Mas vamos por parte. Todos são geniais com histórias fantásticas, desconfortáveis, indigestas. O estilo escolhido por Wes Anderson é de igual genialidade. Um narrador presente nas cenas, em geral por grandes atores, vai falando o texto, o elenco então vai mostrando em alguns momentos didaticamente o que está sendo dito. É um estilo incrível com atores inacreditáveis.
Um homem muito rico e entediado (Benedict Cumberbatch), acha um caderno na casa do pai com uma história. Passamos então a acompanhar a história do livrinho. Um homem (Ben Kingsley) diz que vê tudo sem os olhos, tem um número que faz e pede para os médicos (Dev Patel e Richard Ayoade) vendá-lo. As tramas são ótimas, irônicas, cheias de significados e desconfortáveis.
Os próximos curtas falam de animais e são muito, mas muito desconfortáveis. Gostei exatamente porque eles incomodam e mostram como o homem lida com as questões, ou acha que lida.O Caçador de Ratos é muito irônico. Um caçador de ratos (Ralph Fiennes) explica o método infalível que vai fazer para acabar com eles. Rupert Friend aparece nesse. Só em um momento aparece um boneco de rato e ganha um pouco de animação.
Veneno é muito angustiante. Um homem está deitado há horas, o amigo chega e ele diz que há uma cobra muito venenosa dormindo embaixo do lençol. O amigo chama um médico e eles começam vários procedimentos caso o homem seja picado. É muito, mas muito angustiante.
O autor é britânico onde é comum a caça, então fala de jovens que estavam matando passarinhos. Um garoto tenta então impedir que eles matem também o cisne. Esse curta fala muito da perversidade humana.