quinta-feira, 1 de março de 2018

Loving

Assisti Loving (2016) de Jeff Nichols no TelecinePlay. É baseado na história real do casal Loving. Ele pedreiro e ela uma jovem de 18 anos viviam na Virgínia. Ele compra uma pequena terra e a pede em casamento. Como o casamento inter-racial era proibido na Virgínia eles viajam para outro estado e casam escondidos da lei, só com o pai dela como testemunha. A família dos dois sabem.

De madrugada a polícia invade a casa deles e os prendem. A esposa está grávida. O marido não pode pagar a fiança nem soltar a esposa, só a família dela que pode. Arrumam um advogado que orienta que eles assumam a culpa. A sentença é eles saíram do estado por 25 anos. Cada estado nos Estados Unidos tem leis próprias. Se voltarem serão presos. Abominável a capacidade das pessoas de se meterem na vida privada de outras.
Eles vão viver em um bairro negro de uma cidade. Eles sofrem muito de ficar longe de seus amigos e familiares. E a esposa sofre muito de criar os três filhos em uma cidade. Eles sempre foram do campo, viviam livres, correndo pelos campos. E como o casamento não era legitimado, os filhos deles eram considerados bastardos. Por iniciativa dela um advogado os procuram, de uma associação, sem custos. E começa o processo. Os advogados também acionam a imprensa para fazer matérias e dar visibilidade ao caso. Eles conseguem que a justiça legitime o casamento deles dez anos após a sentença e voltam para a sua terra e cidade. Os dois estão incríveis, Ruth Negga e John Edgertorn e muito semelhantes aos reais. Alguns outros do elenco são: Terry Abney, Alano Miller, Chris Greene, Sharon Blackwood, Marton Csokas, Nick Kroll e John Bass. O filme ganhou vários prêmios.
Como os advogados deram visibilidade ao caso, há várias fotos e entrevistas com o casal.

Aqui a família Loving completa. 
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Genius

Assisti Genius (2016) de Michael Grandage no Max. Vi esse filme no canal, que ia passar naquele dia mesmo e coloquei pra gravar. Algo acontece atualmente que não dá mais para agendar a gravação, só se for no mesmo dia. Se hoje peço pra gravar um filme amanhã, não funciona. E os filmes do Max são os melhores e mais diversificados. No Brasil está como O Mestre dos Gênios e é baseado no livro Max Perkins: O Editor do Genius de Scott Berg.

O filme mostra a relação do editor Max Perkins (Colin Firth) com o escritor Thomas Wolfe (Jude Law) que nunca li nada. Sempre tenho sensação ruim quando vejo um filme sobre um escritor que nunca li nada, uma sensação de que perdi algo e que é errado desconhecer. Max Perkins foi editor também de Scott Fitzgerald (Guy Pearce) e Hemingway (Dominc West). Quero ler os livros de Thomas Wolfe e a biografia do Max Perkins.

Thomas Wolfe escrevia de forma compulsiva, mais de 8 mil páginas. O editor tinha um trabalhão pra convencer cortes e mesmo assim os volumes eram enormes. O escritor às vezes escrevia a mão, quase uma frase em cada folha, caixas e caixas de textos. A família do editor ficava angustiada com tanta ausência. A relação do escritor e do editor era muito próxima, estavam sempre juntos, tumultuada pelo jeito intempestivo do escritor. Gostei demais do filme e principalmente por falar do ato de escrever. 
A amante do escritor, a atriz Aline Berstein, foi interpretada por Nicole Kidman. Ela largou marido e filhos pra viver com o escritor. Dramática e tempestuosa, os dois tinham uma relação muito conflituosa. A esposa do editor foi interpretada por Laura Linney.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Voz da Pedra

Assisti Voz da Pedra (2017) de Eric D. Howell na Netflix. A seleção de filmes da Netflix é bem sofrível. 99% de filmes americanos, a maioria de baixo orçamento ou mais antigos. Também com o baixo custo de mensalidade não podia ser muito criativo mesmo. É como o Oscar, só privilegia o cinema americano. O bom mesmo são as séries. Quis ver esse porque é do gênero que gosto. A fotografia é linda, as locações deslumbrantes, mas o roteiro é previsível e fraquinho. Pra quem gosta como eu do gênero é bom.

Uma babá de casos difíceis chega em um castelo deslumbrante. Lá um garoto não fala desde que a mãe morreu. A única atriz mais conhecida é Emilia Clarke porque fez Game of Thrones. O menino chato é interpretado por Edward Dring. O pai por Martin Csokas. A avó por Lisa Gastone. O empregado por Remo Girone e a fantasminha da mãe por Caterina Murino.

Beijos,
Pedrita

domingo, 25 de fevereiro de 2018

A Forma da Água

Assisti no cinema A Forma da Água (2017) de Guillermo del Toro. Eu amo esse diretor, entre os meus preferidos, é o primeiro filme dele que vejo no cinema. Que filme lindo! Ainda embebida de tanta ternura!

O que acho incrível nesse cineasta é a capacidade dele de falar de temas controversos em seus filmes. Embora A Forma da Água seja um filme de amor, ele fala muito de preconceito e intolerância as diferenças. E claro, não só a intolerância ao monstro. A mulher é uma faxineira, amiga de um homem que está desempregado, os dois a margem da sociedade. A vida difícil da amiga faxineira dela. A protagonista é muda e faxineira e sofre todo o tipo de abuso por sua fragilidade. E claro, os horrores que fazem com o monstro. Guillermo del Toro, como eu e muitas amigas blogueiras, ama filmes de terror e fantasminhas. Ele sempre mistura o universo irreal, mas com tanta maestria e doçura, são filmes doídos, difíceis de assistir, sobre a triste condição humana.
Sally Hawkins está maravilhosa como essa mulher sofrida, que veio de um orfanato, que foi mutilada em suas cordas vocais. Doug Jones emociona como o monstro da água. Octavia Spencer é dessas amigas que sonhamos em ter. 

Richard Jewkins é o amigo e vizinho da protagonista. Lúdico, desenhista, está sem trabalho. Tudo é mágico, a cidade, o laboratório onde elas trabalham, Ele ama ver musicais e os dois dançam e cantam as músicas. A trilha sonora é linda. No final aparecem todas as músicas e os créditos dos filmes que aparecem. É tudo tão lindo! Que filme encantador!

Mas A Forma da Água é muito angustiante. Acharam esse monstro e estão estudando-o e fazendo ele sofrer muito. É angustiante! A protagonista começa a se comunicar com ele e tenta salvá-lo. Há ainda a disputa pelo monstro, russos e americanos. O sádico que maltrata o monstro é interpretado por Michael Shannon. As cenas de tortura são insuportáveis. O cientista russo infiltrado é interpretado por Michael Stuhlbarg. A Forma da Água concorre em muitas categorias no Oscar, espero que leve todas.

Beijos,
Pedrita