sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Saudade do Futuro

Assisti ao documentário Saudade do Futuro (2021) de Anna Azevedo no Festival de Brasília do Cinema Brasileira. Sim, é isso, só tenho saudade do futuro. Depois de tantas perdas, centenas evitáveis, tanto sofrimento, tanto desmatamento, tantas queimadas, tanta tragédia, só dá pra ter saudade do futuro. Que seja melhor!

O documentário foi o vencedor do Festival de Brasília. A diretora filmou em três países, Brasil, Portugal e Cabo Verde com entrevistados falando de saudade. Essa cena é a última e é com uma linda canção. Essas mulheres confeccionam esses instrumentos que estão entre as pernas, e mostram no documentário como são construídos.
Saudade do Futuro começa com as viúvas de pescadores no mar de Portugal. Mulheres que após as tragédias passam a vida de preto. Nesse núcleo pescadores falam de quando foram a guerra. Valter Hugo Mãe da estranheza de ver essas mulheres sempre de preto.

No Rio de Janeiro um grupo de crianças de uma comunidade brinca contando história. Na praia três mães falam da morte violenta de seus filhos. Os índios falam que vão ter que se mudar mais uma vez porque suas terras foram ocupadas. São muitas saudades.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Retrospectiva 2021

Nesse ano dificílimo, as séries e filmes foram mais presentes na Retrospectiva 2021

Foi difícil selecionar algumas séries, porque as que amei foram muitas.

Squid Game
Cidade Invisível
O Hóspede Americano
Mare of Easttown
Handmaid´s Tale 4
Lupin 1 e 2 
Dark 2 e 3

Em cada atração o link da postagem no blog.

Música também só foi virtual:

Show Somos Um de Maria Rita Stumpf

CD Psallo Trio Josani Pimenta, e dois outros músicos excelentes, Eduardo Minczuk na trompa e Marcelo Pimenta 

As Duas Sonatas para Viola e Piano de Brahms com Horácio Schaefer, viola, e Sergio Melardi, piano

Novela só teve uma:

Amor de Mãe

Peças foram duas virtuais da Cia Navega Jangada



Foi difícil selecionar os filmes, gostei de muitos:



Livros também foram grandes companheiros, igualmente difícil selecionar alguns:

O Alforge de Bahiyyih Nakhkavani
Madame Oráculo de Margaret Atwood
Uma Menina Está Perdida no Seu Século À Procura do Pai de Gonçalo M. Tavares
Minha História por Michelle Obama
Sem Gentileza de Futhi Ntshingila
Holocausto Brasileiro de Daniela Arbex











Feliz 2022! Que seja um ano melhor pra todos!

Beijos,




Pedrita

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Squid Game

Assisti a série Squid Game (2021) de Hwang Dong-hyuk na Netflix. Coisas de Brasil, aqui o nome continua em inglês, mas é outro, não faz sentido algum, Round 6. Eu tinha muita resistência pra ver essa série, tudo que é quase unanimidade eu fico relutante. Mas eu amo produções coreanas, principalmente as de terror, então fui ver e não conseguia largar.
 

Essa imagem explodiu na estreia nas redes sociais. E na época eu entendi que seriam jogos e como conheço os filmes coreanos, pavorosos.  Os jogos são inspirados em brincadeiras infantis, algumas desconhecidas por aqui, algumas com semelhanças.
O protagonista é viciado em jogos, cavalos mais especificamente. Que ator, Lee Jung-Jae. Ele não consegue emprego e é muito atrapalhado, vive apostando. Ele recebe então um cartão com uma proposta. Perto da meia noite os participantes vão a um lugar indicado, uma van passa, eles são dopados até chegar no local do jogo. Ele é o último, o número 456. Todos são imperfeitos, com ele não é diferente, mas ele tem alguma integridade, respeito ao próximo, sentido de equipe. Muito interessante que ele tem a maior admiração pelo amigo bem sucedido (Park Hae-soo) que também está lá. O amigo foi o melhor aluno em tudo, formado com louvor e atuava no mercado financeiro. O 456 vive elogiando-o. 
Duas jovens contam suas vidas, uma é da Coreia do Norte, muito triste a vida das duas. Ótimas e lindas atrizes: Jung Yo-Heon e Lee Yoo-mi.

O 456 afeiçoa-se ao 001 que diz estar com um tumor. Oh Yeong-su está majestoso! O 456 passa a protegê-lo de alguma forma. Mas é interessante também que esse senhor, por ter brincado muito na infância, sabe técnicas onde mesmo um grupo mais fraco possa ser vencedor. A série debate muitas questões, pré-conceitos, é muito profunda. 

A série debate também imigração com o personagem de Anupam Tripathi, o preconceito a imigrantes e fala de profissões de sobrevivência, como a prostituição na personagem de Kim Joo-Ryung. O grupo dos "vilões" é encabeçado pelo personagem do Heo Sung-tae.

