sábado, 4 de março de 2017

Sacrifício

Assisti Sacrifício (2016) de Peter A. Dowling no TelecinePlay. Eu gosto bastante desse gênero. É bom. O fato de ser ambientado nos dias de hoje atrapalha um pouco, mas de qualquer forma é um bom roteiro. É  baseado no livro de Sharon Bolton.

Uma médica obstetra está indo fazer um parto quando perde o bebê que estava esperando. Passa um tempo e ela segue com o marido para uma ilha na Escócia, onde vive a família dele. Lá ela irá adotar uma criança.  Engraçado que ela é médica mas não desconfia que uma ilha tenha tanta criança disponível para adoção. E que muitas grávidas morassem em um hospital isolado até darem a luz. Ela consegue emprego no hospital da cidade, ajudada pelo pai do rapaz que é de uma família rica e tradicional do lugar.

Por um mero acaso ela acha um corpo enterrado sem o coração. Ela acaba vendo o raio-x e descobre que a morta estava com o útero aumentado porque tinha dado a luz pouco antes de morrer. Todos querem fazer ela acreditar que o cadáver era de séculos atrás, que o musgo da região não permite a decomposição. Mas ela começa a investigar. Ela é muito inteligente e vai começando a desconfiar. Há uns riscos em vários lugares e ela descobre que são escritas inspiradas em rituais antigos, mas as escritas são recentes. Toda a trama da investigação inicial é muito interessante. Ela acha uma artigo de uma universidade americana que fala desses rituais, vê que a moça foi morta da mesma forma.
A médica acha uma família que aceitou ajuda para tratar uma irmã com câncer e começa a descobrir toda a farsa. Mas a ilha fabrica um culpado, que assume todos os erros. É daí que o filme desanda um pouco. Primeiro, ela tinha acesso a internet, bons celulares, porque nunca avisou alguém de outra cidade? Porque não entrou em contato com o universitário pelos rituais? Por que não avisou a imprensa de outras cidades? Ela aceita com muita facilidade o culpado criado, 8 meses passam e ela consegue adotar o bebê e nem desconfia. Fica burra de repente. Na festa para comemorar a adoção ela começa a investigar a casa do sogro e descobre tudo. Há um grande corre corre, muitas mortes. E o fim acaba bem de supetão. Mas pelo menos explicam bem. A médica é interpretada Radha Mitchell. O marido por Rupert Graves. Outros do elenco são: David Robb, Liam Carney e Joanne Crawford.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 2 de março de 2017

O Congresso

Assisti O Congresso (2013) de Ari Folman no HBO On Demand. Eu vi esse filme no Now, mas não com esse pôster. Gosto de ficção científica e um dia comecei a ver. Uma atriz estava em reunião com seu agente e uma produtora de filmes. Estava esquisito, precisei parar de ver e estava na dúvida se continuava. Fui olhar na internet e levei um susto porque vi que tinha animação no meio. O diretor é israelense.

Voltei a ver, é bem interessante. É baseada na obra do polonês Stanislaw Lem. Essa atriz vinha fazendo filmes duvidosos. Tinha tido uma carreira maravilhosa, mas andava aceitando filmes ruins. Ela tem a chance agora de aceitar em contrato ser escaneada e ser feito uma cópia dela. Essa cópia poderá ser feita uns 10 anos a menos. Ela está com 44 anos. E ficar por anos jovem e talentosa. E a atriz poderá viver fora dos holofotes, inclusive é uma regra do contrato. Robin Wright interpreta essa atriz. Ela tem um filho doente, que ficará surdo e cego, ela vê uma boa oportunidade para cuidar dele. O contrato é assinado por 20 anos. No contrato sua cópia não poderá fazer uma série de filmes como pornográficos. Apesar da resistência, ela aceita que sua cópia faça ficção científica porque o valor do contrato fica bem melhor. A produtora tem o símbolo muito parecido com a Paramount. O dono da produtora é interpretado por Danny Huston, que aparece depois como desenho animado. O agente por Harvey Keitel. O filho por Kodi Smit-McPhee.

20 anos se passam e ela vai a um congresso. Sua cópia é uma grande heroína de filmes de ação. No congresso a atriz deveria assinar novo contrato. É tudo muito maluco. Ela vai participar como animação no congresso. Toma um frasco e vira uma animação. É tudo muito genial, impressiona bastante, muitos questionamentos. A animação lembra um pouco filmes antigos, há vários personagens de filmes antigos. Desse momento em diante não sabemos o que realmente está acontecendo, nem ela. Ela nem sabe se é tudo da cabeça dela, se as animações que ela interage ela criou ou existem. É fantástico! Desconfortável! Quando ela vai assinar o novo contrato, outro ator como anime está lá também. Ele informa que os dois são os últimos com matrizes que existem realmente. Que todos os outros atores agora são criados sem matriz real. Segundo o que ela está vivendo, que não sabemos se é real ou imaginação, ela aspira uma bomba, fica congelada um tempo. 

