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domingo, 25 de maio de 2025

Bom Dia Verônica - 3ª Temporada

Assisti a 3ª Temporada de Bom Dia Verônica (2024) de Raphael Montes na Netflix. Ansiava muito por esses episódios, mas foi o que menos gostei por ser menos crível. Continua ótima, bem realizada, bom roteiro, mas ficou muito fantasiosa. São só 3 episódios.

Verônica da ótima Tainá Muller agora está meio tapada. Ela vai em uma cidade investigar o orfanato dos horrores. Chega em uma procissão. Os líderes lá estão e são os gatos Rodrigo Santoro e Maitê Proença. Ele a leva pra fazenda de cavalos dele. É riquíssimo e ela nem desconfia. Ok, a gente já sabe que ele será o vilão, mas milionário dificilmente subiu na vida sem explorar as pessoas. Ela até desconfia, mas ele conta uma linda e triste história do orfanato e sua mãe e Verônica cai que nem um patinho. Sim, difícil resistir ao charme do Santoro, mais lindo e viril que nunca, mas ela conta a história toda dela, abre toda a guarda, muito burra. Nem parecia aquela Verônica das outras temporadas, nem poderia ficar com raiva da família que não desconfia de um contato da filha adolescente, porque Verônica não é nada brilhante nessa temporada.
Pra piorar Verônica põe em risco a vida da jovem que tanto sofreu na mão do pai, da incrível Klara Castanho. Reynaldo Gianecchini aparece novamente, agora preso até que foge. A mãe da personagem de Camila Márdila também tem uma participação importante. Bem interessante a possível cura da filha.

As mulheres ficam presas em baias e são usadas em reprodução. Verônica entra na fazenda, o amigo de Adriano Garib sabe dos riscos, mas fica dias esperando ela retornar o contato, não faz nada. Que bom que Verônica sobreviveu sem ele, porque se dependesse dele estava ferrada. Esse núcleo de mulheres é lindo, só ótimas atrizes Bella Camero, Rhaisa Batista e Liza Del Dala. Confesso que achei meio forçado homens ricos participarem de leilões de mulheres décadas. As que eram fertilizadas eram mortas após o parto e sumiam, sempre na mesma fazenda. Verônica diz que eles eram comprados, juízes, políticos, poderosos, mas mesmo assim, no mesmo lugar sempre, tantos sumiços, achei forçado.
Gostei que tem uma conversa bem discreta entre Verônica e a filha. Ela tinha sido fertilizada na fazenda e escolhe o aborto. Fez muito bem, inclusive estava amparada pela lei porque foi um estupro. Gostei do desfecho final. A série cutuca a impunidade no Brasil. Boa parte dos homens que participavam dos leilões ficaram impunes. Verônica, Ângela e outras mulheres se juntam pra fazer justiça. Essa foi a temporada final, mas esse gancho final permite o retorno a qualquer hora, quem sabe.
Beijos,
Pedrita

sábado, 5 de novembro de 2016

Meu Amigo Hindu

Assisti Meu Amigo Hindu (2016) de Hector Babenco no Canal Brasil. Eu relutei em ver esse filme quando estreou nos cinemas. Gravei, tentei ver e consegui. É maravilhoso! Eu tinha acompanhado uma infinidade de matérias sobre o filme, queria muito ver e sou fã demais do Willem Dafoe que está impressionante!

Quem quer entender um pouco como não fazer um filme melodramático precisa assistir. Sem sensacionalismo, o diretor e autor conta um pouco da sua luta contra um câncer. A narração inicial mostra exatamente que não será um filme convencional. Nos momentos difíceis não há recurso de música para chorar. Tudo é bem realista, em vários momentos poético. Belíssimo filme! Claro, triste.

São belíssimas e poéticas as cenas de dança, como a do hindu e da Bárbara Paz, essa finaliza o filme. Eu sabia que o personagem ia conhecer um novo amor e não me conformava. Afinal a sua esposa acompanha todos aqueles momentos difíceis de tratamentos, com uma dedicação emocionante, parecia muito triste que eles não ficassem mais juntos. Mas o filme é muito delicado no tema. O casamento não sustenta tanta provação e se desgasta. Momentos dramáticos aproximam ou afastam os casais, no caso deles os afastaram. Perderam o desejo um pelo outro. 

