.

Em um episódio eles acordam na neve, no meio de uma floresta. Milchik (Tramell Tillmann) está mais infernal que nunca. Eles tem desafios. Muitas empresas fazem dinâmicas em florestas, vários executivos já morreram nessas dinâmicas e a série faz exatamente como tem sido. Michick fala que eles estão seguros que tudo foi pensado, mas na verdade eles estão sendo cuidados por uma criança que é a gerente deles e pelo Milchick. Então qualquer contratempo não tem médico, ambulância, primeiros socorros. Inclusive Irving fica muito mal e vai para a floresta e dorme lá, podia ter morrido de hipotermia, mas ninguém dá falta dele.
É muito engraçado quando eles descobrem a criança dando ordens pra eles, e eles repetem o tempo todo: "mas ela é uma criança". E ela fica lá, à disposição, em horários enormes. Sarah Bock está ótima, com seu semblante sem emoção, com suas ordens absurdas.

A trama das cabras finalmente é desvendada. A personagem da Gwendoline Christie é fundamental para mudar o rumo da trágica história dos internos. Fica claro que o líder é mais maluco que pensávamos e tem a Lumon como uma seita com rituais de sacrifício.

Com a revolta da Cobel da incrível Patrícia Arquette, descobrimos o início da Lumon. Em um episódio ela segue para sua cidade natal que a Lumon destruiu. Lá a Lumon tinha uma indústria de éter e viciou seus habitantes. Um ex-amor de Cobel (James Le Gros) é o traficante de éter atualmente e lá só vivem idosos viciados. Inclusive é muito grande o número de atores com mais de 70 anos em papéis expressivos. Cobel foi buscar uns documentos na casa da pavorosa tia (Jane Alexander). São muito impactantes os confrontos das duas.
Nessa temporada os externos e internos estão em conflito entre eles, exceto Irving (John Turturro) que tem um desfecho triste conhecendo Burt (Christopher Walken) no externo. Mark está disposto a achar sua esposa. E ele tem um grande dissabor. Na neve ele e Helly se amam, até ele descobrir que era a Helena traiçoeiramente se passando por Helly. Ficamos na dúvida se Helly está fingindo porque ela não conta sobre sua externa. Até que ela diz que ficou com vergonha. Ela é digna diferente de sua pavorosa externa. O externo de Mark descobre que seu interno é feliz lá, que até ama uma mulher, tem amigos.
Dylan, do ótimo Zach Cherry, foi manipulado pela Lumon, que não se cansa de fazer as pessoas infelizes. Como a Lumon sabe que ele ama presentes, proporcionam momentos mágicos vendo a família do externo e sua esposa, da linda e talentosa Merritt Weaver. Os Dylans passam a se odiar e disputar o amor da esposa e é de cortar o coração.

O final é muito violento e impactante. E dá pra ter continuação que eu adoraria, mas também dá perfeitamente pra terminar. Que série! Entre as melhores séries que já vi na vida.
Ao final dos créditos tinham bastidores. Todos falavam do episódio que passara e com cuidado, sem dar dicas, muito bom.

Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Spirit in the Blood

Assisti Spirit in the Blood (2024) de Caly May Borgstrom na HBOMax. Achei que era filme de fantasminhas, mas não é. É um filme complexo, em uma cidade retrógada e violenta com uma adolescente já encontrada morta na mata. O filme aborda umas questões importantes e interessantes, mas não chega a ser um grande filme, muito pelo contrário.


O pai (Greg Bryk) resolve voltar para a sua cidade com a mulher grávida e a filha adolescente. Ele é um pavor. A cidade toda é um pavor. Claro que ele frequenta uma igreja com um pastor (Michael Wittenborn) preconceituoso e violento. Com o tempo ficamos sabendo que a mãe perdeu o bebê algumas vezes em uma gestação avançada e é por isso que o pai resolve ir para a cidade. Confesso que eu fiquei na dúvida se o responsável pela perda do bebê não era a violência do pai. Assim que começam a chegar na cidade, no meio da mata, ele se indispõe com a filha e a larga sozinha no meio do nada. Depois ele vai na plantação buscá-la e a acolhe.. É do tipo morde e assopra. Na plantação a jovem pensa ter visto um homem árvore se mexer, mas é tudo muito sutil e podia ser um efeito do vento.
 
Summer H. Howell está ótima. Por ser de família violenta e disfuncional, lógico que ela vai se ligar a uma jovem semelhante. Sarah-Maxine Racicot também está ótima. O que poderia ser um grande desastre, acaba sendo uma grande proteção. As duas passam a inventar rituais, buscar o lado animal delas e chamam outras jovens para se unirem. Elas começam a ter força, coragem, estratégia e união. Sim, elas passam do ponto e são violentamente punidas, bastava bronca e algum castigo. Mas todas são muito abandonadas, por famílias ausentes, não teria como elas serem diferentes.

Enquanto elas estão nos seus processos de força e coragem, os homens e adolescentes homens da cidade estão caçando animais. Eles cismaram que quem faz  mal as jovens é algum animal. A dor delas vendo os animais mortos é de cortar o coração. Sim, é tudo filmagem, não é real, mas é desolador.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 12 de agosto de 2025

A Menina Passarinho

Assisti a peça A Menina Passarinho da CTI - Teatro Paulo no Encontro Paulista de Teatro de Grupo na Refinaria Teatral. Foi o último evento do encontro que já estou com saudades. Eu queria muito ver esse espetáculo porque tinha ficado encantada com as fotos. Adoro teatro de bonecos. Sim, era teatro, música e tinha também bonecos. Que história linda.

