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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Era Uma Vez Eu, Verônica

Assisti Era Uma Vez Eu, Verônica (2012) de Marcelo Gomes no Canal Brasil. Eu assisti o Cinejornal que adoro, e era uma entrevista com a Hermila Guedes. Ela ganharia em seguida uma sequência de filmes com sua participação, como o lindo Céu de Suely. Eu adoro essa atriz, emendei esse lindo filme em seguida. Eu adoro esse diretor. O filme é realizado em Recife.

Verônica acabou de se formar e consegue uma residência em um pronto socorro. Ela é psiquiatra. São filas e filas de pessoas aguardando algum tipo de atendimento. Marcelo Gomes gosta de filmar com as pessoas locais, sem figurantes, então é engraçado em um momento quando Verônica passa no corredor e uma mulher fala "é aquela atriz". Os casos são complexos. O SUS é incrível, mas pela alta demanda, a maioria só trata quando não há mais limite, há pouca prevenção. Então os casos são muito, mas muito difíceis. Verônica mora com o pai, Waldemar José Solha.
Ela tem uma relação física com o personagem do João Miguel. Apesar de gostar muito dele e ser muito bom na intimidade, ela não tem vontade de ter um relacionamento. Quer continuar a ser livre. Verônica também grava pensamentos, auto análise, é muito interessante.

O pai adora forró e ouve bastante LPs. Então a trilha sonora se divide nos forrós clássicos e nas músicas da Karina Burh. Inclusive uma ela canta ao vivo, já que a protagonista vai em um bar com show dela. A trilha está no Spotify.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 27 de abril de 2021

Pacarrete

Assisti Pacarrete (2019) de Allan Deberton no Canal Brasil. Finalmente consegui ver esse filme. Marcélia Cartaxo arrasa. O filme é ela.

Cartaxo interpreta Pacarrete que vive na cidade de Russas no Ceará. A cidade vai fazer anos e Pacarrete quer fazer um balé para comemorar a data. Ela procura a Secretaria de Cultura para estar no evento de comemoração, mas acham que os moradores da cidade vão preferir uma festa, com forró. 
Estreando na pandemia, Pacarrete acaba representando a cultura que tenta na aridez mostrar que a cultura é importante. Pacarrete existiu realmente, foi bailarina, desenhava, tocava piano, respirava cultura. João Miguel interpreta o dono de uma loja, a irmã de Pacarrete é interpretada por Zezita de Matos, a empregada delas por Soia Lira.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 21 de março de 2019

3%

Assisti a série 3% (2016) de Pedro Aguilera na Netflix. Queria muito ver essa série e é incrível. Me assustou a atualidade do roteiro. A primeira temporada tem 8 episódios profundamente intensos. 3% é o número de escolhidos para viver em paz, com bons recursos médicos, dignidade. A maioria vive miseravelmente, sem remédios, sem atendimento médico, sem moradias dignas, com pouca água e falta de alimentos. Não é muito diferente do que vivemos hoje e não só no Brasil, mas se compararmos só aqui já vamos ver muitas semelhanças. Só um percentual muito baixo de pessoas de renda muito alta tem acesso aos melhores tratamentos e aos hospitais, a maioria fica em filas monstruosas, esperando tratamentos, procedimentos e remédios. Moradia então nem se fala.

O processo de escolha dos 3% é perverso e liderado pelo personagem do João Miguel. O roteiro é muito inteligente, enquanto os jovens passam por provas absurdas vamos conhecendo a liderança e as histórias de como o processo foi criado. O protagonista está sendo questionado por alguns conselheiros que o consideram muito violento, colocam uma mulher para investigar o processo e a ele. A história dele é triste demais!