Maria Fernanda Cândido está primorosa. Dolorida demais a cena que ele acorda e os quadros não estão mais lá na belíssima casa. A separação é sempre muito triste, mesmo como no caso deles, que eles percebem que o casamento se esvaiu entre os dedos. A trama do amigo Hindu é linda demais também. Tudo muito delicado e profundo. O protagonista é um brasileiro de sorte. Ele precisa ir aos Estados Unidos fazer um transplante de medula que ainda não existia no Brasil e tem condições financeiras para fazer isso. Diferente de muitos brasileiros que atualmente nem conseguem fazer os exames preventivos, não conseguem remédios gratuitos que desaparecem, não conseguem agendar cirurgias rapidamente. Morrem por falta de tratamento.

Apesar de ser um privilegiado, o tratamento é doloroso demais e lidar com os conflitos familiares também não é fácil. Guilherme Weber interpreta o seu irmão. Sua mãe é interpretada por Denise Weinberg. Selton Melo interpreta a morte que vai conversar com o personagem.

Reynaldo Gianecchini faz o médico e amigo. Vários atores fazem participações: Daniela Galli, Gilda  Nomacce, Dalton Vigh, Dan Stulbach, Tuna Dwek, Maitê Proença, Cristina Mutarelli, Roney Facchini, Marcelo Airoldi, Juan Alba, Tânia Khalil, Christine Fernandes, Ary Fontoura e Vera Valdez. Muito inteligente ter feito a festa que antecipa a viagem aos Estados Unidos onde vários atores puderam participar do último filme do diretor como uma homenagem. Meu Amigo Hindu vai estar no Projeta Brasil nessa segunda, com ingressos a R$ 3,00.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A Arte do Encontro

Assisti A Arte do Encontro no Canal Brasil. A direção é de Felipe Nepomuceno com a apresentação de Tony Ramos. Quando fiz a postagem do programa O País do Cinema, meus amigos blogueiros comentaram sobre esse. Vi que tinha no Now também e vi três episódios. Gostei muito!

O que gostei mais foi o primeiro que vi com o Antonio Fagundes. Gostei demais do formato do programa, luz e cenário. É uma mesa de estudos, cheia de livros, duas cadeiras para esse tipo de mesa. Gosto quando a luz incide no meio, fica mesmo com cara de mesa de estudos. E esse é o formato, leituras, trechos de livros, de peças e de músicas. No do Antonio Fagundes, Tony Ramos começou lendo poemas de Fernando Pessoa, leu ainda Mário Quintana. Em um bloco os dois fazem uma leitura, muitas vezes primeira leitura, de um texto. Com Antonio Fagundes foi Hamlet de Shakespeare. Tony Ramos leu Hamlet e Antonio Fagundes o pai do Hamlet.

O segundo foi com a Maitê Proença. Tony Ramos começou lendo Adélia Prado. O apresentador ressaltou algo que já sei, a grande dramaturga que é Maitê Proença. Eu tinha visto uma peça escrita por ela, As Meninas, e ficado impactada e comentei aqui. A leitura foi de Roque Santeiro de Dias Gomes. Tony Ramos leu Sinhozinho Malta e Maitê Proença leu Viúva Porcina.

A última entrevista que vi foi com o Ney Matogrosso. Tony Ramos leu textos das músicas consagradas pelo cantor. E finalizou com uma do Chico Buarque. A leitura foi um texto que amo do Plínio Marcos, Dois Perdidos na Noite Suja. Quero ver os outros, curiosa pra saber quais textos serão escolhidos a cada programa. A Arte do Encontro vai ao ar inédito às quartas, às 21h30, com reprises quinta, às 13h e domingo, às 16h30. O dessa semana é com o Daniel Filho que estou ansiosa pra ver. Domingo é o dia que mais gosto de ver. Dá pra ver como eu vi, pelo Now.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Liberdade Liberdade

Assisti a novela Liberdade Liberdade (2016) de Mário Teixeira na TV Globo. A direção foi de Vinícius Coimbra. Impressionante! Maravilhosa!

Inicialmente conta um pouco a história de Tiradentes interpretada pelo Thiago Lacerda. Sabe-se que na época do seu enforcamento ele tinha uma filha, mas nada mais se sabe. Liberdade Liberdade foi inspirada no livro Joaquina, Filha de Tiradentes de Maria José de Queiroz. A Joaquina criança foi interpretada brilhantemente por Mel Maia. Na trama, a menina vê o enforcamento do pai, o personagem do Dalton Vigh tapa os seus olhos e a leva para a proteção, já que filhos de degradados também tinham que ser enforcados.

Logo a trama salta no tempo. Joaquina é uma mulher, interpretada maravilhosamente por Andréa Horta e tem dois irmãos. Só um é filho de sangue do protetor de Joaquina, André, interpretado magistralmente por Caio Blat. E uma irmã negra e forra Bertolezza, interpretada por Sheron Menezes.

