sexta-feira, 18 de julho de 2025

Miss Scarlet & The Duke- 4ª Temporada

Assisti a 4ª Temporada (2024) de Miss Scarlet & The Duke de Rachel New no Film&Arts. Eu adoro essa série, são seis episódios, Kate Phillips é maravilhosa! 
Nesse Stuart Martin ainda está, mas é a última temporada com ele. Uma pena que o ator tenha saído porque é estranho Scarlet sem Duke. Diferente de Vera, a série é a dupla, a tensão afetiva dos dois, o amor dos dois, é estranho ele sair. E pior, o texto pra isso foi desolador, não gostei.

Scarlet agora cuida do escritório renomado de detetives. Ela perdeu todos os funcionários que não aceitavam ser liderados por uma mulher, e está com dificuldade de clientes pelo mesmo motivo. Se hoje ainda é difícil liderar, imagine naquela época. 

Duke está sobrecarregado na polícia, com falta de pessoal. No segundo episódio ele entra em um local só com seu ajudante, sem equipe de apoio e é baleado. No terceiro ele está no hospital desacordado e Scarlet fica sempre com ele, pensando em como se conheceram.

O terceiro episódio conta então como eles se conheceram. Uma graça os dois atores que fazem Scarllet e Duke jovens, Laura Marcus e Stuart Martin. A série fala muito do feminino. O pai acolhe o Duke, e depois oferece um cargo na polícia. E Eliza fica sentida, sempre foi o sonho dela trabalhar na polícia, mas mulheres não trabalhavam nesse local. Sempre foi difícil ser respeitada como detetive particular, imagine na polícia.

No quarto episódio Duke se restabeleceu. Ele fica hospedado na casa de Scarlet para terminar sua recuperação. A senhora (Cathy Belton) que cuida dela fala para o Duke que quando a morte fica tão perto, as pessoas refletem sobre o que realmente importa. Ele resolve então dizer que ama Scarlet, mas a solução da série é bem ruim. Ele diz que precisa um ano pra pensar e que vai pra Nova York, essa é a forma torta que escolhem para separá-los, já que o ator não quis continuar no projeto.
Com a agência indo mal, a série traz de volta o dono dela, Patrick Nash (Felix Scott), assim a personagem tem com quem contracenar na ausência de Duke. Essa solução já tinha acontecido em temporadas anteriores. O último episódio é esquisito novamente. É quando ficam definidos quem serão os personagens que continuam. Patrick desaparece. É bem estranha a trama dele nesse episódio. Como ele sequestra um homem, ele vai preso. A agência que tinha recuperado o sucesso tem que ser fechada, e Scarlet volta ao escritório que tinha assumido após a morte do pai. Pelo jeito a série tem uma debandada geral de personagens. Interessante que no IMDB a série já se chama somente Miss Scarlet.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Abysmo

Assisti a peça Abysmo da Cia Antropofágica no Encontro Paulista de Teatro de Grupo na Refinaria Teatral. É um excelente monólogo com Alessandra Queiroz.

Foto de Rafael Mafra

No espetáculo a atriz fala de solidão, filosofia, cotidiano. A peça é dividida em várias partes. Em um momento ela cita Pitágoras, depois matemática, biologia. Ela ainda cozinha e dança no palco. Gostei demais!

Ao final a atriz conversou com a plateia e contou que esse é o terceiro espetáculo Abysmo. Que na Cia Antropofágica, as peças estão sempre em transformação, nunca são acabadas e que vão mudando durante o processo.

O espetáculo começou do lado de fora do teatro, depois seguimos com a atriz para a sala de teatro que estava lotado.

O Encontro Paulista de Teatro de Grupo segue até dia 10 de agosto. De sexta a domingo terão oficinas, encontros e espetáculos adultos e infantis, todos gratuitos, sempre na sede do grupo Refinaria Teatral, na Zona Norte de São Paulo.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 16 de julho de 2025

No Lugar da Outra

Assisti No Lugar da Outra (2024) de Maite Alberdi na Netflix. Que filme! Que grata surpresa!
 

A trama começa com uma história verídica, quando a escritora chilena Maria Carolina Geel (Francisca Lewin) mata seu amante na frente de todos em um restaurante. Essa história foi replicada no livro As Homicidas de Alia Trabucco Zerán. Fiquei curiosa para ler um livro da autora e esse que o filme se baseou.

O filme cria uma personagem ficcional. Adoro histórias que usam uma história real para construir a ficção. Elisa Zulueta está impressionante! Que atriz. Ela é escrivã. 

