terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Cidade Invisível

Assisti a série Cidade Invisível (2012) de Carlos Saldanha na Netflix. Nossa, que série! Não queria parar de ver. Mal estreou já está entre as séries mais vistas. Saldanha é sempre genial, ele cria histórias que tem em seu cerne a história do país, mas principalmente sobre florestas e meio ambiente, na importância da preservação do meio ambiente. Nos filmes anteriores falou com as crianças, colocando animais em extinção como protagonistas. Agora colocou lendas como personagens.


Eu tinha lido que Marco Pigossi tinha aceito participar de uma produção da Netflix. Ele é um policial, sua esposa trabalha em uma comunidade na floresta. Em uma festa, a floresta pega fogo e ela morre. Ele começa a investigar e coisas estranhas começam a acontecer. Um boto cor-de-rosa aparece morto em uma praia do Rio de Janeiro.


Há muita surrealidade, realismo fantástico, que eu adoro. As histórias são baseadas nas lendas da Cuca, Tutú Marambá, Saci, Curupira e Iara. Muito bacana! Os seres que estão no meio dos mistérios são as lendas. 

Incrível o Curupira que quando se muda para a cidade se perde, acaba a sua identidade, se marginaliza. O Saci vai viver em uma ocupação. A miséria os atacam. Muito bom também mostrar que o antigo caçador e destruidor da mata tem um filho (Rubens Caribé), responsável por um empreendimento que jura que vai preservar a mata enquanto constrói. E uma comunidade começa a ser pressionada a aceitar a indenização e largar as suas casas. Apesar de temas tão densos a série é muito envolvente, cheia de mistérios, lendas, não queria fazer outra coisa. E que elenco!
Lindíssima a Iara, Jessica Cores. Alessandra Negrini interpreta a Cuca, Fábio Lago, o Curupira, Wesley Guimarães o simpático Saci, Victor Sparapane o Boto Cor-de-Rosa, Jimmy London e Corpo-Seco, Eduardo Chagas. Essas lendas sempre estiveram no meu imaginário, não porque eram contadas em casa, mas porque li um pouco Monteiro Lobado e amava o Sítio do Picapau Amarelo.
Linda demais a menina que faz a filha do casal, Manu Dieguez. Gosto  muito das atrizes que interpretam a mãe da menina, Julia Konrad e a avó, Thaia Perez. O elenco é incrível. A policial que trabalha com ele é interpretada por Áurea Maranhão, o chefe por Samuel Sieg. José Dumont  interpreta um personagem que mora na floresta e tenta preservá-la, diferente de seu filho interpretado por Samuel de Assis. A jovem grávida por Tainá Medina. Fazem participações Ivan de Almeida, Nica Bonfim e Teca Pereira.
Beijos,
Pedrita

14 comentários:

  1. Para quem aprecia séries, acredito que seja fascinante de ver.
    .
    Uma semana feliz. Cumprimentos
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  2. Oi Pedrita,
    eu quase comecei a assistir a essa série, mas acabei desistindo porque não levei fé nesse realismo fantástico. Mas agora, depois de ler a sua resenha, eu me animei. Vou assistir.
    beijos
    Chris


    Inventando com a Mamãe / Instagram  / Facebook / Pinterest

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  3. Apareceu o anúncio (da Netflix) desta série na minha TL. Eu cliquei em 'adicionar à minha lista'.

    Beijo

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  4. Já ouvi falar super bem dessa série sabia?
    Big Beijos,
    Lulu on the sky

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  5. Boa tarde Pedrita. Parabéns pelo trabalho e divulgação. Só esse boto rosa que não tem nada haver na série, nas Baías de Guanabara e Sepetiba tem golfinhos cinza.

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    1. luiz, exatamente, na série o policial está tentando entender como um boto cor-de-rosa conseguiu aparecer na pra ia do rj. ele destaca exatamente isso.

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  6. Mais um que está na listinha dos desejados para assistir.
    Deve ter ficado muito interessante essa releitura das lendas.
    A inserção do surreal no cotidiano.

    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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