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sábado, 20 de agosto de 2022

Além da Ilusão

Assisti Além da Ilusão (2022) de Alessandra Poggi na TV Globo. Que novela! Fiquei muito feliz que o cineasta Jeferson De integrava a equipe de direção. Eu participo de um grupo de novela no Whatsapp e eram só elogios, bom, nem tanto, porque um dos prazeres do noveleiro é dar palpite e principalmente dizer como queria que tivesse sido, tanto que o bom de uma novela é ser uma obra aberta. Aguardo ansiosamente a nova novela dessa autora. 

Começa com a história de Elisa, será o début dela. A mãe precisa ir embora porque o pai (Lima Duarte) está doente. Elisa se apaixona pelo mágico de sua festa, seu pai, um juiz, fica possesso e passa a fazer um inferno da vida da filha. Até ir armado pagar o mágico pra largar a filha dele, encontrar ela lá, atirar e matá-la por engano porque ia acertar o mágico. Ele coloca então a culpa no mágico, manobra tudo pra sumir com as provas que inocentam o rapaz que vai preso. Todos estão ótimos Larissa Manoela, Rafael Vitti, Antonio Calloni e Sofia Budke.

É linda demais a cena de avô e filha na vida real, Paloma e Lima Duarte. Eles são pai e filha na trama. Ele revela que sabe onde está a filha dela, mas morre antes de conseguir contar. Que cena difícil e imagino que mais difícil ainda ela esbravejar sob o próprio avô. Ela teve a menina que ninguém queria, uma bebê arrancada de seus braços e nunca mais soube de seu paradeiro. Ela também não conta quem é o pai. Tramas e tanto pra engatar a novela.
Dez anos se passam e aumenta o destaque da vila operária. Os protagonistas criam a tecelagem, alguns que trabalhavam na fazenda migram pra fábrica. Eu amei que cada personagem tinha o seu momento de história. Uma mais bem construída que a outra. Onofre (Guilherme Silva) era um homem rude, amava a esposa e as filhas, mas apronta um bocado na trama. Felicidade (Carla Cristina Cardoso) sofre um bocado. Que personagens! Até a pequena Madalena (Vivi Sabino) ganha o seu destaque. por saber escrever muito bem, ela passa a ganhar trocados escrevendo cartas de amor pra Arminda e consegue comprar sua bicicleta.
Eu amo os atores Olívia Araújo e Luciano Quirino, que emoção que eu fiquei quando a novela juntou os dois. Ela trabalhava na casa grande, era braço direito do Davi. Augusta era a amiga que todo mundo queria ter. O casamento dos dois foi lindo, mas eu amava um vestido marrom dela com bordados na manga. Os figurinos eram maravilhosos, alguns eram de Paula Carneiro, a direção de arte impecável. Abílio era viúvo, pai do Bento (Matheus Dias), personagem que eu e as minhas amigas odiamos, não queríamos de jeito nenhum que ele ficasse com a Letícia (Larissa Nunes). Achei que ela também iria concorrer a rainha do rádio já que a atriz canta maravilhosamente, mas focaram nela ser professora e tentar vaga em um colégio que foi muito bonita a trama, com bons questionamentos.

Gaby Amarantos que foi a rainha do rádio. Emilía, a personagem, teve uma trama bem tortuosa. Ela era empregada do casarão, mas sonhava em no futuro ter uma casa daquela. Infelizmente ela se une a um patife (Marcos Veras) e passa a fazer golpes no casino. Na época casinos ainda eram permitidos. Achei muito bonito mostrar que ela pagou pelos seus erros, foi presa e depois foi cantar na rua. Por uma sorte do destino, principalmente de novela, ela volta a ser rainha do rádio e aí sim tem seu sonho realizado. Muito lindo!
O marido de Emília (Cláudio Gabriel) não se conformava com o sonho de riqueza da esposa. Ele acaba se apaixonando pela viúva Giovanna, dona da venda na vila. Adoro a Roberta Gualda em um lindo personagem. Mãe do Lorenzo (Guilherme Prates).