A assassina precisa de roupas limpas, a escrivã vai no apartamento. Que lugar lindo, piano de cauda, provavelmente de meia cauda, muitos livros, plantas, janelas grandes, muita luz, aconchego, belos móveis. A escrivã vive em um apertamento minúsculo com o marido (Pablo Macaya) e dois filhos adolescentes. Nunca sobra nada pra ela, pão, sopa, enquanto ela serve, tudo vai acabando até ela se servir. Um banheiro só. Ela chega tarde e a louça na pia, nenhum daqueles marmanjos faz qualquer coisa na casa. Ela começa a ir ao apartamento da escritora, tomar banhos demorados, ler na banheira, jantar tranquilamente. Ela passa a ler muito e ter tempo para ler muito. Muito interessante como ela vai se transformando. Ela ouve os depoimentos. Os conhecidos do amante falam barbaridades da mulher livre, que nunca quis casar. As mulheres elogiam a escritora de nunca ter se curvado ao amante. O filme fala profundamente de liberdade, principalmente feminina.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Projeto Estação Literatura

Assisti o Projeto Estação Literatura na Praça Brasil em Itaquera. Quando cheguei as mediadoras acompanhavam as leituras com as crianças, muito fofo.

Depois Célia RamosDébora Fernanda contaram a história rocambólica A Jornada Heroica de Maria de Marco Aurélio. A criançada acompanhava atenta. Na trama tinham duas casas, numa vivia Maria na riqueza e as bruxas ao lado que queriam saber qual era o segredo. Era a mãe Bruxa e suas três filhas. Uma a uma vai na casa da Maria tentar descobrir e não é que a criançada sabia exatamente qual bruxa faltava na visita? Muito fofo. 

Esse número foi acompanhado do músico Rodrigo Dias que interagia com a atriz e teve intérprete de libras. Antes desse espetáculo começar, uma criança conversava em libras com a intérprete. 

O último número da tarde foi com a banda Cante lá, que eu canto Cá – Cantigas populares para brincar com músicos Silvani Moreno, Célia Ramos, Daniel Pereira, Rodrigo Dias e Madu. A criançada ficou muito animada, dançando e cantando junto músicas conhecidas.

Tudo é muito lindo, cenários, figurinos, adereços. A concepção é da Célia Ramos, os painéis e figurinos são de Daíse Neves, alguns adereços são de Flávio Serafin.

O Projeto Estação Literatura segue em várias praças da periferia e interior de São Paulo.


Beijos,
Pedrita

domingo, 13 de julho de 2025

Biônicos

Assisti Biônicos (2024) de Afonso Poyart na Netflix. Eu adoro esse diretor desde Dois Coelhos, foi bom demais descobrir esse trabalho dele. Que ótimo filme de ação! Que elenco! E ainda debate questões muito interessantes!  O otimo roteiro é de Josephina Trotta, Cris Cera, Victor Navas e Afonso Poyart.

As protagonistas são de uma família de atletas de alto desempenho. A mãe, Erika Januza, era medalhista e prepara a filha para o mesmo caminho, com a ótima Jessica Córes, que personagem complexo. Ela está pronta para as medalhas e o mundo muda. Surgem os biônicos. Pessoas amputadas poderão ter membros biônicos ligados a dispositivos no cérebro. Agora só querem competições com os biônicos. A irmã da incrível Gabz é uma biônica e vira a estrela das competições. Nem preciso dizer a rivalidade que surge entre as irmãs. Os atletas de alto desempenho, sem membros biônicos, são abandonados a própria sorte. 

Para se juntar a essa família de gênios está o irmão, do ótimo Christian Malheiros, um fera da tecnologia.


O pai deles, o ótimo Nill Marcondes, se deslumbra com as cifras que a irmã consegue. Paulo Vilhena é o médico que trabalha com os implantes biônicos. Miguel Falabella faz uma participação.
O personagem do Bruno Gagliasso aparece como um homem que quer ajudar os atletas sem maquinários. O irmão dele, Klebber Toledo, é um amputado e eles usam o recurso para roubos. Ele faz uma pequena participação logo no começo. Com ele começa uma discussão muito interessante. O irmão é acusado de provocar acidentes para que as pessoas consigam ter membros biônicos. 

A polícia descobre que o membro do rapaz era pirata. E começam a investigar. Os policiais são dois atores que adoro também, Danton Mello e Guta Ruiz. O filme discute bastante ética. Um fator que gosto bastante nesse diretor é que ele não costuma seguir com caminhos moralistas, e ele consegue ser bem imprevisível e desconcertar.

E não é que a Débora Fernanda está no elenco? Ela faz uma pequena participação no começo e é uma das dublês de Gabz. Dublês não faltam, a lista é grande nos créditos.


Beijos,
Pedrita