Assisti a reestréia da peça
Imperador e Galileu, baseado no texto de
Henrik Ibsen,
dirigida por
Sergio Ferrara no
Teatro Imprensa. Essa peça é protagonizada pelo maravilhoso
Caco Ciocler que chegou a nos tirar o fôlego interpretando o
Imperador Juliano, que texto complexo, denso e difícil. Fiquei impressionada e coloquei
Henrik Ibsen entre os autores que quero ler. Esse texto foi escrito em 1873. O
Imperador Juliano foi o último pagão do
Império Romano, de 351 a 363 A.D. Conhecido como
O Apóstata, ele lutou pelo fim da intolerância religiosa. Brigou de frente com os cristãos que em nome de sua religião saqueavam, matavam e destruíam templos de outros credos e negavam os deuses que antes eram cultuados. O
Imperador Juliano proibiu a destruição dos templos pagãos e comprou uma briga sem tamanho com os cristãos e os bispos na época.
O texto do
Ibsen é muito atual pois fala da intolerância religiosa, da premissa que só estará salvo quem seguir determinado credo. De homens que em nome de uma religião praticam a intolerância, o preconceito e crimes. Algo que acontece tanto nos dias de hoje quando perseguem mães de santo em favelas e não permitem que elas cultivem seus credos e religiões. A peça
Imperador e Galileu também mostra a época que os imperadores achavam que realmente eram enviados divinos dos deuses para governar e acreditavam ter muito mais poder do que realmente tinham.
Caco Ciocler está majestoso. A entrega é tão grande que ficamos exaustos só de vê-lo se destruir em cena, impressionante. Outros do
elenco são:
Sylvio Zilber, Abrahão Farc, Júlio Machado, Igor Kovalewski, Liza Scavone, Ronaldo Oliva, Nelson Peres, Joaz Campos e
Dan Rossetto. Gostei bastante dos
cenários de
Carlos Pedreanez e
Leonardo Ceolin e da
iluminação de
Caetano Vilela, impecável!
As fotos são de Jefferson Pancieri.
Essa peça fica em cartaz até o dia 30 de novembro.
Música do post: Monteverdi: et e pur dunque vero
Beijos,
Pedrita