O elenco todo é incrível, tinha tempo que eu não via um produto com  um equilíbrio tão grande entre atores de várias origens. Bianca Comparato está impressionante, como gosto dessa atriz. Ela costuma ser chamada para fazer personagens que sofrem violências atrozes, o que não é diferente em 3%. No processo há integrantes infiltrados da causa. A causa quer informações do processo para destruí-lo. A personagem da Bianca é uma infiltrada da causa, outro é o personagem do Rodolfo Valente, gostei muito de reencontrar o trabalho desse ator. O personagem tem caráter muito duvidoso. A rebelde é interpretada por Vaneza Oliveira, que atriz, que personagem difícil. Adoro o ator que interpreta o cadeirante, Michel Gomes, é um rapaz sensível, filho de um fanático religioso do processo, que acredita no processo, mas vive de modo miserável do outro lado. Rafael Lozano é herdeiro de uma família que sempre foi bem nos processos, que sempre foram os escolhidos, é arrogante e se sente superior pelo histórico familiar, ótimo personagem também. Luana Tanaka é outra que participa do processo. O que não faltam são bons personagens.
Viviane Porto é outra que tem um personagem importante, ela entra na diretoria do processo para investigar os métodos do líder que acham que são muito violentos. O conselho então só tem feras: Zezé Motta e Carlos Mamberti. Sistemas perversos promovem uma infinidade de injustiças, liberam o que há de pior nos seres humanos.

Luciana Paes tem um personagem determinante na liderança do processo. Fiquei me perguntando o que a personagem teve que fazer para ganhar um cargo de liderança comparando o que foi solicitado a personagem da Vaneza Oliveira.

Que triste e difícil a personagem da Mel Fronckowiak. Ela só aparece na primeira temporada. Na Netflix já está disponível a primeira e a segunda temporada, estão gravando a terceira. Celso Frateschi interpreta o líder da Causa. A primeira temporada termina com o fim do processo.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A Hora e a Vez de Augusto Matraga

Assisti A Hora e a Vez de Augusto Matraga (2012) de Vinícius Coimbra no Telecine Action. Eu não consegui ver esse filme quando estreou nos cinemas, depois esqueci dele. Qual não foi a surpresa em ver ele nesse canal. Tinha muito mais a ver com o Telecine Cult. Que filme incrível! Impressionante!

O filme é baseado no conto de João Guimarães Rosa. Teve outra adaptação de 1965 que agora quero ver. João Miguel está incrível como Augusto Matraga. Um homem violento, que vive de crimes, mulheres. 

Ele é casado. Sua esposa é outra atriz que adoro, a Vanessa Gerbelli e tem uma filha. Em meio a desavenças com um coronel, Matraga pede que a esposa vá ficar em outra propriedade. No caminho ela resolve seguir com a filha com outro homem (Werner Schünemann). Os atores são incríveis, alguns em pequenas participações, um elenco maravilhoso.

Irandhir Santos também tem um grande personagem. Ele é funcionário do Matraga, fiel, mas medroso.

O coronel é vivido por Chico Anízio. Ele manda matar Augusto Matraga, seus capangas o espancam muito, Matraga cai de uma grande altura em pedras e todos acham que está morto.

Um casal o encontra, vai buscá-lo, e os dois começam a cuidar dele. Adoro esses atores: Ivan de Almeida e Teca Pereira. O padre (José Dumont) é chamado para a extrema-unção, Mas Matraga sobrevive, o padre diz para ele ir com quem cuidou dele para bem longe, trabalhar por três e viver sem mulheres. 

João Miguel passa a ser outra pessoa, incrível a modificação de interpretação. Até o jeito de andar é outro. Ele constrói uma casa para eles, ajuda todos na região incansavelmente, trabalha duro. Até que João Bem Bem (José Wilker) aparece, Matraga oferece abrigo e comida para o bando e se encanta com as histórias das aventuras. Wilker também está excelente.

O elenco é excelente: Júlio Andrade, Glicério do Rosário e Gorete MilagresA Hora e a Vez de Augusto Matraga ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival do Rio pela crítica e pelo público. João Miguel, Melhor Ator, José Wilker, Melhor Ator Coadjuvante. João Miguel também ganhou APCA de Melhor Ator.

Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Éden

Assisti Éden (2012) de Bruno Safaldi no Canal Brasil. Assisti no Now pelo controle remoto. Eu tinha uma certa curiosidade em ver esse filme, mas mais receio do que curiosidade. Éden é um filme claustrofóbico. Começa com nossa protagonista, a maravilhosa Leandra Leal, sofrendo, grávida e muito triste. Vamos sabendo aos poucos o que aconteceu.

Ficamos sabendo que o marido dela foi assassinado. Depois que estamos na Baixada Fluminense. O irmão dela é devoto de uma igreja evangélica e a leva para o culto. O irmão é interpretado pelo Júlio Andrade. João Miguel está excelente como o pastor sufocador. Ele vê que uma mulher grávida e viúva é uma ótima ferramenta de marketing e passa a manobrar essa mulher. A alegria desse pastor só aumenta quando ele conhece a esposa do traficante que matou o marido da outra e fica forçando o perdão e entendimento entre as duas, usando-as para uma campanha contra a violência e morte de jovens na Baixada Fluminense deixando mães sem maridos e filhos sem pais. A ideia até é boa, a questão é que ele quer se promover manobrando essas mulheres. A namorada do traficante é outra que deseja converter o namorado não porque ache que a fé seja a salvação, mas por motivos egoístas. O namorado tem várias namoradas e não quer nada sério com ninguém. Ela quer levá-lo pra igreja para forçar ele a ficar monogâmico e assumir a família, resumindo, ter ele só pra ela. A personagem da Leandra Leal parece desconfiar o tempo todo desse ambiente. Ela está só, triste, então se deixa levar, mas sempre tem dúvidas de tudo o que vê. Muito angustiantes as cenas feitas na passarela, são várias e insuportáveis. A cena final é simplesmente maravilhosa! Emocionante!

A trilha sonora e a direção de som são incríveis, igualmente sufocantes. Alguns outros do elenco são: Cristina Lago e André Ramiro. Éden é um filme de baixo orçamento e ganhou vários prêmios. Melhor longa metragem ibero-americano no Festival Internacional de Cinema do Uruguai. Leandra Leal ganhou prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio.

Beijos,
Pedrita

sábado, 4 de abril de 2015

Gonzaga De Pai para Filho

Assisti Gonzaga De Pai para Filho (2012) de Breno Silveira no Telecine Touch. Gostei muito! O foco foi a conturbada relação entre Luiz Gonzaga e seu filho Gonzaguinha. Mas como como mostram as relações familiares, fica claro os desacertos e as dificuldades familiares em várias gerações.

É compreensível a dificuldade do pai criar um filho tendo que viajar em turnê, mas a ausência é quase insuportável. Fatos também dificultaram ainda mais a solidão e a rejeição do filho. A mãe morre de tuberculose, ele é criado por uns amigos de Luiz Gonzaga. Após um tempo o pai casa novamente e a nova esposa não aceita o filho e o maltrata. Foram ausências demais, difícil não ser revoltado. Gonzaga De Pai Para Filho é muito bem realizado, editado, excelente fotografia e elenco. E não teve medo de desmistificar Luiz Gonzaga. Os atores estão excelentes. Luiz Gonzaga é interpretado na maior parte do tempo por Adelio Lima, Gonzaguinha por Júlio Andrade que arrasa.

A base do filme surgiu das gravações em fita cassete de uma entrevista entre pai e filho. O elenco todo é muito bom: Nanda Costa, Roberta Gualda, Nivaldo Expedito de Carvalho, Land Vieira, Silvia Buarque, Cyria Coentro e Claudio Jaborandhy. Fazem participações João Miguel, Cecília Dassi, Zezé Motta, Cássio Scapin e Domingos Montagner. Gonzaga de Pai Para Filho ganhou vários prêmios como o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator para Júlio Andrade e Melhor Som.

Beijos,
Pedrita

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Felizes para Sempre?