A menina quer ser um passarinho. O texto e a direção é do Edu Brisa. Tudo é lindo! Os figurinos são de Samuel Cabral, que também assina o cenário e Eder Lopes. Os bonecos são de mamulengos feitos por Oscar Luiz (latino) Mamulengo de Si Mesmo. Tem música ao vivo, todos cantam e tem instrumentos no palco. A menina é interpretada por Juliana Crifes e tem a ajuda do amigo de Beto Bellinatti na busca por ser passarinho. A mãe dela é o boneco da primeira foto.
A professora é um boneco e a voz dela é gravada pela Odília Nunes. O espetáculo é muito lindo!
O teatro estava lotado e tinham muitas crianças. Esse encontro tem sempre conversas ao final. Edu Brisa contou que Odília Nunes é uma importante palhaça de Pernambuco. Ele disse que o grupo pesquisa histórias, principalmente de cordel, para criar as deles.
Eu já tinha visto um espetáculo do grupo, A Casa de Farinha do Gonzagão que comentei aqui
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Killing Eye - 1ª Temporada

Assisti a 1ª Temporada de Killing Eve (2018) de Phoelle Waller-Bridge na Netflix. Já tinha ouvido falar, mas foi só depois de uma indicação no instagram que resolvi começar a ver. Essa série sai do acervo da Netflix no dia 14 de agosto, então corri para ver ao menos a primeira temporada, que gostei muito.

Pessoas são mortas e uma equipe começa a achar que é pela mesma pessoa. O mais interessante da série é a tensão entre a assassina e a investigadora, pelas ótimas Jodie Comer (Villanelle) e Sandra Oh (Eve Polastri). O personagem de Kim Bodnia que determina quem vai ser morto. Villanelle fica com a maior fixação em Eve. Envia roupas caras, perfumes. E Eve fica muito mexida.

Vilanelle que avisa Eve que há muita gente no entorno dela traindo-a, trabalhando para o outro lado. As locações são lindas, os cenários e figurinos também. Quem sabe em algum momento entra em um outro streaming pra eu ver o resto.


Beijos,
Pedrita

domingo, 10 de agosto de 2025

Feios

Assisti Feios (2024) de McG na Netflix. A premissa é boa. Os jovens vivem praticamente em um internato, tudo é cinza. Aos 16 anos eles vão passar por uma transformação física para ficar "bonitos". Como os jovens de hoje, eles passam os dias escolhendo as transformações que desejam, como se o que nasceram não fosse bonito. Seria muito bom pra discutir os filtros, os ideais igualitários e falsos de beleza que se aproximam muito a uma "pureza de raça". Algo tão nocivo, doentio e perigoso, mas o filme se perde completamente. Eu até agora me pergunto porque fui até o final, sem final, o que só piorou a minha indignação.


O filme tem uma pegada adolescente, mas se fosse bem desenvolvido não seria um problema. Os jovens ainda no internato estão prestes a fazer 16 anos. Joey King é a protagonista, ela está bem satisfeita em mudar de visual. Seu melhor amigo vai antes.. Ela faz outra amiga rebelde e começa a conhecer livros, na verdade um só, e outras perspectivas de vida. A amiga foge para a mata. Ela é a linda Brianne Tju. A protagonista toda feliz segue para a transformação dos 16 anos que não acontece. O sistema perverso a chantageia. Ela deve ir procurar a amiga e trazê-la de volta. Só assim poderá fazer a transformação.
Pra piorar, a cidade do futuro coloca um colar nela pra saber a localização e exterminar os rebeldes. A cidade do futuro é linda, tecnológica, cheia de recursos. O próprio internato tinha tecnologia, banheiros equipados, alimentação. E aí vem a incoerência. O filme seria pra mostrar como a transformação é ruim, mas viver na mata, em acampamentos, plantando em plantações que não vi, caçando animais que não vi, não parece nada promissor. Ela só treinou tiro de arco e flecha. Como sempre os filmes desvalorizam o cuidar da terra, dos animais.
Os únicos que tem uma única casa são os ancestrais, os pais jovens do líder de Keith Powers. Tudo é esquisito. A casa é enorme, bem equipada, com livros, dava perfeitamente pra muitos morarem lá também, sem precisar brincar de acampamento. Eles eram cientistas da cidade tecnológica, não concordam e se refugiaram na mata. Fica difícil gostar de ser rebelde sem tecnologia, banho quente, infraestrutura. Pra piorar, claro que há confrontos, e a protagonista decide passar pelo procedimento, não dá pra entender porque depois da lavagem cerebral ela fica inútil. Os rebeldes prometeram salvar ela e a amiga. E o filme acaba. O filme ficou entre os mais vistos muito tempo. Isso acontece muito em streaming, o que estreia vai sempre pro topo, independente se é bom ou ruim. As críticas a esse filme foram péssimas então até agora a Netflix não confirmou se vai ter continuação ou série. Se não tiver perdi mais ainda o meu tempo. Mas nem sei se quero ver, tão ruim que é.
Bejios,
Pedrita