sábado, 11 de julho de 2020

O País do Cinema

Assisti O País do Cinema (2020) de Mardello Ludwig Maia sobre o filme O Auto da Compadecida (2000) com Matheus Nachtergaele e Virgínia Cavendish. A apresentação é da Andréia Horta. Nessa nova temporada, o programa vai entrevistar participantes de filmes icônicos do cinema brasileiro. 20 anos se passaram depois da estreia desse filme. Ouvir as histórias foi fascinante. Matheus fala que encontrou com Ariano Suassuna em um evento e que o autor não falava nada com ele e a agonia que ele passou. No final, o escritor entregou um carta, queria muito ver essa carta. São muitas histórias, foi uma delícia de programa. No final, sempre pedem que os entrevistados escolham uma cena que mais gostam.

O segundo programa falou do filme Carandiru (2003) com Caio Blat e Luiz Carlos Vasconcelos.  Eu adoro esses atores que contaram bastante sobre o processo do filme. Luiz Carlos disse que chegou a acompanhar o Drauzio Varella nas consultas no Carandiru, que foi como um assistente. Esses episódios foram gravados antes da pandemia.
Agora O País do Cinema passa toda quinta-feira, após a exibição do filme. Gostei bem mais desse formato. Deixei de ver muitos episódios porque ainda não tinha visto os filmes.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 8 de julho de 2020

O Pintassilgo

Assisti O Pintassilgo (2019) de John Crowley na HBO. Eu queria muito ver esse filme, apesar das inúmeras críticas negativas, porque tinha amado o livro de Donna Tartt que comentei aqui. O filme daria uma série, talvez até mais temporadas. Colocar toda a trama num filme só não é uma tarefa fácil.

Eu gostei demais dos dois atores que fazem os garotos. Oakes Fegley interpreta bem demais o protagonista. Praticamente todo o filme é ele, mas boa parte da promoção do filme foca no ator que faz ele adulto, Ansel Elgort. Fofíssimo o garoto que interpreta o Andy, Ryan Foust. Bem como eu imaginava os dois, absurdamente inteligentes e introspectivos. Nicole Kidman interpreta a mãe que abriga o amigo do filho na casa dela por um tempo.
Jeffrey Wright interpreta o dono do antiquário, onde o protagonista realmente se sente bem. A sua amada Pippa é interpretada por Aimee Laurence e por Ashleigh Cummings. O pai é interpretado pelo Luke Wilson e a madrasta por Sarah Paulson.

Seu amigo Boris é interpretado por Finn Wolfhard e Aneurin Barnard. O filme se atropela um pouco porque é muita história pra tão pouco tempo. Até esticam um pouco a duração que tem mais de 2hs, mas é pouco ainda pra tanta complexidade e conteúdo. Eu fiquei na dúvida se quem não leu o livro irá entender a trama. Como eu li o livro em 2017, eu acabei entendendo bem o filme, mas não sei se alguém que não leu, consegue. 

Eu amei o livro e é uma ótima indicação para esse isolamento. Extenso, o livro prende muito a atenção.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Respire

Assisti Respire (2014) de Mélane Laurent no Festival Varilux de Cinema no Looke. Que filme triste! É baseado no livro de Anne-Sophie Brasme, que escreveu quando tinha 16 anos e virou logo um best-seller. Ainda não há tradução no Brasil.

Uma jovem acompanha o relacionamento conturbado dos pais. O pai engana a mãe, mas sempre que vai visitar a filha, eles ficam de novo e a mãe se magoa de novo. Essas idas e vindas dão o tom do relacionamento igualmente conturbado da filha. É um filme muito, mas muito psicológico.

Uma nova aluna chega na escola. Ela se aproxima da jovem e começam uma relação muito intensa de amizade, como costuma acontecer nessa época. Essa nova aluna gosta de brincar com os sentimentos dos outros, de testar os limites do afeto do outro e faz um estrago nos sentimentos da outra adolescente que não respira, guarda tudo pra si. A nova aluna também tem sérios problemas familiares e um emocional bem perturbado. Elas tem um desentendimento, e a nova aluna começa a praticar um ataque feroz a outra jovem que fica em silêncio. Alguns amigos ficam com pena, mas essa jovem se fecha, se isola, e sofre tudo sozinha. Os ataques são escritos em paredes da escola, mas a instituição também parece alienada em interferir na violência. É um filme triste demais!
As duas estão incríveis. Joséphine Japy impressiona na interpretação excessivamente introspectiva e silenciosa. Lou de Lâage também está muito bem.

Beijos,
Pedrita