Assisti a reportagem
Ebola: Ana Paula Padrão na África no meio da guerra contra o vírus mortal na
Band News. Eu tinha ouvido falar nessa matéria, zapeando, começava nesse canal que praticamente não assisto. Incrível trabalho de reportagem. Corajosa toda equipe de ir na Guiné mostrar a situação da capital em meio a epidemia. Eu gosto muito da seriedade dessa jornalista. Deve ter sido muito difícil conseguir todas as autorizações para a realização da matéria. Como o país sofre muito preconceito, a equipe não foi bem recebida em vários lugares.
A reportagem mostrou os costumes nessa região. A maioria é muçulmana ou católica. Como são muitos mortos, os cemitérios não estão dando conta. E apesar de ninguém dizer, na própria matéria foi possível ver ossos em uma cova aberta, mostrando que os mortos já estão sendo superpostos. Os costumes muçulmanos no enterro são de toque. Eles sofrem muito de não poder abraçar e fazer os rituais nos mortos.
A falta de informação é outro fator de disseminação. Várias cidades não tem energia elétrica, não tem rádio nem televisão. E como a maioria que vai para os acampamentos de isolamento não voltam, eles acham que é lá que é propagado o vírus, então relutam em levar os seus doentes e tratam em casa e a família toda acaba adoecendo. Boa parte das roupas e equipamentos que são usados são queimados, não são reutilizados. O que gastam e o que precisam para cuidar dos doentes é muito alto. O tempo todo eles precisam lavar as mãos em água clorada. Isso é praticado antes de entrar nas casas, nas poucas escolas que continuam abertas. O Ebola não passa pelo ar, é preciso contato com secreção, com a pele, principalmente levando a mão a boca, nariz ou olhos. Entre os que trabalham no cuidado aos doentes estão os
Médicos sem Fronteiras e a
Cruz Vermelha. A equipe só pode ir até a primeira área do isolamento. Nada pode tocar o chão. Nenhum equipamento da filmagem, fios, tripés, podem tocar o chão nessa área. Há poucos hospitais que não tratam dos doentes com Ebola, muitos com malária com sintomas iniciais parecidos. Há na capital muita precariedade e falta de recursos,
Dá para assistir essa
reportagem no site da Band.
Beijos,
Pedrita