Eu sempre presto a atenção em negros em novelas, vi documentários: A Negação do Brasil e Em Quadro. Leio matérias, mas achei que Liberdade Liberdade não ia poder mudar muito já que era a época da escravidão. E não é que Liberdade Liberdade me surpreendeu? Foram muitos negros livres, com papéis importantes. Parabéns ao autor. Ando cansada de autores que o negro só entra na trama para interpretar o negro e não para ser um ator do elenco. Logo no início um oficial português vem como espião da corte para tentar descobrir os inconfidentes, foi interpretado pelo belga lindíssimo Bukassa Kabengele. É uma época de barbáries, quase todos são mortos em combate, o oficial ia matar um inconfidente, mas esse o salvou e salva de novo. Ele deserda, volta marquês depois e querendo casar com uma negra fugida que encontrou. Ela, interpretada por uma  atriz que adoro, a linda Dani Ornellas, também tinha um papel importante, era a melhor garimpeira dos Raposo, embora ainda escrava. 

Ela compra uma escrava na cidade, a alforria para que trabalhasse para ela. A veste decentemente. A atriz é ótima e interpretada por Olívia Araújo que estava no núcleo cômico da novela. Logo ela é vendida para a taberna, mas nenhum dos seus patrões gostavam dela porque ela comia demais. É divertido ela roubando as comidas e comendo com gosto.

Logo  no início desconfiei que seria uma novela pesada, com desfechos trágicos e foi pior do que eu imaginei. Impecável como mostraram a crueldade daquele tempo e dos homens. Logo que Joaquina chega em Vila Rica ela se apaixona por Xavier, um inconfidente prometido em casamento por Branca. Xavier é interpretado pelo ótimo Bruno Ferrari. Ele fazia um personagem muito dúbio. Bom, queria a liberdade, mas faz muito mal aos seus pais. Primeiro mente que estuda medicina na Europa e usa o parco dinheiro do pai na revolução. Se o dinheiro não fizesse falta ao pai, mas fazia e muito. Em dívidas, principalmente dos altos impostos na época, vive com a esposa praticamente a míngua. Xavier volta e descobre a miséria dos pais, mas em momento algum tenta minimizá-la. Não pede aos revolucionários um pouco do que roubavam para ao menos os pais terem mais alimento a mesa. Os pais foram interpretados por Rita Clemente e Mário Borges.

E que personagem do Ricardo Pereira. Bravo ao ator. Um das melhores interpretações de sua carreira. Tolentino era um oficial muito, mas muito mal. Puxador de saco do intendente, fazia qualquer, mas qualquer coisa mesmo para agradar. Caio Blat desde o começo interpretava André, um homossexual e vamos vendo ele ter interesse em Tolentino, mas duvidávamos se o oficial entendia ou se interessava. Mas eles se apaixonam.

Tolentino continua mal e bruto, ao menor sinal de ciúmes entrega o companheiro e melhor amigo, que é levado a forca. Uma das cenas mais fortes da trama. Foi muito bem conduzido esse casal que protagonizaram a primeira cena de sexo entre dois homens na TV aberta. E o texto foi muito inteligente em mostrar a perseguição ao André, só ao André. Caio Blat é um ator adorado pelo seu público. Era um personagem que o público se apaixonou, dedicado as irmãs, a família. O enforcamento mostrou a maldade humana que ainda continua pelos inúmeros assassinatos a homossexuais. Só que André tinha rosto, afeto de muitos. A forma também foi muito bem realizada. O Tolentino carregando André e pedindo perdão. Xavier levando André até a irmã. Não foi mais só um homossexual assassinado, foi um homem que todos amavam. Liberdade Liberdade foi revolucionária e transgressora o tempo todo.
Os casamentos foram maravilhosos! Que vestidos! A Branca da Natália Dill estava maravilhosa, que atriz. Ela infernizava a vida do Xavier. Ela por capricho quis casar de branco, que não se usava na época. Má e impiedosa, seus textos politicamente incorretos eram verdadeiras bombas de arrogância, inveja e ciúmes. Sua mãe não tinha controle sobre seus mandos e desmandos e era interpretada por Chris Couto. Seu pai era um frouxo, interpretado por Genézio de Barros.

