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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Sinal de Vida

Assisti a peça Sinal de Vida de Lauro César Muniz no Teatro Augusta. Dirigida por Heitor Saraiva fala do triste período da Ditadura Militar inspirada em dois personagens reais Verônica Lima e Marcelo Estradas. Começa com o sumiço de Verônica Lima. Marcelo começa então a procurá-la. A peça é com essas mulheres que passaram por sua vida. Dani Brescianini faz Verônica, Beto Bellini faz Marcelo. Os dois estão incríveis. Os textos deles são na maioria das vezes políticos. Ficamos sabendo que Marcelo escrevia para jornais, tinha muitos livros e é Marcelo que mostra os livros a Verônica, leva ela nas reuniões do partido. Ele é um militante da palavra. Ela se apaixona pela causa e passa a ser uma guerrilheira.

A peça é toda entrecortada com vários momentos sem ordem cronológica. O texto do Lauro César Muniz é incrível. Acho fascinante como ele escreve sobre relacionamentos e como os relacionamentos do protagonista são conflitantes. Ele se casa com Olívia, filha de militar, é inclusive o pai dela Major que ajuda Marcelo quando ele é levado para depor. A relação dos dois é baseada na força, na violência. Ele é interpretada por Deborah Graça.

Em contraponto ele tem um relacionamento com a zen Leda, interpretada pela Tatiana Passarelli

Seu último relacionamento é com a jovem Cláudia interpretada pela Fernanda Mammana. Aparentemente fútil, vamos aos poucos conhecendo os seus dramas. É uma peça de várias mulheres fortes em uma época que as pessoas se relacionavam como os seus temperamentos, sem a tentativa atual de nivelar todas as relações no amor romântico. Cada relacionamento de Marcelo tinha seus próprios códigos.


Dico Paz faz dois personagens, o pai militar do protagonista, e o filho que ironicamente deseja ser militar também. Os figurinos de Milton Fucci são de arrasar. Amei também o cenário de Thiago Capella Zanetta. Essas fotos maravilhosas foram clicadas por Demian Golovaty.  Adorei o espetáculo que foi escrito e censurado em 1972. Lauro César Muniz conseguiu liberar o texto em 1979 quando teve uma montagem histórica com Marcelo sendo interpretado por Antonio Fagundes. Sinal de Vida está em cartaz até 9 de junho.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 2 de abril de 2015

R-Entorno

Assisti ao espetáculo teatral R-Entorno na Sala Paulo Goulart no Teatro Augusta. Um misto de teatro e dança, Paula Miessa interpreta uma mulher traída inspirada em Medéia. A direção é de Paulo Goulart Filho. Coreografia de Woody Santana. Supervisão cênica de Dinah Perry. Que espetáculo bonito e delicado, intensa a entrega de Paula Miessa nesse monólogo. Admiro essa capacidade de concentração sem ter com quem contracenar.
Foto de Gal Oppido


Gostei muito também da trilha sonora de Andrei Presser e Lucas Santoro.  Não sabia que Paula Miessa tinha tão bela voz, excelente interpretação de uma canção, belo momento do espetáculo. A peça foi uma homenagem de Paula Miessa a seu avô Paulo Goulart. R-Entorno fica em cartaz até 31 de abril.

Foto de Arnaldo Torres

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 14 de março de 2014

Senhorita Júlia e a Despedida de Si Mesma

Assisti a peça Senhorita Júlia e a Despedida de Si Mesma no Teatro Augusta. É uma livre adaptação da Senhorita Júlia de August Strindberg que li e comentei aqui. O roteiro é de Beto Bellini e a direção de Heitor Saraiva. Gostei muito. Nessa adaptação a Senhorita Júlia é uma apresentadora de televisão. Seu pai austero é um rico diretor de comunicação. Essa adaptação fala muito de produção cultural, teatro e televisão. Beto Bellini encerra a trilogia onde ele debate as mídias e usa o teatro da palavra. O elenco é muito bom. A Senhorita Júlia é interpretada brilhantemente por Amanda Pereira. O pai por Beto Belllini.

O casal de teatro é interpretado pelo Eduardo Pellizari e pela Rebeca Zadra. Beto Bellini trabalha sempre com personagens etéreos e eu adoro esses momentos. Incrível a interpretação e as cenas de Paloma Souza, não vou contar aqui porque perde o impacto. Danilo Amaral faz outro personagem etéreo. A esposa desse rico empresário é interpretada pela Patrícia Palhares. Os atores que interpretam os filhos também estão excelentes Rafael Dib e Dico Paz.

Belíssimos figurinos de Milton Fucci. Durante a peça são exibidos filmes que complementam a trama. Os filmes foram realizados por Fernando Rick. Senhorita Júlia e a Despedida de Si Mesma fica em cartaz até 10 de abril no Teatro Augusta. Reestreia dia 11, no Espaço Parlapatões.

