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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Através do Espelho

Assisti Através do Espelho no Tucarena. O texto é de Ingmar Bergman e a direção de Ulisses Cruz. Eu queria muito ver esse espetáculo, já tinha lido a respeito e visto uma entrevista instigante com a Gabriela Duarte no Blog do Dirceu. Eu adoro os três atores, Gabriela Duarte, Nelson Baskerville e Marcos Suchara. Eu não conhecia o trabalho do Lucas Lentini. Todos excelentes.
Foto de Jairo Goldflus

Eu tinha visto esse filme e quando vi que tinha a peça quis ver. Demorei bastante, por sorte a peça tem voltado a ter temporadas. Eu adoro o trabalho do Ulisses Cruz e está incrível a direção dele, gostei de tudo, cenários de Lu Bueno, iluminação de Domingos Quintiliano e figurinos de Cassio Brasil. Esse texto é muito atual, denso e complexo, não é fácil interpretá-lo. Todos estão brilhantes.
Fotos coloridas de João Caldas

Esse texto é muito feminino. Uma mulher atormentada viaja com a família para uma casa de veraneio na praia. Ela é muito bem casada com um médico, seu pai é um escritor ausente, seu irmão tem 16 anos.

Aos poucos ficamos sabendo que ela tem uma doença, que as crises tem se intensificado, que ela ficou internada antes das férias. O que mais me surpreende nesse texto, é abrangência de temas. A questão da loucura, quem é realmente louco neste núcleo. A relação dessa mulher com o pai e o irmão é no mínimo estranha. Os silêncios, as ausências. Fiquei muito impressionada quando a protagonista diz ao marido que a atenção dele soa falsa. E realmente dá essa sensação. Ela depois fala mais abertamente com o irmão. Claro, ela diz que não conversa com o marido sobre as vozes, ela não sente liberdade para se abrir com ele. Mas é perceptível que ele não age naturalmente com ela. É sempre muito solícito, muito dedicado, mas parece realmente muito mais uma relação de médico e paciente do que de marido e mulher. Belíssimo e complexo texto. Permite muitas leituras.



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mato Sem Cachorro

Assisti Mato Sem Cachorro (2013) de Pedro Amorim no Telecine Pipoca. Eu queria muito ver esse filme, tentei inclusive ver nos cinemas. É muito bonitinha a história desse casal e do cachorro. Várias piadinhas são de muito mal gosto e gosto duvidoso, mas o romance e a relação com o cachorro são muito bonitinhos. Bruno Gagliasso está excelente como o rapaz tranquilo até demais, que é bom em computador, em fazer vídeos. Achei meio moralista fazer ele depois passar a arrumar a casa. já que ele continua do mesmo jeito, desnecessário.

Leandra Leal que faz par romântico com ele. Muito engraçado o clipe que ele cria com o personagem do Felipe Rocha que interpreta o irmão do personagem da Leandra Leal. E claro, o cachorro é fofo demais. Alguns outros do elenco são Danilo Gentili, Letícia Isnard, Enrique Diaz, Gabriela Duarte, Rafael Bastos e Aramis Trindade. Fazem participações especiais: Sidney Magal, Sandy e Elke Maravilha.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Chiquinha Gonzaga

Assisti em DVD a minissérie Chiquinha Gonzaga (1999) de Lauro César Muniz da TV Globo. A direção é de Jaymie Monjardim. Eu queria muito ver essa minissérie e minha mãe me emprestou os DVDs. Gostei muito! Queria conhecer um pouco mais sobre essa compositora. Sei que nem sempre o que ouvimos de personalidades foi realmente daquele jeito e há sempre segredos, mas é bom conhecer um pouco. A minissérie é impecável. Gabriela Duarte e Regina Duarte interpretam Chiquinha Gonzaga. A compositora foi uma mulher a frente do seu tempo. Se separou do marido, foi viver com outro homem, se separou novamente e adotou um garoto para calar as pessoas, mas viveu maritalmente com o rapaz. Foi a primeira regente mulher no Brasil.