Eu amava o casal Heloísa e Leôncio (Eriberto Leão). E com ele e com o Mathias, falou-se muito da luta antimanicomial que eu sou devota e que acabou coincidindo com as discussões em voltar com os manicômios hediondos do passado. E o assunto foi discutido sem ser didático. Até Nise da Silveira aparece na trama. Chamaram a Glória Pires que viveu a personagem no cinema, foi emocionante. A autora foi muito corajosa em abordar temas tão complexos na novela. Achamos muito coerente o desfecho do Mathias. Quantas pessoas que perdem a sanidade e vão viver com seus objetos nas ruas

Foram tantas tramas que vou acabar sendo injusta com alguns personagens. Amava a família do Xuxu, quer dizer, do Constantino (Paulo Betti). Ele dono de casino, casada com uma viciada em jogos (Alexandra Richter), uma combinação que não dá certo. O amor deles era contagiante. Como gosto da Caroline Dallarosa e que personagem encantador, outra que queria como amiga. Arlette Salles era a matriarca da família e aparecia de vez em quando. Viúva, ela vivia intensamente e nunca desistia do amor. Juntam-se a esse núcleo a divertida e alucinada Mariana (Carol Romano) e o crupier Geraldo (Marcello Escorel).
Malu Galli tinha uma linda e forte personagem. Leal ao marido que enlouqueceu, ela sofre muito por se apaixonar por seu sócio Eugênio (Marcello Novaes). A novela fala muito da época onde mulheres só podiam trabalhar com permissão do marido, relações trabalhistas da época, mulheres não poderem votar.
Gostei muito que a autora investiu em cultura na novela. Começou e terminou com shows de ilusionismo. Teve show de vedetes com as ótimas Marisa Orth e Duda Brack. Inclusive no final encenaram Vestido de Noiva, mas só vimos os aplausos. Teve uma outra peça, Amor por Anexins de Artur de Azevedo. Sempre nas festas da vila tinha grupo de músicos, alguns entre os próprios do elenco como o Claudio Jaborandy, e canto. Criaram um cinema na vila operária que estreou com o Mágico de Oz. Teve a rádio, a Novela de Rádio. Momento tão fundamental em falarmos de cultura.
"Comigo não tem lorota". Que personagem maravilhoso da Mariah da Penha. Amei que a Manuela virou celebridade. Cozinheira de mão cheia passa a ter programa na rádio e ter uma legião de fãs. Li que a autora estudou as expressões da época, tem até matéria no Gshow sobre isso, usaram quiprocó, sabão, gabiru, pombas, gastar os tubos, papagaio e muitas outras.


Como eu torci pela Olívia e pelo Tenório. Débora Ozório e Jayme Matarazzo estavam ótimos. Ele padre e ela se apaixona, foi muito linda a história deles. Ele inclusive funda um jornal na vila e passa a falar de política, mesmo com a censura e opressão de Getúlio.

Foi lindo o amor de Leopoldo (Michel Bois) e Plínio (Nikolas Antunes). Um filho de um rico empresário conservador (Shimon Namias) e o outro o galã de novelas de rádio. O público ficou indignado com o corte do beijo gay que acabou acontecendo no final da novela. Os atores emocionaram! Foi muito bom ver uma diversidade de atores no elenco, nem sempre tão conhecidos do público, abrindo espaço para outros talentos, alguns outros são Patricia Pinho, Ricky Tavares, Luciana de Rezende, Jorge Lucas, Alex Brasil, Thayla Luz, Patrick Sampaio, Fabrício Belsoff, Nicolas Parente, Andrea Dantas, Maria Luiza Galhano, Pia Manfroni, Pablo Moraes, Clara Duarte e Maria Manoela.
Bárbara Paz e Danilo Mesquita estavam excelentes como os vilões. Achei cansativas as idas e vindas das armações, que encolheram outras tramas como a competição da rainha do rádio, a peça Vestido de Noiva, mas eles estavam ótimos e a complexidade dos seus personagens eram muito interessante.

Luciano Quirino escreveu um lindo texto no instagram dele que foi reproduzir aqui e finalizar essa postagem:
"Álbum de Família - Família aumentou
Hoje vai ao ar o ultimo capítulo de Além da Ilusão , uma História que alegrou e emocionou Milhões de Brasileiros. Fomos lindamente representados por personagens que fazem parte da história e da cultura desse país. Foi uma responsabilidade e um presente . Término esse trabalho feliz com a sensação de missão dada é missão cumprida. Muito grato a toda equipe produção, elenco , direção e técnicos, levo um pouquinho de cada um de vocês comigo. Foi SENSACIONAL estar com vocês nessa jornada . Até a próxima ❤️😉🙌🏾🍀🌻💥💔
E em nome da Família Nogueira
MUITO OBRIGADO ☺️😉"









Beijos,
Pedrita

sábado, 14 de agosto de 2021

A Suspeita

Assisti A Suspeita (2021) de Pedro Peregrino no Festival de Cinema de Gramado no Canal Brasil. Infelizmente o festival precisou ser virtual em mais um ano, mas eu tenho adorado mais uma vez poder acompanhar os filmes pelo Canal Brasil. Seria muito bom se essa prática continuasse. Diariamente passa um longa e tem ainda documentários e curtas. 
 