As fotos são de Demian Golovaty

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Noturno

Assisti Noturno de Dinah Perry no Teatro Augusta. Esse espetáculo de dança traz duas atrizes-bailarinas Ana Carolina Barreto e Maria Mancini Lima. Elas interpretam duas moças em situações limites, em crise. Nos textos, trechos de poemas de Fernando Pessoa. A foto é de Arnaldo J. G. Torres. Noturno fica em cartaz até o dia 10 de novembro.
Beijos,
Pedrita

sábado, 10 de março de 2012

Quarto 77

Assisti a peça Quarto 77 no Teatro Augusta. A direção é de Roberto Lage. O espetáculo é baseado no texto de Leonardo Alkmim. Gostei demais! Começa com o personagem do Paulo Goulart Filho chegando no Quarto 77, em um prédio caindo aos pedaços. Ele dorme e aparece uma mulher no quarto. Gostei demais que cada vez que a luz apaga parecem outros personagens desse casal. Ficamos pensando qual é o relato mais real desses dois, o que é sonho ou realidade. É um suspense psicológico bem interessante. Os dois atores estão ótimos. A mulher é interpretada pela Maria Laura Nogueira. Faz uma participação especial a Gisa Guttervil. Adorei o cenário do Heron Medeiros. Esse espetáculo é da companhia FAZ Centro de Criação e fica em cartaz até o dia 8 de abril.

Essa bela foto é de Demian Golovaty.

Achei um vídeo de outra montagem, com o mesmo diretor, mas com diferenças de cenários, elenco. 
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 7 de março de 2011

Cãndida

Assisti ao espetáculo Cândida de Bernard Shaw no Teatro Augusta. Desde o ano passado que eu queria ver essa peça. A direção, cenários e figurinos são de Zé Henrique de Paula e a realização é do Núcleo Experimental. Um reverendo, mestre da oratória é casado com uma linda mulher. Eles têm uma vida pacata até que se aproxima da família um jovem poeta de 18 anos. O texto é todo ambíguo, forte e contundente.Gostei da escolha da direção que fez os atores apresentarem os personagens no meio da peça com o texto rico e inteligente do Bernard Shaw. Normalmente nós assistimos a um espetáculo com a visão do diretor sob os personagens, dessa vez, nosso olhar se organiza conforme o olhar do autor. Eu não li esse texto, mas se tivesse lido, eu veria a escolha do diretor, mas já saberia a do autor, claro, se lembrasse, gostei da ideia do diretor nos lembrar do olhar do autor. Inclusive o texto é tão magnífico que quero ler agora. Outra questão é que raramente falam de amor, o realismo de Bernard Shaw incomoda, os sentimentos são bem mais reais e bem mais difíceis de aceitá-los.

Cândida é a bela e talentosa Bia Seidl, o reverendo é o ótimo Sergio Mastropasqua. Os outros do elenco são: Thiago Carreira, João Bourbonnais, Fernanda Maia e Thiago Ledier. Cândida fica em cartaz só mais esse mês. Fui em um sábado de carnaval e o teatro estava muito cheio. Meu pai tinha perguntado de manhã se ainda havia público para teatro já que hoje tem a televisão, e eu disse que sim. Ele vai ficar surpreso que mesmo em um sábado de carnaval o teatro estava quase lotado.



Beijos,
Pedrita

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Divas

Assisti ao espetáculo Divas de Dinah Perry no Teatro Augusta. Dinah assina a concepção, coreografia e direção da apresentação. Ela interpreta divas do cinema intercalando o estilo com a dança contemporânea. Surgem então Liza Minelli, Cyd Charisse, Leslie Caron e Ginger Rogers. A trilha sonora é adaptada por Edmundo Villani-Côrtes. Junta-se a ela quatro bailarinos Felipe Rodrigues, Lurian Reis, Renato Possidônio e William Mazzar que representam a veneração que essas Divas fazem aos homens. É um belo espetáculo que fica em cartaz até dia 13 de março.





Beijos,
Pedrita

terça-feira, 27 de julho de 2010

Guarda-Roupa de Histórias

Assisti ao espetáculo Guarda-Roupa de Histórias de Márcio Araújo no Teatro Augusta. Adorei esse musical infantil da Pocilgas & Cia, onde as roupas contam histórias. Antes de começar, no hall do teatro, há lanches e sucos naturais e uma mesa com jogos de aproximação para pais e crianças brincarem. Me surpreendi o quanto crianças bem pequenas se divertem. Os músicos ainda cantam algumas canções no hall. O autor escreveu textos para o Cocoricó, então muitas musiquinhas no hall eram dessa série.
As fotos são de Silvia Machado.

Depois no teatro ganhamos um botão, o narrador nos ajuda a acompanhar as histórias e é interpretado pelo idealizador e diretor do espetáculo, o Márcio Araújo. As músicas são do Tato Fisher. Me emocionei bastante com as histórias dos vestidos de festa. Adorei as histórias das roupas de super heróis. No elenco estão Hugo Picchi e Neusa de SouzaGuarda-Roupa de Histórias fica no Teatro Augusta até outubro.

From Mata Hari e 007
Beijos,









Pedrita