Mesmo que a minissérie não tenha sido excessivamente fiel aos detalhes afetivos, até porque entre quatro paredes sabemos pouco das famílias ,ainda mais naquela época. Chiquinha Gonzaga parecia ter dificuldade de lidar com as relações. Escolhia também mal os seus relacionamentos. Parecia que teve uma infância muito austera. Se não fosse a rebeldia dela de não aceitar as ordens talvez não tivéssemos as obras maravilhosas dessa compositora. Ela teria se resignado ao primeiro marido e nunca mais tocado piano ou somente o que era aceito, na família. Mulheres não se apresentavam em público. Chiquinha Gonzaga teve pouco contato com os filhos. Só conseguiu criar o João Gualberto. Se até hoje mulheres que abandonam o lar podem perder a guarda dos filhos, que dirá naquela época.

O elenco é primoroso. Há aquela confusão em envelhecer ou mudar o ator então em alguns casos fica estranho, mesmo a maquiagem já sendo melhor atualmente. Uns são envelhecidos, outros não, aí dá um certo descompasso. Marcelo Novaes faz o primeiro marido de Chiquinha Gonzaga, Carlos Alberto Riccelli o segundo e o último é interpretado pelo Caio Blat que estreia na televisão na minissérie. Joaquim Callado é interpretado por Norton Nascimento. Paulo Betti faz uma participação especial como Carlos Gomes, ficou muito bem, mas Paulo Betti não é mulato como era Carlos Gomes. Maurício Gonçalves como José do Patrocínio. Rosamaria Murtinho interpreta a Princesa Isabel.Antônio Calloni como Lopes Trovão.

O elenco é todo excelente: Solange Couto, Odilon Wagner, Fábio Junqueira, Bruno Telles, Jorge Maia, Tânia Bondezan, Ângela Leal, Zezé Motta, Danielle Winitts, Suzana Vieira, Chica Xavier, Adriana Lessa,  Christine Fernandes, Emillio Orciollo Neto, Marcelo Mansfield, Taumaturgo Ferreira, Daniela Escobar, Murilo Rosa, Antonio Grassi, Caio Junqueira, Ana Paula Tabalipa, Sergio Loroza, Flávio Migliaccio, Vera Holtz, Lavínia Wlasak, Clarisse Abujamra, Maria Ceiça, Carlos Casagrande, Cláudio Lins, Dira Paes e Emilliano Queiroz .  Eu escolhi ver essa minissérie recentemente e por coincidência li depois que assisti que foi lançado um site sobre a compositora e com partituras. Quem quiser conhecer esse é o link.

Beijos,
Pedrita


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Oriundi

Assisti Oriundi (2000) de Ricardo Bravo no Canal Brasil. Sempre quis ver esse filme. Tinha lido e visto matérias na época da filmagem e queria ver. Esteve em cartaz nos cinemas em pouquíssimas salas e de forma relâmpago. Tinha lido as críticas não muito favoráveis, mas queria ver mesmo assim. Realmente é um filme mediano, com ótimo elenco, roteiro de Marcos Bernstein mal desenvolvido e direção precária. Oriundi se arrasta bastante. Mas adorei ver Anthony Quinn, ele é sempre maravilhoso!

O roteiro tem algumas semelhanças com o filme abaixo, só que esse tem uma linha mais melodramática e saudosista. Uma pessoa aparece para tentar ajeitar uma família cheia de conflitos e com muitas insatisfações profissionais. Mas é bem mal desenvolvido e mal amarrado. E também são muito caricatas as referências ao jeito italiano de ser. As paisagens são belíssimas! No elenco só grandes atores: Paulo Betti, Letícia Spiller, Gabriela Duarte, Marli Bueno e Paulo Autran.
Música do post: M´ Appari (Flotow) - Enrico Caruso




Beijos,

Pedrita