Gloria Pires interpreta uma policial. Ela é acusada de matar um colega de trabalho. Ela levou uma pancada na cabeça na ação, não lembra o que ocorreu e começa a investigar. A polícia quer que ela tire uma licença. É uma trama bem intrincada e com ótimo elenco: Gustavo Machado, Bukassa Kabgenguele, Kizi Vaz, Genésio de Barros, Charles Fricks, Daniel Bouzas e Alexandre Rosa Moreno.
Beijos,
Pedrita

domingo, 9 de julho de 2017

O País do Cinema - Flores Raras

Assisti a nova temporada de O País do Cinema com o filme Flores Raras no Canal Brasil. Eu amo esse filme, entre os melhores que já vi e adorei que foi o que abriu a nova temporada. Fabiúla Nascimento entrevistou o diretor Bruno Barreto e Glória Pires que interpretou Lota de Macedo Soares. Esse filme é lindo, poético e histórico. Sempre adorei os poemas de Elizabeth Bishop e só soube que ela viveu 10 anos no Brasil após o filme. Também não conhecia Lota, grande responsável pela beleza do Aterro do Flamengo.

Eles falaram de como o filme surgiu na vida deles. Glória Pires queria muito fazer, mas foram anos até sua realização. Já Bruno Barreto não aceitou inicialmente. Essa nova temporada cada um escolhe a cena que mais gostou. Os dois escolheram cenas pequenas mas cheias de significado. Glória Pires escolheu a cena logo após a noite de amor das duas, quando Lota explode uma pedra. E Bruno Barreto a que a Lota descobre a timidez de Bishop e seu lado reservado, que antes achava ser arrogância. As duas, Lota e Bishop eram mulheres fortes e únicas. Bruno Barreto contou que Petrópolis alegou que a cópia do filme nunca chegou e nunca passou por lá. Petrópolis foi a cidade que as duas viveram. Fiquei eufórica de saber que o próximo filme do País do Cinema é o maravilhoso O Palhaço. Ansiosa!


Beijos,
Pedrita

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Linda de Morrer

Assisti Linda de Morrer (2015) de Cris D´Amato no TelecinePlay. Eu tinha um pré-conceito em relação a esse filme. Foi no Natal, na casa da família da Patry do Marion e sua Vida, que eles estavam vendo e elogiando muito. Vi alguns pedaços, fazia um esforço para não ver porque gosto de ver o filme todo, mas eles sempre, olha isso, agora aquilo, que fiquei com vontade de ver.

É bem engraçado. Não sabia que a personagem da Glória Pires morre e quando comecei a ver, muito menos logo no começo. Confesso ter estranhado o discurso de uma protagonista sobre a beleza de cada um, sendo ela de uma família que gosta bastante de interferências estéticas, soou meio falso. 

Eu adoro vários atores do elenco. Gosto demais do trabalho do Emílio Dantas, acompanho desde a TV Record. Me divirto com a Priscila Marinho, ela e Alexandre Rosa Moreno foram ignorados no Adoro Cinema. Ela está demais, rouba a cena. Viviane Pasmanter também está no elenco, como a paciente desequilibrada do protagonista que é psicólogo.

Eu adoro o Ângelo Paes Leme, também acompanho o trabalho dele. Ele é o mau caráter da trama. A personagem da Glória Pires é médica e descobriu uma fórmula que acaba com a celulite, são só alguns pílulas, até idosas ficam com pernas jovens. Só que os efeitos colaterais as enlouquecem. É aí que ela morre. As cenas tecnológicas são muito bem feitas. A médica passa o filme como espírito.

Emílio Dantas é médium, neto de uma mãe de santo interpretada por Suzana Vieira. A avó morre no mesmo dia da protagonista e diz que é o filho que vai ajudá-la. São muito bons atores no elenco: Pablo Sanábio, Cora Zobaran, Carol Macedo, Stella Miranda e George Sauma. Gostei que Linda de Morrer é um filme ágil, bem editado e curtinho. Uma delícia de ver. E gostei de falar desse culto exagerado a beleza, mesmo que não convença muito no tema. Acho que principalmente no Brasil as mulheres estão muito escravizadas em padrões estéticos da moda, que mudam a cada estação. Muitas mulheres se libertaram no passado pra se escravizarem em procedimentos estéticos, às vezes exageradamente.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Nise - O Coração da Loucura

Assisti no cinema Nise - O Coração da Loucura (2016) de Roberto Berliner. Eu contava os dias para esse filme estrear. Desde que começaram as matérias sobre a sua confecção queria ver. Fico sempre muito envergonhada de conhecer tão pouco a história de brasileiros ilustres e fico buscando informações na cultura que preencham minhas lacunas. Minha vergonha aumentou no final do filme quando vi que o diretor Leo Hirzman teria feito três documentários sobre pacientes da psiquiatria na década de 80.

