Assisti The French Dispatch (2021) de Wes Anderson no Star+. Eu amo esse diretor e que preciosidade esse. Um crítico falou que os atores fazem fila pra atuar com o diretor, nesse é tanta fera junto que fiquei até tonta.
Gostei de tantos momentos que não quero esquecer nada. Bill Murray está sempre nos filmes do Wes Anderson, é o dono do jornal. Amei de falar de jornalismo. É um jornal de artigos, os autores são praticamente escritores. Então cada um conta uma das histórias pra por no jornal. Sim, Elisabeth Moss está nesse núcleo.
E mais os incríveis Tilda Swinton e Owen Wilson, que também integram sempre os filmes do diretor.
Poética demais a primeira história. Benicio Del Toro é um artista plástico que vive no hospício. Sua modelo é a belíssima Léa Seydoux. Adrien Brody faz o merchand que quer vender a obra do interno. Ainda nesse núcleo aparecem Bob Balaban e Williem Dafoe
O segundo é com o genial Timothée Chalamet. Ele tem um romance com a incrível Frances McDormand e com Lyna Khoudri. É uma trama política sobre um manifesto.
A terceira história é encabeçada por Jeffrey Wright, outro que é agora fixo nos filmes do Anderson. Essa trama é bem rocambólica, divertidíssima, que culmina em um sequestro de uma criança. Nesse núcleo estão Mathieu Almaric, Liev Schreiber, Saoirse Ronan, Edward Norton, Steve Park.
Alguns eu não lembro quando aparecem que são Rupert Friend, Jason Scwartzman, Christoph Waltz, Cecile de France, Hipolite Girardot e Vincent Macaigne. Vou ter que ver novamente pra descobrir onde a Anjelica Huston aparece. Tanto que fizeram essa montagem com o elenco inacreditável.
Assisti Asteroid City (2023) de Wes Anderson no TelecinePlay. Eu vi passando no Telecine Premium, não estava no Telecine do Now, fui na busca e apareceu um incluso no meu plano. Como queria ver esse filme! Como amo Wes Anderson! O filme é maluco que só, até no final o texto brinca com o fato de não dar pra entender nada, de ser uma maluquice sem tamanho.
Um autor, Edward Norton, resolve escrever uma peça. Um narrador, Bryan Craston, conta pra nós o processo. Quando é nesse universo dos bastidores, tudo é preto e branco. E os atores não estão caracterizados. Scarlett Johansson está loira inclusive, no filme, morena. Jason Schwartzman sem barba falsa.
Em vez de vermos uma peça é um filme, aí é tudo colorido, parece quase uma animação, incrível como é feito. Wes Anderson tem a capacidade de juntar só grandes atores por metro quadrado. Acho que é o típico diretor que tem uma fila de atores querendo alguma participação. Scarlet Johansson é uma das protagonistas. Williem Dafoe faz uma pequena participação no momento preto e branco. Adrien Brody aparece um pouco mais, ele faria parte do elenco, mas acaba não entrando então só aparece nas cenas pxb.
Jason Schwartzman é o principal. Ele chega com a família em Asteroid City. Ele, o filho, Jake Ryan, que também é um protagonista e três meninas, as atrizes são irmãs Faris, Ella, Gracie e Willan. A cidade é científica. O filho é um gênio e vem encontrar com outros adolescentes gênios para apresentar os seus projetos. Um alienígena aparece e eles ficam em quarentena presos na cidade.
O filme termina ao final da quarentena. É uma birutice atrás da outra. Divertidíssimo!
O elenco inacreditável só aparece. Tom Hanks é o sogro. Tilda Swinton e Jeffrey Wright, cientistas.
Os nomes famosos só continuam, com participações ou papéis importantes: Maya Hawke, Grace Edwards, Liev Schreiber, Steve Carell, Rupert Friend, Hope Davis, Hong Chau, Bob Balaban, Sophia Lillis, Matt Dillon, Bill Murray e Margot Robbie.
Até Seu Jorge faz uma participação. Eu só descobri depois que o filme terminou, quero rever a cena. Na verdade quero rever muitos e muitos trechos, viciei no filme. A trilha sonora é genial, tem no Spotify e ainda fiquei buscando vendo a lista nos créditos.
Assisti Golda (2023) de Guy Nattiv na Prime Video. Assisti na casa da minha amiga. Queria ver apesar das críticas negativas. O roteiro é de Nicholas Martin.
O filme se passa um pouco antes da Guerra do Yom Kippur, quando já tinham boatos que os egípsios iam atacar, até a morte de Golda Meir, que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira-Ministra em Israel. Ela já estava muito doente, com câncer, fazendo radioterapia, enquanto tinha reuniões exaustivas com os chefes do exército e líderes dos Estados Unidos. Como o filme fala de Golda, mostra só esse lado do conflito. Mostra também o trabalho exaustivo das mulheres que ajudavam Golda, iam com ela nos procedimentos médicos. O quanto as mulheres são fundamentais na prática do cuidado.
