sábado, 11 de outubro de 2008

Chid´s Play

Assisti Child´s Play (1972) de Sidney Lumet no Telecine Cult. Só colocaram no nome Brincadeira de Criança na legenda, mantiveram o nome original. É um filme de suspense praticamente desconhecido, pouco exibido e pouco comentado na rede. Um professor jovem chega para lecionar em uma escola católica dirigida por padres. Ele já tinha estudado lá e voltou como professor de educação física. Só que há estranhos acontecimentos entre os alunos. Volte e meia um grupo agride violentamente outro com desejos de mutilações. É uma trama bem interessante, com um excelente grau de tensão. Vamos ficando aflitos. É um filme bem diferente das estruturas que os Estados Unidos impõe em seus filmes, principalmente nos dias de hoje. Só há uma mulher, uma enfermeira, que aparece 1 minuto e meio. Todo o resto o filme é somente com atores homens. Nos dias de hoje, nos Estados Unidos, iam exigir algum romance e alguma atriz conhecida inserida na história. Gostei demais do roteiro ficar fechado na escola e nos estranhos comportamentos que lá acontecem. Um professor muito rígido de latim, ridicularizado pelos alunos, acusa um outro professor de fingir ser amigo dos alunos. Esse professor é interpretado maravilhosamente pelo James Mason.
Os outros dois principais são interpretados por Robert Preston e Beau Bridges. foi uma dificuldade localizar a foto do pôster e imagens do filme. Mais uma vez o Telecine Cult exibe filmes praticamente desconhecidos.
Colocaram no ar uma participação minha no blog O que elas estão lendo? Você responde um questionário com um livro que leu, e depois de um tempo elas publicam. Como elas recebem muitas participações, demora um pouco a publicação.

Música do post: The Kinks - Sunny Afternoon






Bejios, Pedrita

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Na Roda da Fortuna

Assisti Na Roda da Fortuna (1994) dos Irmãos Coen no Telecine Cult. No domingo fizeram uma homenagem a Paul Newman com a exibição de vários filmes com o ator. Esse foi um deles e quis ver. Recentemente vi o meu primeiro filme com os Irmãos Coen, O Homem que não estava lá e tinha vontade de ver mais um. Na Roda da Fortuna é muito inteligente e tem ótimo elenco, mas eu ainda prefiro o primeiro que vi. Acho a estrutura de Na Roda da Fortuna bastante convencional, achei O Homem que não estava lá bem mais original. Mas por gosto dos dois, porque são ótimos filmes.

Mais um filme que se torna muito atual. Começa com o sócio majoritário comentendo suicídio. Ele tem a maioria das ações, não tem descendentes e as ações irão ao mercado na virada do ano. Os sócios resolvem colocar um diretor "imbecil" no controle da empresa, para assustar os acionistas, baixar o preço das ações e eles poderem comprar e continuar no poder da empresa. O roteiro dos Irmãos Coen é muito engenhoso e inteligente.
O elenco também é incrível. Tim Robbins faz o "imbecil", Paul Newman o sócio minoritário que encabeça o plano e Jennifer Jason Leigh a jornalista que se infiltra na empresa para desmascarar o golpe.

Música do post: Waltz From Masquerade Suite - Aram Khachaturian




Youtube The Hudsucker Proxy Trailer

Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Becoming Jane

Assisti Becoming Jane (2007) de Julian Jarrold na HBO. É um filme de época que, através de cartas da escritora Jane Austen, montaram a possibilidade de sua história. É bem ficcional. Partiram inclusive de Orgulho e Preconceito porque acreditaram que muito tivesse sido baseado em sua vida. Então Becoming Jane é bem similar a esse filme. Até esse cartaz é praticamente idêntico. Como um filme de romance é muito bonito, com uma fotografia belíssima. E gosto muito dos protagonistas Anne Hathaway e James McAvoy.

Jane Austen realmente foi de uma família de nobres com poucos recursos como em Orgulho e Preconceito. Na busca de informações sobre sua vida me surpreendi que ela viveu somente até os 41 anos. Jane Austen escreveu seis romances, o primeiro Orgulho e Preconceito, e o filme é ambientado antes do lançamento do seu primeiro romance. As locações são belíssimas! Eu li um livro recentemente dessa autora, Emma, que gostei muito e comentei aqui no blog. Alguns outros do elenco são: Julie Walters, James Cromwell, Anna Maxwell Martin, Maggie Smith, Lucy Cohu, Laurence Fox e Joe Anderson.
Música do post: Mozart


Youtube: Becoming Jane Trailer



Beijos, Pedrita

domingo, 5 de outubro de 2008

Imperador e Galileu

Assisti a reestréia da peça Imperador e Galileu, baseado no texto de Henrik Ibsen, dirigida por Sergio Ferrara no Teatro Imprensa. Essa peça é protagonizada pelo maravilhoso Caco Ciocler que chegou a nos tirar o fôlego interpretando o Imperador Juliano, que texto complexo, denso e difícil. Fiquei impressionada e coloquei Henrik Ibsen entre os autores que quero ler. Esse texto foi escrito em 1873. O Imperador Juliano foi o último pagão do Império Romano, de 351 a 363 A.D. Conhecido como O Apóstata, ele lutou pelo fim da intolerância religiosa. Brigou de frente com os cristãos que em nome de sua religião saqueavam, matavam e destruíam templos de outros credos e negavam os deuses que antes eram cultuados. O Imperador Juliano proibiu a destruição dos templos pagãos e comprou uma briga sem tamanho com os cristãos e os bispos na época.

O texto do Ibsen é muito atual pois fala da intolerância religiosa, da premissa que só estará salvo quem seguir determinado credo. De homens que em nome de uma religião praticam a intolerância, o preconceito e crimes. Algo que acontece tanto nos dias de hoje quando perseguem mães de santo em favelas e não permitem que elas cultivem seus credos e religiões. A peça Imperador e Galileu também mostra a época que os imperadores achavam que realmente eram enviados divinos dos deuses para governar e acreditavam ter muito mais poder do que realmente tinham.

Caco Ciocler está majestoso. A entrega é tão grande que ficamos exaustos só de vê-lo se destruir em cena, impressionante. Outros do elenco são: Sylvio Zilber, Abrahão Farc, Júlio Machado, Igor Kovalewski, Liza Scavone, Ronaldo Oliva, Nelson Peres, Joaz Campos e Dan Rossetto. Gostei bastante dos cenários de Carlos Pedreanez e Leonardo Ceolin e da iluminação de Caetano Vilela, impecável!

As fotos são de Jefferson Pancieri.

Essa peça fica em cartaz até o dia 30 de novembro.

Música do post: Monteverdi: et e pur dunque vero



Youtube: Imperador e galileu


Beijos,
Pedrita