Joaquina já se casou como era na época, de bege. Belíssimo vestido também. Os figurinos foram assinados por Paula Carneiro. Gostei muito que banho era difícil na época. Na caracterização sujavam os atores, os dentes. como tomavam pouco banho, repetiam por dias o mesmo figurino. Incrível a direção de arte de Mario Monteiro. Cenários maravilhosos! Fotografia de Ricardo Gaglionne belíssima. Mateus Solano estava em um personagem incrível. Cruel e sádico, ele sofria porque se sentia inferior. Filho de uma prostituta teve a sorte de ser adotado pela família do pai e ter um melhor destino. Mas o sentimento de inferioridade o acompanhava. Assim que Rosa chega na cidade ele a quer. É a única mulher com educação europeia da cidade. Culta, linda, filha de um par do reino, seria uma excelente esposa para um intendente ambicioso, mas acho que amou verdadeiramente Rosa. Mateus Solano estava incrível em seu personagem complexo.

As personagens femininas também impressionavam. Mulheres fortes, a frente do seu tempo. Até mesmo as más como Dionísia, interpretada brilhantemente por Maitê Proença. Ela tinha sofrido muitas agressões e torturas de seu ex-marido que nós não sabemos quem é. Raposo o havia enviado para outro país. E ela era violentamente cruel com os seus escravos e se deitava com o personagem do David Junior que tinha um romance com a escrava interpretada por Heloísa Jorge. O marido aparece depois e é interpretado por Jackson Antunes. A bruxa era interpretada brilhantemente por Zezé Polessa. Uma mulher das ciências, estava sempre estudando os avanços da medicina. Ela sabia que uma pessoa que estava morrendo poderia receber transfusão de sangue, mas que podia morrer imediatamente se os sangues não se aceitassem. 

Lília Cabral era outra que tinha uma grande personagem. Dona de um bordel, ela era revolucionária e mãe do intendente. A prostituição foi tratada com muito respeito em Liberdade Liberdade. As meninas tinham personalidades diversas. Tinha a falsa e má interpretada por Hanna Romanazzi, a que era boa de administração e contas, interpretada por Yasmin Gomlevsky. Yanna Lavigne teve uma grande personagem. Apesar de prostituta, ela era ingênua e doce. Ela engravida, vai tirar, mas desiste. O personagem do André promete assumir a paternidade, mas nós achamos que eles nunca se deitaram, mas sempre ficavam horas no quarto para enganar o pai dele. Mimi, como chama seu personagem, passa maus bocados na trama.


Mão de Luva é outro incrível personagem na trama, tanto que vai ter alguns episódios na internet do começo de seu bando. Marco Ricca estava incrível. Outro personagem que chamou a atenção foi Simão interpretado por Nikolas Antunes. Eles eram os bandoleiros. Mão de Luva era um bandoleiro, temente a Deus e a serviço de vossa majestade.

Rômulo Estrela estava irreconhecível como um mercador e sequestrador de escravos. 

Fiquei triste que Caju ficou pra traz. Ele foi adotado pelo Raposo, vivia com os bandoleiros. Os irmãos o acolheram, mas no final ninguém levou-a a Europa. Deve ter ficado com o Mão de Luva e a Dionísia. Ele merecia um destino melhor, ir estudar na Europa. Uma graça o ator Gabriel Palhares. A correria para finalizar a novela antes do início das Olimpíadas prejudicou os últimos capítulos que ficaram um pouco atropelados e com erros de continuidade. Uma pena! Podiam ter colocado um capítulo maior na segunda no lugar do filme.

O elenco todo é incrível, estou tentando falar de todos. Adoro Juliana Carneiro da Cunha. Inicialmente ela parecia uma mulher boa. Depois parecia que estava com os inconfidentes, mas foi quando o personagem do Gabriel Braga Nunes apareceu é que entendemos os seus propósitos. Ela era uma infiltrada nos inconfidentes, para juntos com eles matar Dom Pedro e ajudar Carlota Joaquina a ser a rainha e o Brasil passar a ser governado pela Espanha. E também apesar da personagem ser culta, ela era preconceituosa, manipuladora e antiquada. Faz um inferno na vida da sua família impondo suas regras. Mais uma mulher forte. Lucy Ramos também fez uma participação como escrava dessa família, terrível o desfecho da atriz.


Todos nós ficamos tristes quando o Raposo morreu logo. Não tão logo, Liberdade Liberdade estava na reta final, mas realmente o desfecho mudou muito com essa morte. Esses três filhos foram sempre protegidos pelo pai. Com a morte eles passam a se atrapalhar e a sofrer muitas provações, a começar pela falta de dinheiro, já que foi roubado pela contador e depois pelo intendente. E Joaquina resolve alforriar todos os escravos, sem se programar. Só na casa ficam dois empregados, mas nas minas de extração, de onde vinha o dinheiro que os mantinham, ninguém ficou.