O filme relata o período que a médica vai trabalhar no Engenho de Dentro. Ela vai para uma demonstração das eficácias da lobotomia e dos choques elétricos. Dois médicos vaidosos contam orgulhosos esses "avanços" da psiquiatria. Não sei se os leitores do blog sabem, mas sou há anos contra os manicômios desde que assisti Bicho de Sete Cabeças. Nunca fui a favor dos choques elétricos até porque soube deles pela ditadura militar que utilizavam em seus presos políticos em torturas. Nise diz ao diretor do hospital que não vai conseguir enviar pacientes para esses procedimentos, muito menos realizá-los. Ele diz que só há vaga no setor de terapia ocupacional que ficam enfermeiros, paga mal e não é a altura dela. Nise acaba aceitando. O filme mostra que os médicos acreditavam que a lobotomia e os choques levavam a cura. Nise da Silveira nunca achou que o seu trabalho curaria, mas sim integraria melhor as pessoas no meio que vivem.

Começa então um trabalho muito diferente do que vinha sendo ministrado. Um profissional do hospital sugere aulas de pintura. Nise diz que não há verba para o material. E ele consegue. Os internos começam então a se revelar nas artes, a chamar a atenção de críticos de arte. Os médicos do hospital não gostam do trabalho dela, veem com maus olhos. Glória Pires arrasa como Nise da Silveira, uma mulher de atos contidos, circunspecta. Nise da Silveira foi a única mulher que se formou naquela turma de medicina quando poucas mulheres se formavam no ensino superior. Todos os atores estão impressionantes, inclusive os que interpretam os loucos. Roney Vilela arrasa como Lúcio. Flávio Bauraqui e Fabricio Oliveira também está excelentes. Simone Mazzer está incrível como Adelina, difícil personagem de tanto desprendimento. Alguns outros igualmente brilhantes são interpretados por Julio Adrião, Bernardo Marinho e Claudio Jaborandhy.

Roberta Rodrigues faz a enfermeira, o enfermeiro é interpretado por Augusto Madeira. O que pintava por Felipe Rocha. A estagiária de artes plásticas por Georgina Góes. O diretor do hospital por ZéCarlos Machado. Outros médicos por Michel Bercovitch e Tadeu Aguiar. O marido de Nise por Fernando Eiras. Zezeh Barbosa, Eliane Costa e Perfeito Fortuna fazem uma participação.

O crítico Mário Pedrosa por Charles Fricks. A trilha sonora é de Jacques MorelenbaumNise - O Coração da Loucura ganhou inúmeros prêmios nos festivais internacionais, acompanhei cada prêmio com muita emoção: Melhor Filme e Melhor Atriz - Festival de Tóquio, 2015
Melhor Filme Juri Popular - Festival do Rio, 2015
Melhor Filme Juri Popular, Melhor Trilha Sonora e Melhor Direção de Arte - Fest Aruanda, João Pessoa, 2015
Seleção Oficial - Festival de Gotemburgo, 2016 
Seleção Oficial - Festival de Glasgow, 2016 
Filme de Encerramento - Festival Pachamama, Rio Branco, 2015
Seleção Oficial - Mostra Internacional de São Paulo, 2015

Nise da Silveira adorava gatos. Ela insere cães no hospital para auxiliar no tratamento e estimular a sensibilidade dos pacientes.  Trocava correspondências com Carl Yung. Escreveu vários livros, inclusive o livro Gatos, a Emoção de Lidar que quero ler. Em 1952 fundou o Museu da Imagem e do Consciente no Rio de Janeiro.


Beijos,
Pedrita

sábado, 30 de maio de 2015

Irmã Dulce

Assisti Irmã Dulce (2014) de Vicente Amorim no Telecine Play. Eu quis muito ver nos cinemas e não consegui. Me programei para ver na estreia no Telecine Premium, mas não consegui, devia ter gravado. Tentei ver no TelecinePlay mais tarde, mas não tinha. Fiquei triste, até que no dia seguinte entrou na programação do TelecinePlay.

