sábado, 24 de abril de 2010

Dezsö Ránki

Assisti ao recital de Dezsö Ránki na abertura da programação da Sociedade Cultura Artística na Sala São Paulo. Esse pianista húngaro interpretou de Haydn, a Sonata em Mi bemol maior No. 52, de Schumann, a Fantasia em Dó maior Opus 17 e de Liszt, a Sonata em Si menor. Dezsö Ránki tem um estilo marcante e denso nas suas interpretações ao piano. Gostei muito do recital. Na obra de Liszt, Denszö Ránki teve uma entrega surpreendente.







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quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Voz de Schumann

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Fui ao recital A Voz de Schumann no MASP com a soprano Adelia Issa e o pianista Ricardo Ballestero. Belíssimo recital! Saí flutuando. O duo homenageou os 200 anos de nascimento do alemão Robert Schumann. Além deles colocarem no repertório obras desse incrível compositor, colocaram ainda outras de amigos de Schumann e compositores que sofreram influências como o brasileiro Alberto Nepomuceno. As músicas foram compostas com letras de poetas como Heine e Rückert.



Programa:
Ano da Canção - 1840
- Mit Myrten und Rosen (Heinrich Heine)
- Seit ich ihn gesehen - de Frauenliebe und Leben (Adelbert von Chamisso)
- Schöne Fremde - de Liederkreis, op. 39 (Joseph von Eichendorff)
Robert e Clara de Liebesfrühling (Friedrich Rückert)
- Liebst du um Schönheint
- Er ist gekommen
Melodrama
- Linda Menina (Friedrich Hebbel - tradução livre de Adélia Issa)
Piano Solo
Quatro peças de Waldszenen, op. 82
- Eintritt
- Jäger auf der Lauer
- Freundliche Landschaft
- Abschied
Os Amigos
Felix Mendelssohn
- Suleika (Marianne von Willemer)
Johannes Brahms
- Unbewegte laue Luft (Georg Friedrich Daumer)
- Botschaft (Hafiz/Daumer)
Homenagens E Influências
Charles Ives

- Ich grolle nicht  (Heinrich Heine)
Alberto Nepomuceno- Der wunde Ritter (Heinrich Heine)
- Sehnsucht nach Vergessen (Nicolaus Lenau)










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No programa tiveram o cuidado de deixar na entrada os poemas das canções traduzidos ou com versões para acompanharmos durante o recital, já que as canções foram interpretadas no idioma original. Os poemas são de uma beleza surpreendente. Gostei demais das peças do Brahms, maravilhoso! Muito belas, mas muito triste as canções do Nepomuceno. Esse belíssimo recital foi gratuito!

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Letra Livre

Assisti ao programa Letra Livre na TV Cultura. Apresentado por Manuel da Costa Pinto, o que vi trazia a Marina Colasanti e Rodrigo Lacerda. Dois escritores. Em uma conversa informal eles falaram de literatura, suas obras, festivais. Há ainda uma pequena plateia que faz perguntas muito interessantes e pertinentes. Fiquei curiosa em ler o último livro que a Marina Colasanti está finalizando, ela relata a vida do seu pai no período que estava na Itália e de conhecer alguma obra do Rodrigo Lacerda. Marina Colasanti comentou que há um tempo só escreve ficção. Gostei muito do programa Letra Livre que é quinzenal.



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terça-feira, 20 de abril de 2010

Austrália

Assisti Austrália (2008) de Baz Luhrmann no Telecine Premium. Queria muito ver esse filme, mesmo as críticas não sendo muito favoráveis. Eu também tinha ouvido que o filme tinha sido patrocinado pelo turismo da Austrália e quando ouvi esse comentário soava um pouco preconceituoso. Acho inocente alguém achar que muitos filmes não tenham outros propósitos que só a arte, não vejo mal algum, muito pelo contrário, um país incentivar a cultura, mesmo que com um viés turístico. O interessante é que apesar de mostrar as belezas naturais australianas que são desbumdantes, Austrália conta um pouco a história do país, que eu adorei conhecer. Não tinha ideia que a Austrália tinha entrado meio que por um acaso na Segunda Guerra Mundial. Após o ataque a Pearl Harbor, os americanos vão atacar os japoneses e na perseguição acabam na Austrália e o país é envolvido parcialmente na guerra e por pouco tempo, já que logo depois com a bomba atômica a guerra acabou.

Achei o filme um pouco longo, mas não a ponto de desgostar. Ando muito mais agastada com os filmes com tempo matemático do que com tempo conforme a arte. Toda a trama acaba contando um pouco a história desse país. Uma inglesa vai buscar o seu marido na Austrália, interpretada muito bem pela Nicole Kidman, assim que ela chega lá ele acaba de ser assassinado. Ela descobre que estavam roubando o seu marido e tenta reverter o processo para não perder a propriedade. Essa personagem cruza então com as histórias das crianças roubadas, aborígenas eram tirados de suas famílias para trabalhar para os ingleses ou australianos, esse roubo durou até a década de 70 e recentemente o primeiro ministro da Austrália pediu desculpas pelo que fizeram aos nativos da terra. Com as histórias dos aborígenas que se unem a personagem da Nicole Kidman, acabamos conhecendo esse capítulo triste da história desse povo. Como perceberam essa personagem se apaixona por um vaqueiro, livre e solto, interpretado pelo belo Hugh Jackman, a liga dos dois é belíssima, lindo e inspirador casal.

Australianos participam do elenco, mesmo não sendo atores, como esse incrível e belo menino da foto interpre-tado por Brandon Walters e o Rei George, por David Gulpilil. Alguns outros do elenco são: Eddie Baroo, Tony Barry, David Wenham, Ursula Yovich e Essie Davis.





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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dúvida

Assisti Dúvida (2008) de John Patrick Shanley na HBO. Eu queria muito ver esse filme. Merryl Streep está maravilhosa, ela faz uma freira que desconfia que o padre toma liberdade com os alunos. O padre é interpretado maravilhosamente por Philip Seymour Hoffman. O filme é delicado, sutil, tudo realmente causa dúvida. Há muitos indicíos, mas nenhuma prova. A personagem de Merryl Streep também é muito rica, ela é severa, aparentemente severa demais, mas há detalhes de carinho em suas atitudes, praticamente imperceptíveis, que nos cativam. Ela esconde que uma freira idosa está praticamente cega, ajuda-a sutilmente, porque sabe que se descobrirem ela será afastada e irá sofrer muito. Há sim uma grande rigidez em seus comportamentos, mas não parece ter atitudes injustas.

Há uma freira que começa a desconfiar do padre, inter-pretada muito bem por Amy Adams. Há diálogos maravi-lhosos, os duelos entre Merry Streep e Philip Seymour Hoffman são excelentes, que atores. Mas há um outro embate com um texto incrível, feito com a Merryl Streep e a personagem da mãe do menino negro, interpretado magistralmente por Viola Davis. Nós ficamos divididos. A mãe expõe uma realidade que parece ser muito pior do que o rapaz passa no colégio. A proteção do padre, mesmo que com suas consequências, parece ser melhor que o rapaz perder a oportunidade de estudar. Tomamos um choque de realidade nesse momento que nos revira por dentro, é um dos grandes momentos do filme. Não significa que eu não ache monstruoso a suspeita de abuso pelo padre, mas que há uma visão muito chocante da realidade de um negro nos Estados Unidos. 



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