O filme mostrou o encontro histórico entre Golda Meir e Anwar Sadat, inclusive com vídeos e imagens históricas.
Helen Mirren está incrível como Golda. Alguns outros do elenco são Camille Cottin e Liev Schreiber.
Assisti A 5ª Onda (2016) de J Blakeson no HBO On Demand. Eu fiquei curiosa quando vi uma chamada do filme no canal. E gosto muito da Chloë Grace Moretz. É um misto de filmes do gênero Guerra dos Mundos, filmes de catástrofes, The Walking Dead.
Até a terceira onda é interessante, mas é bem no comecinho do filme. Primeiro uma nave estaciona em cima da cidade. Na primeira onda nada funciona, celular, carros, luz, avião despenca. Na segunda a água invade as ruas, destrói cidades. A terceira é uma epidemia. É meio forçada a justificativa para só sobrar adolescentes. Aí fica claro que o filme é voltado para adolescentes.
A irmã se separa do irmão pequeno e quer ir atrás dele. O filme fica então arrastado, romantiquinho, infantil mesmo. E forçadinho. Tudo inho mesmo. Os pares românticos são interpretados por Mathew Zuk e Nick Robinson. Uma graça o garoto interpretado por Zackary Arthur. Lev Schreiber também está no elenco. Claro que a 5ª Onda deixou a ideia que teria uma continuação. Não sei se vai ter porque já é fraquinho, imagine o resto.
Assisti Spotlight (2015) de Tom McCarthy no HBO On Demand. Eu queria muito ver esse filme quando esteve nos cinemas. Une dois temas do meu interesse, jornalismo investigativo e religião. Mas infelizmente não consegui ver. Fiquei impactada demais, me chocou muito mais. Mesmo eu sabendo da hipocrisia da igreja católica, não sabia a profundidade do tema. Spotlight é baseado em uma história real.
Spotlight é uma equipe investigativa de um jornal de Boston. Muda o chefe do jornal, ele pergunta pela Spotlight e é informado que essa equipe fica livremente fazendo pesquisa de temas que podem chegar às vezes há um ano de investigação. O chefe quer então que a equipe investigue uma coluna e uma matéria recentes sobre os crimes de pedofilia de padres.
Eles começam a investigar e descobrem que o problema é muito maior do que imaginavam. Um psiquiatra que estuda o tema diz a eles que o problema todo está no celibato. Que 43% dos padres transam e 6% são pedófilos. Eles fazem as contas, 6% daria 90 padres pedófilos em Boston, só em Boston. Eles vão checar essa informação e descobrem nos próprios livros de registros de padres, 87 pedófilos, já que os padres escrevem licença médica e outros códigos. É muito abuso. Já é um horror imaginar que em Boston 87 crianças foram abusadas, mas entender que 87 padres abusaram de várias crianças, é assustador demais.
Antes de saberem desses números assustadores, eles descobrem que os padres só eram transferidos quando os crimes ocorrem. Que os crimes nunca chegaram a justiça. A igreja procura a família, às vezes até na polícia, oferece um acordo, silencia os abusados e afasta o padre. Muitas vezes só muda o padre de cidade, que vai cometar abusos em outra cidade. Em alguns casos dão tratamento em clínicas próprias por um pequeno período e novamente o padre segue para outra paróquia e consequentemente para novos abusos. Nunca esses casos iam a justiça.
Eu já sabia que os padres escolhem crianças de famílias pobres que são ajudadas pela igreja. Como as famílias dependem do auxiliam, aceitam se silenciar. É muito perverso. Enquanto investigam, o chefe do jornal diz que não podem fazer uma matéria acusando os padres, mas sim a instituição. Que precisam demorar mais, porque a matéria só terá efeito se atacar a conivência da igreja. Que não são só umas laranjas podres como a igreja alega. A igreja sempre alegou que é um ou outro caso isolado. Mas a matéria mostra que é uma estrutura toda de abuso e conivência. Eles demoram um pouco mais nas investigações e foi muito acertada essa decisão, porque ela saiu de Boston e invadiu o mundo. 87 pedófilos só em Boston não é um caso isolado.
O filme também mostra o silêncio da imprensa. O jornal de Boston já tinha sido procurado por um grupo que protege as vítimas e por advogados, mas não achou a pauta relevante. O filme mostra o quanto cada um de nós é responsável pelo silêncio e conivência com esses horrores. Essa matéria fez com que as vítimas tivessem coragem de falar. Os telefones do jornal não param de tocar. A repercussão ganha o mundo e no final aparecem os países e cidades que tiveram denúncias de pedofilia. O Brasil aparece algumas vezes. Acho que deve ser um número muito maior.
