Obra de Jorge Luis Vega
Um jornalista vê uma moça, ele é mais velho, ela jovem, vai falar com ela, acaba se relacionando e fugindo. Ela tem 16 anos. Vários fatores eu gostei. Eles não tem uma paixão avassaladora, parece mesmo que queriam um motivo para fugir de suas vidas. Ela vivia com a madrasta, mas seu pai não é mais vivo e a madrasta casou de novo. A relação não é boa. Ele é casado. Ele faz muitas citações de autores, fala de música, ela não conhece nenhum dos nomes que menciona. Os diálogos são uma preciosidade.A falta de comunicação dos dois. Gostei muito também da facilidade na construção dos diálogos. Acho fascinante quem escreve diálogos com tanta fluidez.
Obra de Nestor Alejandro Chávez Lavín
Trechos de A Ninfa Inconstante de Guillermo Cabrera Infante:
“O
passado é um fantasma que não se deve convocar com médiuns ou invocar com
abra-essa-obra.”
“-
Eu não. Um amigo que se chama Ovídio.
-
Ovídio? Que raio de nome é esse?
-
É um nome latino.
-
Latino-americano?
-
Não diria tanto.”
“-
O amor é assim. Cego como Bach, surdo como Beethoven, mutilado como Van Gogh.
-
Ui. Quanta gente.”
Tanto os pintores, bem como o compositor, são cubanos como o autor.
Beijos,
Pedrita