sexta-feira, 31 de março de 2023

O Baile dos 41

Assisti O Baile dos 41 (2020) de David Pablos no TelecinePlay. Tinha tempo que via esse cartaz lindo! O filme é uma coprodução entre México e Brasil. O lindo roteiro é de Monika Revilla. A direção de arte de Angela Leyton e Andrea Balency-Béarn é deslumbrante. A fotografia de Carolina Costa é belíssima. Que filme lindo!
 

O filme é baseado no baile dos 41 em1901. Uma festa provocou reclamações da vizinhança. Quando a polícia chegou homens e mulheres dançavam, até eles repararem que eram só homens dançando. Ser homossexual não era proibido no México, mas uma violência e muitos abusos foram cometidos a esses homens. A maioria era da elite, então alguns conseguiram ser soltos após fiança, mas outros foram enviados ao exército e morreram em batalhas, mas pouco se sabe em detalhes dos paradeiros dos que foram punidos indevidamente.
Obra Posada de José Guadalupe

Vários cartoons surgiram na época, foi um escândalo e dizia-se na época que não eram 41 e sim 42, que o genro do presidente estava no baile, mas que o nome foi protegido.

E é a vida desse genro que o filme conta até terminar no Baile dos 41. Ele casa com a bela filha do Presidente, tem interesses políticos, é deputado e quer ser governador. Ele apaixona-se por um jovem e começa a ser descuidado. Todos acabam infelizes. Os dois atores são lindíssimos Alfonso Herrera e Emiliano Zurita.
A esposa também é belíssima, Mabel Cadena. A casa deles é lindissima! Quando ela percebe que eles são alvo de falatórios, ela vasculha as cartas e descobre o amante. Ela só pede um filho, mas ele, cheio de ódio e sem desejo, não aceita. E também não dá pra saber se as exigências parariam ali. Com os falatórios, a carreira política dele fica comprometida. É um filme triste, sobre preconceitos, amor e falta de amor, dor. E belíssimo esteticamente! Uma obra de arte!

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 29 de março de 2023

As Sete Mortes de Evelyn Hardcastle de Stuart Turton

Terminei de ler As Sete Mortes de Evelyn Hardcastle (2018) de Stuart Turton da Dublinense. Eu comprei esse livro em uma Feira do Livro faz um bom tempo, foi um dos últimos dessa leva a ler. É um livro policial e escolhi para ler no Carnaval. Virou tradição ler livros policiais no Carnaval. Era tradição ir às terças-feiras de Carnaval ao teatro ou ao cinema, mas com os blocos no entorno, tive que mudar esse hábito pela impossibilidade de sair de casa. Agora só leitura em casa mesmo ou sair da cidade caso tenha algum dinheiro para isso. Amei o livro, é extenso, estava com bastante trabalho, ainda bem, então acabei demorando pra concluir, mas amei, é genial! O projeto gráfico de Luísa Zardo é genial, além de linda a capa e a edição interna, tem uma série de símbolos que vamos encontrando na obra. E amei o desenho da mansão, com os quartos e quem ficou em cada quarto, delicioso acompanhar olhando onde estava cada personagem. Esse livro ia virar série, desistiram, espero que alguém compre os direitos porque vai ser incrível! E dá pra ter mais temporadas, o autor precisaria escrever a segunda, mas é perfeitamente possível.

Como a trama passa-se em uma mansão eu escolhi um marcador de livros de tapete húngaro, a borboleta é um broche de família.

Obra Floresta de Faias (1877) de Edmund George Warren

O protagonista está em uma floresta, ouve uma mulher pedindo socorro, é machucado e colocam uma bússola em sua mão. Sem entender o que acontece, aturdido, ele segue e acha uma mansão.

Obra Visão de Dunton Hall, Lincolnshire (1739) de George Lambert

Ele não faz ideia de quem seja, onde está, está com amnésia completa. Ele fica tentando entender olhando os detalhes, ele estaria naquela mansão e em um quarto, tem conhecidos que não reconhece e fica tentando lembrar. O livro tem uma reviravolta impressionante em um determinado momento. Em uma frase nas costas do livro há uma pista, mas eu nunca leio nada antes de me enfiar em uma leitura e sugiro que façam o mesmo. É muito impactante a reviravolta e é bom demais ser pego completamente de surpresa. Essa prática que tinha de não ler nada, faz a leitura ficar muito mais mágica e sugiro a quem for ler esse livro ou qualquer outro adquirir esse hábito, é indescritível descobrir sozinho na leitura.
Obra Sala de Estar no Verão de Herbert Davis Richter

Vou falar detalhes do livro: Achei genial a ideia dos hospedeiros e de terem outros na mesma situação. Dos inúmeros recomeços, da personalidade do hospedeiro misturando-se ao protagonista. É um exercício enorme de lógica, de raciocínio, para acompanharmos as descobertas, as investigações, é fantástico! Fiquei agoniada muito tempo e quando achamos que tudo deu certo há uma nova reviravolta, que agonia, que genialidade! Excelente escolha! Daqueles livros que quero que todos leiam, principalmente pra quem gosta de livros policiais.


Beijos,
Pedrita

terça-feira, 28 de março de 2023

Sorria

Assisti Sorria (2022) de Parker Finn no TelecinePlay. Porque sábado é dia de fantasminhas. Mais um filme muito, mas muito forte, com um roteiro muito consistente e profundo.

Uma psiquiatra trabalha em um hospital. Ela é muito dedicada. Ela está indo embora mas solicitam que ela atenda uma jovem que acaba de chegar. A jovem se mata na frente da médica que claro, fica muito perturbada. Ela começa a ter alucinações.

Ela é noiva e ele passa a tratá-la muito mal. Aos poucos vamos conhecendo a vida dela e sua família disfuncional. E também a maldição. O filme é muito bem construído e triste. A parte real, não a sobrenatural, é muito profunda. Sosie Bacon está muito bem. Alguns outros do elenco são Jessie T. Usher, Kylle Galner, Jack Sochet, Robin Weigert e Kal Penn.

Beijos,
Pedrita