Assisti Felizes para Sempre? na TV Globo. O texto é uma releitura da minissérie Quem Ama Não Mata de Euclydes Marinho. Excelente adaptação do texto. A direção maravilhosa é de Fernando Meirelles. Eu queria muito ver essa série, gostei muito das chamadas iniciais só com voz e imagens em lugares ermos. Depois fomos conhecendo um pouco da história.

Felizes para Sempre? começa com a família reunida para comemorar os 46 anos de casamento dos pais. Logo percebemos que há desajustes nos relacionamentos dos filhos, mas parecem conflitos comuns, só com o tempo é que vemos que os problemas são muito profundos e muitas vezes irreversíveis.

Uma mulher permeia as tramas, ela trabalha como prostituta. Essa personagem é amoral. Ela se apaixona por uma mulher, mas não sente escrúpulos em colocar um alucinógeno na bebida dela só para conseguir seduzi-la mais fácil. Ela só pensa nela, na satisfação dos seus desejos, é ambiciosa e está interpretada brilhantemente pela Paolla Oliveira

O elenco todo é incrível, gosto demais dos atores: Enrique Diaz, Maria Fernanda Cândido, João Miguel, Selma Egrei, Cássia Kiss, Adriana Esteves, Martha Nowill, João Baldasserini, Rodrigo dos Santos e Caroline Abas. Não conhecia os atores: Perfeito Fortuna e Matheus Fagundes. Fazem pequenas participações: Cláudia Alencar, Bel Kowarick, Chrtistiana Ubach, Júlia Bernat, Ghilherme Lobo e Gero Camilo.

A trama é toda muito bem feita. Personagens complexos, o marido traído quebra o escritório do irmão e atira de raspão nele. Todos são imperfeitos. Fernando Meirelles quis que a trama se passasse em Brasília, muito bem feitas as cenas de corrupção, de construtoras em esquemas milionários, muito dinheiro no exterior, esposa laranja se fingindo de inocente. Trabalho impecável e inesquecível! O 007 também adorou.

Beijos,
Pedrita

sábado, 12 de janeiro de 2013

O Canto da Sereia

Assisti O Canto da Sereia de Nelson Motta na TV Globo. Essa minissérie de 4 capítulos é baseada no livro de Nelson Motta. A direção é de José Luiz Villamarim. A minissérie foi impecável em tudo, belíssima fotografia de Walter Carvalho, ótima edição que entrecortava a trama, ágil, excelentes cortes e imagens inusitadas, filmados de lugares incríveis. Os belíssimos figurinos são de Cao Albuquerque.

Isís Valverde interpreta uma grande cantora de axé. Ela tem uma carreira meteórica, muito por sua sensualidade e carisma, até que é assassinada em um trio elétrico. Pedem que um segurança dela investigue, já que acham que a polícia pode não resolver o caso pela possibilidade de um importante governador estar envolvido. Começa então uma ótima trama policial e passamos a conhecer a história de Sereia. Eu li que iam mudar o final que estava no livro, não sei se mudaram mesmo, mas o que aconteceu foi muito bem construído e convincente. Vou falar detalhes da minissérie: No início eu achava que era uma pessoa, mas assim que soube que a Sereia estava com um tumor e ia morrer em breve, eu imaginei o final que aconteceu, só não imaginava quem ia fazer o que ela pediu.

O elenco é incrível. Isís Valverde está maravilhosa, leve, carismática, às vezes irresponsável, desempenho maravilhoso. Fabíula Nascimento faz uma mãe de santo, do terreiro ainda está a maravilhosa Zezé Motta. Marcos Palmeira é o detetive, seu parceiro é Fábio Lago. Gabriel Braga Nunes e Camila Morgado também estão ótimos. Marcos Caruso faz o governador e seu marqueteiro, Marcelo Médici que arrasa. Só Love é interpretado brilhantemente pelo João Miguel. Margareth Menezes faz a delegada. A incrível Marcela Cartaxo faz uma participação.

Beijos,
Pedrita