Bertolezza teve coragem de fugir com o seu amor, o irmão do intendente que era cego. O intendente não autorizava o romance com uma negra. Eles seguem para Lisboa onde ela conhecia muita gente e muito provavelmente viveram felizes. Ele queria viajar o mundo e foi muito bem interpretado por Vitor Thiré. O intendente tinha vergonha de ter um irmão cego. O rapaz fica culto como Bertolezza porque o irmão o esconde em um internato. 


Impressionante também a personagem da atriz portuguesa Joana Solnado, Má, traidora, ela sonhava em ser esposa do intendente, mas trabalhava para ele como serviçal. Ele a menosprezava, mas a usava para seu prazer sexual. Ela alimentava a esperança que em algum momento ele visse que ela era a mulher talhada para ele. E ela estava mais certa que ele. Ele precisava de alguém igualmente sádico e perverso. Os personagens eram muito ricos. Gostei muito dos taberneiros interpretador por Jairo Mattos e Letícia Isnard. Letícia Sabatella fez uma pequena participação como a mãe de Joaquina. O padre que não era padre por Marcos Oliveira. O capataz dos raposos, que homem ruim e traiçoeiro, por Bruce Gomlevsky. Mesmo sobrenome de umas atrizes que fez uma prostituta. Mariana Nunes como a escrava e ex-escrava fiel a família que trabalhava.
Liberdade Liberdade falava o tempo todo de liberdade. Cada personagem queria a liberdade para as suas questões. O cego de seu cativeiro. A bruxa para pesquisar a sua ciência. Os negros. Para que a homossexualidade não fosse crime.  Liberdade de escolha para o casamento. A Dionísia para se libertar do marido. E claro, os inconfidentes Xavier, Joaquina, Virgínia.  Enfim, todos de algum modo desejavam alguma a liberdade e o texto final sobre liberdade é lindo! Bravo a todos!

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Bufo & Spallanzani

Assisti Bufo & Spallanzani (2001) de Flávio Tambellini no Canal Brasil. Sempre quis ver esse filme, desde que esteve em cartaz nos cinemas. É um filme policial baseado em um livro de Rubem Fonseca. Gostei que o filme passa em dois momentos. Começa com um suicídio ou assassinato. E um escritor escreve um livro onde ele é o detetive. Na "vida real" o detetive é interpretado pelo Tony Ramos. A mulher que morre é interpretada pela Maitê Proença em uma pequena participação. O escritor e o investigador da ficção é interpretado pelo José Mayer. Há ainda uma mulher interpretada pela Isabel Guéron.

Eu gostei bastante, o suspense é bom, e sempre tive curiosidade de saber qual o papel do sapo nessa trama. Só achei que o final perde um pouco a força. Não me agradou muito. O elenco é grande: Otávio Augusto, Milton Gonçalves, Juca de Oliveira, Gracindo Júnior, Zezé Polessa e Ernani Moraes. Participações de Matheus Nachtergaele, Dirce Migliaccio, Luciano Chirolli e Celso Frateschi.



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Onde Andará Dulce Veiga?

Assisti Onde Andará Dulce Veiga? (2007) de Guilherme de Almeida Prado no Prime Box Brazil. Tinha tempo que queria ver esse filme. Gostei muito! Onde Andará Dulce Veiga? é um misto de suspense, com drama, e muitos momentos surreais. O filme é baseado no livro do Caio Fernando Abreu que quero ler. Um jornalista vai entrevistar uma roqueira e lembra de Dulce Veiga. Ele começa uma investigação para saber Onde Andará Dulce Veiga.

Ele tinha sido fascinado pelas canções interpretadas pela Dulce Veiga, então o filme mistura sonho, delírio, realidade e surrealidade. O jornalista é interpretado por Eriberto Leão, Dulce Veiga pela bela Maitê Proença, a roqueira pela Carolina Dieckmann. Muitos atores participam: Cacá Rosset, Nuno Leal Maia, Oscar Magrini, Maíra Chasseraux, Carmo Dalla Vechia, Júlia Lemmertz, Matilde Mastrangi, Imara Reis, John Herbert e Christiane Torloni. Esse cartaz não tem nada a ver com o filme. Onde Andará Dulce Veiga faz várias referências ao cinema noir, a vários filmes como Blade Runner, A Dama do Cine Shangai, Macunaíma. Quase todas as cenas são escuras, muito estranho esse cartaz.

Beijos,
Pedrita