Quando acorda ela quer voltar a virar gente para reencontrar o filho. Anos se passaram, no mundo real tudo é miséria, sujeira, fome e doença. Só alguns tem uma vida melhor e claro, são os militares. Lá ela acha o médico do filho e descobre que o filho cansou de esperá-la. O médico é interpretado por Paul Giamatti. O filho esperou 19 anos e resolveu ser animação. Ela resolve voltar mesmo sabendo que dificilmente eles irão se encontrar. O filme fica muito melancólico, muito triste, dói muito. Não sabemos que o que ela passa a viver como animação ela criou na cabeça dela, ou se realmente está acontecendo. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Mãe Só Há Uma

Assisti Mãe Só Há Uma (2016) de Anna Muylaert no Canal Brasil. Esse filme vem impressionando o mundo todo. É livremente inspirado no Caso Pedrinho. Aquele que um adolescente descobre que foi roubado na maternidade.

Começa com o rapaz com a mãe sequestradora. Ele tem uma irmã menor. São de classe média baixa, a mãe prepara o café, ele segue para a escola pública de bicicleta, está no despertar da sexualidade e na fase da experimentação. Os três são muito unidos. Fatos estranhos começam a acontecer até que a mãe e filho vão a delegacia. A mãe não falou nada ao filho. Lá a justiça exige um teste de DNA e eles tiram sangue na hora por ordem da justiça. E pronto, ele não é filho dela. Como na vida real, o filho não reconhece a mãe biológica e fica ao lado da sequestradora. A mãe sequestradora é presa. Depois descobrem que a irmã do rapaz também foi roubada. Com a sequestradora presa, o destino dos dois adolescentes precisa ser resolvido.

Ele vai viver com os pais biológicos e a menina com os pais biológicos dela. A separação dos irmãos dói. É difícil a relação do rapaz com os pais biológicos. Eles estão eufóricos, sempre sonharam encontrar o rapaz, vesti-lo, educá-lo, mas ele já um rapaz e muito diferente do que eles esperavam. Os pais biológicos tem uma situação financeira confortável, outro filho menor, são conservadores, se incomodam com o lado livre e rebelde do filho perdido. 

Na rebeldia o filho adotivo do filme da Anna Muylaert é diferente do Pedrinho. Mãe Só Há Uma acaba após um confronto em um boliche. Impressionante o desempenho do Naomi Nero que faz o filho sequestrado. Gosto muito da atriz que faz a tia Luciana Paes, tia que não é tia, mas sim uma prima distante. O pai é interpretado por Matheus Nachtergaele, As mães são interpretadas pela mesma atriz, Dani Nefussi. A irmã que também foi sequestrada por Laís Dias. O irmão biológico por Daniel Botelho. Mãe Só Há Uma ganhou Prêmio Teddy no Festival de Berlim.

Pedro hoje é advogado, casado e com filhos. Ele ainda visita a sequestradora. A história da irmã roubada é diferente do filme. No filme ela é mais jovem e vai viver com os pais biológicos. Na vida real ela é mais velha, quando descobriu que também tinha sido sequestrada, já é adulta, então nunca reconhece os pais biológicos, fica morando com a sequestradora que é solta após uns 5 anos de cadeia. Pedro vai visitar a mãe sequestradora. Eu fico imaginando o que o Pedro diz aos filhos sobre a sequestradora, já que ainda mantém contato. Difícil compreender que um pai consiga amar a sequestradora sabendo a dor que é perder um filho. Relações complexas. A sequestradora destruiu três famílias, inclusive a fake que ela mesma criou.
Beijos,
Pedrita

domingo, 26 de fevereiro de 2017

À Beira Mar

Assisti À Beira Mar (2015) de Angelina Jolie no TelecinePlay. Há um tempinho esse filme entrou no Now, queria ver, mas parecia dramático, aguardei. É um belo e delicado filme com paisagens magníficas. O filme foi gravado em Malta, que lugar lindo, À Beira Mar. Belíssima fotografia! O hotel também é deslumbrante.

Logo percebemos que o casal está em crise. Ele é escritor e não está conseguindo escrever. Fica sempre em frente a máquina de escrever, ou com um caderno, mas nada escreve. Os dois bebem muito, ele sempre mais, mas ela também bebe muito. E ela é viciada em pílulas. Os dois estão bem desestabilizados. Ele vive no bar do local e ela pouco sai do quarto. Eles vivem em um silêncio que incomoda. Não há diálogo, só uma irritação contínua um com o outro.

Um casal em lua-de-mel chega e a felicidade deles incomoda ainda mais o outro casal que fica mais ainda irritadiço um com o outro.

E aos poucos começam a discutir, para um casal que não se falava mais, é um começo, e aos poucos passam a dialogar um pouco. É tudo muito delicado e bonito. O casal é vivido por Angelina Jolie e Brad Pitt. O casal em lua-de-mel por Mélanie Laurent e Mevil Poupadu. Os outros da cidade por Neils Arestrup e Richard Boehringer. A trilha sonora é linda. O texto é de Angelina Jolie.
BEijos,
Pedrita