O elenco todo é muito grande: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, Liev Schreiber, John Slaterry, Brian D´Arcy James, Stanley Tucci, Elena Wohl, Gene Amoroso, Doug Murray, Jamey Sheridan, Robert B. Kennedy e Billy Cudrup. A extensa matéria ganhou o mundo, mas o filme vem consolidar as denúncias. A visibilidade do filme ajuda na coibição da perpetuação das violências e do silêncio. Spotlight ganhou Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor no Festival de Veneza e inúmeros outros prêmios.
Assisti Salt (2010) de Phillip Noyce na HBO. Eu vi que esse filme estava na programação, mas não conseguia assistir. Sabia que tinha críticas ruins, mas queria ver mesmo assim. Tem muitos furos, o roteiro não é original, é inclusive ultrapassado, russos e comunistas como vilões, colocando os Estados Unidos em perigo, mas funciona como entretenimento. Salt também vangloria americanos, faz uma boa propaganda do sistema. Incrível como Angelina Jolie não está bonita, está com uns cabelos horrorosos. Inicialmente ela aparece loira com um cabelo palha, mas quando segue para o preto não é o bonito que conhecemos dela.
Salt é bem complexo. Começa com nossa protagonista na Coreia presa pelos comunistas. É salva, descobrimos que ela agente da CIA. Salt surpreende o tempo todo, mesmo com a quantidade grande de furos. Outros do elenco são:Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor, Andre Braugher, Daniel Olbrychski, August Diehl, Daniel Pearce, Olek Krupa e Kevin O'Donnell. Engraçado que li que o personagem era para o Tom Cruise que saiu do projeto. Salt deixa claro que terá uma continuação, devo ver quando chegar na tv a cabo para distrair.
Assisti X-Men Origens: Wolverine (2009) de Gavin Hood no Telecine Premium. Eu tinha gostado muito do primeiro, não lembrava se tinha visto mais algum e surgiu a propaganda no Telecine desse último. Falei com o 007, ele disse que não haveria problema se eu visse, já que esse fala do começo de tudo. Me programei pra ver. Não gostei, achei bem fraquinho, bem forçado. O roteiro central é bem interessante, começa no passado. Dois irmãos, o Wolverine e outro são diferentes, sofrem na infância, acabam indo pra guerra. O irmão toma gosto em matar e eles se afastam. As poucas piadinhas também são infames e muitas soluções são ingênuas e adolescentes.
O problema é o desenvol-vimento da trama, há muitas cenas exageradas e forçadas, tudo muito mirabo-lante. Como ele não imaginar que colocava a vida de dois idosos em risco e depois fingir surpresa, foi muito forçado, sem falar em outros momentos. X-Men Origens: Wolverine chega a ficar arrastado e cansativo. Gosto muito do Hugh Jackman que faz o Wolverine e do ator que faz o irmão dele, Liev Schreiber. Muito bonita a moça do filme, interpretada por Lynn Collins.Outro do elenco é o Danny Huston.
Assisti O Despertar de uma Paixão (2006) de John Curran no Telecine Premium. Me surpreendi no começo, nos créditos que é baseado no livro do William Somerset Maugham e logo no início percebi que era um que já tinha lido. E é realmente, é O Véu Pintado que comentei com vocês aqui e amei. Também nos créditos vi que os protagonistas estavam na produção. Edward Norton que convidou Naomi Watts para participar do projeto. É muito fiel ao livro, tem toda aquela delicadeza e beleza da obra do Maugham que está entre os meus escritores preferidos. É poesia pura O Despertar da Paixão. O nome original do filme é exatamente o nome do livro. Minha mãe se emocionou muito com o filme. Há duas adaptações anteriores desse livro.
A adaptação está impecável. Eu me lembrava de cada detalhe, cada olhar, cada tempo dos personagens. Resumiram algumas cenas para o filme não ficar longe demais e resumiram muito bem, toda a essência estava ali. Inclusive no final tinha ficado com a sensação que resumiram bem e foi pegar o livro e eu tinha razão. Resumiram bem os sentimentos do final, mas suprimiram um período que esticaria muito o filme. O Despertar de uma Paixão começa na década de 20. Um médico desinteressante se casa com uma jovem ágil em Londres. Ele trabalha em Xangai e os motivos dela aceitar o casamento não tem nada a ver com o amor e sim com o interesse dela de se casar antes da irmã. Ela vai viver em um país que não tem absolutamente nada a ver com ela.
O casal é interpretado pelos ótimos Naomi Watts e Edward Norton. Alguns outros do elenco são: Liev Schreiber, Toby Jones, Diana Rigg, Juliet Howland, Anthony Wong Chau-Sang, Maggie Steed, Lorraine Laurence e Li Feng.
A direção de fotografia de Stuart Dryburgh e a de arte de Peta Lawson são impecáveis. A direção cênica também já que traz muita delicadez e poucos gestos, exatamente como sentimos o livro.
O Despertar de uma Paixão ganhou Globo de Ouro de Melhor Trilha Sonora que é realmente maravilhosa!