sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O Leopardo

Assisti O Leopardo (1963) de Luchino Visconti no Telecine Cult. Uma co-produção entre Itália e França. Fazia muitos anos que queria ver esse filme. A primeira vez que fui instigada a vê-lo foi quando uma amiga me convidou para ir em uma sessão especial no Espaço Unibanco, infelizmente tive algum compromisso que me impediu de ir. Uma pena, porque esse filme na telona deve ser infinitamente mais impressionante! Lembro até hoje a empolgação dela quando voltou e me contava os detalhes. Li o livro em 2004 e fiquei com mais vontade ainda de ver o filme. Muitos já o viram exaustivamente, então muito provavelmente não vou falar nenhuma novidade, mas fiquei tão impressionada com esta superprodução, que não há como não dividir essas impressões.

O Leopardo teve três edições. A primeira mais longa, depois outra um pouco mais reduzida e uma menor que foi lançada em vídeo. Imagino que eu tenha visto esta última. Queria muito ver a primeira versão. Me impressionou o tamanho da produção. Do excessivo gasto que devem ter feito para realizar esse filme. Começa com uma revolução de Garibaldi. Depois a família consegue um salvo conduto e vão se resguardar em uma pacata cidade. Já tinha visto as cenas do baile em matérias, e acontece no final.


Nosso protagonista é um príncipe, interpretado pelo maravilhoso Burt Lancaster. É belíssima a cena que ele tem noção que ficou mais velho e sofre. Ele tem 7 filhos e seu sobrinho se apaixona por uma belíssima moça interpretada pela maravilhosa Claudia Cardinale. O sobrinho é igualmente lindo, o Alain Delon. Achei belíssima a cena que o casal visita um palácio abandonado. Alguns outros do elenco são: Romolo Valli, Rina Morelli e Lucilla Morlacchi. A fotografia de Giuseppe Rotunno é majestosa. São belíssimas as cenas de paisagens. A trilha sonora de Nino Rota, com algumas composições de Verdi, é primorosa. São daqueles filmes que queremos ter no acervo, mas eu particularmente desejava ter a primeira versão, a mais longa. O Leopardo ganhou Palma de Ouro, no Festival de Cannes.

Música do post: Traccia Audio 13 - Atto lll - A terra !... si...nel livido fango


Youtube: Il Gattopardo



Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Peut-être

Assisti ao filme francês Peut-être (1999) de Cédric Klapisch no Cinemax. É um filme de ficção muito surreal, que debate uma questão muito recorrente na Europa, que hoje chega em outros países, inclusive o Brasil. O receio de casais de terem filhos nesse mundo conturbado. Dei muitas risadas. Nosso protagonista interpretado pelo ótimo Romain Duris resolve não jorrar seu sêmen em sua namorada na virada de 1999 a 2000. Então seu filho, interpretado pelo Jean-Paul Belmondo já sessentão vem ao passado para tentar convencer o rapaz a ter a família porque senão ele vai sumir. Ele leva seu pai então para o futuro para conhecer sua família. Uma família amalucada que não inspira nem um pouco nosso rapaz. Ainda estão no elenco: Géraldine Pailhas e Julie Depardieu.

No Cinemax está com o nome de Um Encontro com o Futuro, mas já achei na internet com o nome de Pelo Sim, Pelo Não. A trilha sonora é bárbara!
Música do post: Mylène Farmer - Peut être toi




Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Além da Linha Vermelha

Assisti Além da Linha Vermelha (1998) de Terrence Mallick no Telecine Action. Precisei perguntar ao 007 se esse era aquele tão elogiado. Há vários com nomes parecidos e só esse é que é sensacional! De virar do avesso, mas sensacional! Realmente é um filme lento. A previsão é que tivesse seis horas de duração, reduziram, mas mesmo assim é longo. E realmente é difícil ir até o final, mais por ser um filme difícil de administrarmos. É um filme de guerra que foca nos sentimentos e pensamentos dos soldados. Há um batalhão de combate, que por ser muito arrojado é sempre aquele que corre os maiores riscos, vai na frente. Durante a Segunda Guerra Mundial, ese grupo vai a uma ilha no Pacífico retirar os japoneses que lá estão em um lugar estratégico. Não faz muito sentido o que dizem ser um lugar estratégico, essas decisões de guerras sempre me soam muito insanas. Achar que um pedaço de terra ermo e afastado seja importante, mais que vidas humanas, não faz sentido algum pra mim. O roteiro é baseado no livro de James Jones.
O elenco é surpreendente, só grandes nomes e muito extenso: Ben Chaplin, Nick Nolte, John Cusack, Sean Penn, James Caviezel, Woody Harrelson, Adrien Brody, John C. Reilly , Travis Fine, Matt Doran. São poucas atrizes mulheres que aparecem em lembranças ou como nativas da ilha: Miranda Otto, Marina Malota e Polyn Leona. Fazem participações especiais: George Clooney, John Travolta e Kengo Hasuo.
Há uma modificação histórica no filme onde os japoneses se entregam eles na verdade continuaram lutando até o fim.
Além da Linha Vermelha ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim. A direção de fotografia de John Toll é maravilhosa. As cenas de guerra são muito bem feitas. E a trilha sonora de Hans Zimmer é belíssima!
Durante todo o filme os pensamentos dos soldados vêm em narração pelo elenco e são impressionantes!

Música do post: Hans Zimmer - Main Theme - Thin Red Line



Beijos,

Pedrita