Eu tinha visto muitas matérias e entrevistas e tinha ficado encantada com detalhes da vida de Irmã Dulce. Incrível ela ter continuado católica depois de tudo o que a igreja aprontou com ela. Como muitas religiões, fizeram um inferno da vida dessa mulher pelas regras de segregação, por falta de caridade, por falta de amor cristão. A igreja católica deve ter vergonha de homenagear a Irmã Dulce depois de tudo o que fizeram, ou pelo menos deveria.

Irmã Dulce era bombardeada de tudo quanto é lado. Quando jovem ela invadiu uma casa abandonada e o prefeito reclamou, exigiu que ela saísse com os doentes, mas não fez nada para ajudar os doentes achando outro lugar. Era a insistência da Irmã Dulce que fazia com que as pessoas ajudassem e dessem um pouco mais. Belíssima história de amor. Quando o Papa veio ao Brasil, não colocaram o nome da Irmã Dulce para estar perto. Foi o filho adotivo e a cidade que pressionou para ela ser convidada. Por sorte esse Papa viu a importância da Irmã Dulce e a visitou mais uma vez depois.

Irmã Dulce foi interpretada brilhantemente por Bianca Comparato e Regina Braga. A Irmã Dulce criança foi interpretada por Sophia Pereira Brachmans. Uma graça o menino que faz o filho adotivo interpretado por Lisandro Eduardo de Castro Oliveira. Ele mais velho foi interpretado por Amariuh Oliveira. Incrível como Irmã Dulce nunca abandonou esse filho, mesmo depois dele entrar pelo crime. Ela nunca desistiu dele, de procurá-lo pelas ruas. De visitá-lo na prisão. Até como mãe ela é um exemplo.
Muitos outros bons atores estão no elenco. Irene Ravache faz uma irmã megera que parecia que tinha vindo do tempo da Inquisição. Luiz Carlos Vasconcelos um padre. O pai por Gracindo Jr. e a mãe por Glória Pires. Elenco incrível com Malu Valle e Zezé Polessa, Ótimas todas as atrizes que fizeram as freiras, Patrícia Oliveira Zeca de Abreu. O amigo do Acordeon por Edinho Lima e Dudu dos Oito Barcos. O filme é incrivelmente bem realizado, belo esteticamente, corajoso de mostrar uma igreja católica tão pouco acolhedora e tão pouco cristã. 



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Dancin´Days

Assisti Dancin´Days (1978-1979) de Gilberto Braga no Canal Viva. Dirigida por Daniel Filho. A maioria dos capítulos eu vi às 13h30, alguns eu vi depois da meia noite. Linda a história do Cacá e da Júlia, interpretados por Antônio Fagundes e pela Sonia Braga, excelentes diálogos. Muito bom o texto quando o Cacá repreende o seu pai para não ser piegas e penitente, que é um lugar comum na tristeza.

A Júlia tinha uma personagem complexa. Ela fica presa vários anos, a irmã, interpretada pela Joana Fonn, esconde da sobrinha (Glória Pires) a história da mãe. Mostra bem a hipocrisia da sociedade que discriminava a ex-presidiária, até que ela volta moderna, com dinheiro, promovendo altas festas, aí todos a bajulam.

Muito rico também o personagem do Alberico interpretado brilhantemente pelo Mário Lago. Ele era um sonhador que vivia colocando a família em problemas financeiros. Para melhorar o orçamento da família alugavam os quartos. Incrível a personagem da Áurea, interpretada pela maravilhosa Yara Amaral. Filha do Alberico, casa bem, ganha um posto social e passa a viver de futilidades. Preconceituosa, é a primeira a querer longe a ex-presidiária. A irmã é interpretada pela Pepita Rodrigues. A esposa do Alberico é interpretada pela Lourdes Mayer.

O outro triângulo é bem jovem com os belos Lídia Brondi, Glória Pires e Lauro Corona. Ele e a personagem da Glória casam muito cedo, arrumam filho e as desavenças começam com a imaturidade. Cláudio Corrêa e Castro faz um pai castrador que não mede esforços para demover os filhos de suas escolhas, mesmo que sejam ilícitas suas ações. A novela é o no formato antigo, mais maniqueísta e com quadros muito longos. 

O elenco todo é muito bom: Reginaldo Farias, Sura Berditchevsky, Eduardo Tornaghi, José Lewgoy, Chica Xavier, Jacqueline Lawrence, Neusa Borges, Cleyde Bota, Gracinda, Freire, Beatriz Segall, Milton Moraes e Suzana Queiros. Dancin Days foi líder de audiência do canal.

Beijos,

Pedrita