O jogo é muito surreal. O líder fala sempre que a regra principal é todos terem direitos iguais, mas essa regra é bem controversa, na verdade, a série toda é muito controversa. Como na vida real, a noção de igualdade não é igualitária. Muito interessante quando termina dando a ideia de uma continuação.


Beijos,
Pedrita

domingo, 26 de dezembro de 2021

Ela e Eu

Assisti Ela e Eu  (2020) de Gustavo Rosa de Moura no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro no Canal Brasil. Que filme delicado e bonito! Começa com um parto, a mãe passa mal e fica vegetativa por anos.
Esse cartaz é lindo e o mais bonito é que é uma cena do filme.

O tempo passa, a filha está na faculdade, a mãe acorda. Primeiro só vê vultos, depois precisa reaprender a falar, andar. O pai está com uma companheira. Ele, a filha e uma funcionária cuidam da mãe. O cuidado deles com a mãe emociona. A companheira fica intranquila com a mudança. O equilíbrio de décadas passa, eles precisam se reorganizar. 
O elenco impressiona. Andréa Beltrão faz a mãe, Eduardo Moskovis o pai, Lara Tremouroux a filha, Mariana Lima a companheira, Karina Teles a funcionária. Aparecem ainda Jessica Ellen, Bella Camero e Flávio Bauraqui. Andréa Beltrão ganhou merecidamente prêmio de Melhor Atriz no Festival de Brasília. Eduardo Moskovis de Melhor Ator e o filme ganhou Melhor Roteiro.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

A Coleção Privada de Acácio Nobre de Patrícia Portela

Terminei de ler A Coleção Privada de Acácio Nobre (2016) de Patrícia Portela da Dublinense. Foi o último livro a ler que comprei na última feira presencial da USP que fui. É genial!

Os objetos são da minha coleção particular. 

Pires de porcelana de Peggy-Lou

Marcador de livros de fotos.

Acácio Nobre era um grande mistério, até seu nome podia ser outro ou vários outros. Colecionador, ele criou um clube, e como todo colecionador, várias regras para participar. Nenhum integrante poderia ter mais que um objeto de sua coleção. Bom, amo coleções e pseudônimos. Acácio Nobre era amigo de Fernando Pessoa e de seus heterônimos. A autora acha que o fascínio de Acácio Nobre por Fernando Pessoa seja pelos heterônimos, provavelmente. Do mesmo modo que Pedrita é fascinada por Fernando Pessoa e agora por Acácio Nobre. Pedrita também tem fascínio por coleções e suas regras.

Acácio Nobre era um grande inventor, criou vários jogos. Era artista, cientista, engenheiro e bioengenheiro. O livro traz várias cartaz, objetos, é incrível!

Boas Festas

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Hypnotic

Assisti Hynotic (2021) de Matte Angel e Suzanne Coote na Netflix. O roteiro é de Richard D´Ovidio. Esse filme é bem mais ou menos. Força a mão na técnica de hipnose e logo no começo já sacamos tudo, só ficamos esperando como a mocinha vai se livrar e se vai conseguir se safar.

Uma jovem perdeu um filho e por isso se separou. Em uma festa ela conhece um psicólogo que diz que consegue ajudá-la pela hipnose e ela vai as consultas.
O filme exagera tanto no controle pela hipnose que chega a ser até cômico. O psicólogo fala para a mulher para, por celular dá os comandos e a pessoa vira robô, funciona melhor como ficção científica do que como psicologia. Os atores são igualmente caricatos: Kate Siegel e Jason O´Mara. Alguns outros do elenco são Dulé Hill, Lucie Guest e Jamie M. Callica.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Show Os Quatro Cantos de Elpídio

Assisti ao show Os Quatro Cantos de Elpídio da Cia. Navega Jangada no Youtube. Que lindo! Emocionante!

O grupo gravou uma apresentação encenada com as belas músicas de Elpídio dos Santos que compôs quase todas as músicas cantadas por Mazzaroppi em seus filmes. Cantam, tocam e interpretam: Rita Gutt,  Gabriel Ivanoff, Rodrigo Regis, Dicinho Areias, Alef Barros, Melina Marcehtti, Rebeka Teixeira e Thiago Mota. Os belíssimos figurinos são de Nagila Sanches. Linda a iluminação também de Marcos Diglio.

As fotos são de Leandro Ivo
Parentes de Elpídio contaram um pouco da história do compositor. Incrível como era eclético, as tradicionais canções da cultura popular caipira, marchinhas de carnaval e uma até meio jazz, incrível. Amo Casinha Branca, que chama Você Vai Gostar e foi a última que interpretaram. Na tradição passaram a fazer bonecos e tem alguns no show.
A apresentação fica no ar até 29 de dezembro e é gratuito.
Coloquei o vídeo do show, mas se não estiver disponível dá pra achar no link da Cia Navega Jangada no youtube aqui.
Beijos,
Pedrita