sábado, 9 de fevereiro de 2019

Cem Anos de Perdão

Assisti Cem Anos de Perdão (2016) de Daniel Calparsoro no Telecine Premium.Há um ano gravei esse filme e só agora fui ver. Então não sei se vocês vão achar pra assistir. O filme parte da frase: "Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão".

Assaltantes vão roubar um banco. Logo percebemos que há algo mais. Muitas pessoas estão preocupadas que foi guardado no cofre de um banco provas de muita gente importante. O texto faz várias críticas aos bancos e a políticos.

A trama é toda muito intrincada. Em determinado momento começamos a torcer pelos assaltantes. O roteiro é muito inteligente. O elenco é ótimo: Luis Tosa, Rodrigo de la Serna, Raúl Arévalo, Jose Coronado, Patricia Vico, Joaquím Furriel, Luis Callejo. É um filme onde o elenco é extenso e a maioria é peça chave na trama. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

15:17 Trem Para Paris

Assisti 15:17 Trem Para Paris (2018) de Clint Eastwood na HBO on Demand. Eu tinha uma certa curiosidade de ver esse filme por ser dirigido pelo Clint Eastwood que escolhe trabalhar em filmes diferentes. O filme é protagonizado pelos próprios autores da história: Anthony Sadler, Alex Skarlatos e Spencer Stone. Três rapazes que conseguiram imobilizar um homem armado que iria matar centenas de pessoas em um trem. O filme passa muito rapidamente nesse momento no trem. Fala mais da vida desses três rapazes desde a infância.

Os três rapazes não são heróis, muito pelo contrário. O filme é muito americano. Os três cresceram em uma cidade pequena, conservadora, estudaram em colégios religiosos extremamente preconceituosos e sofreram muito preconceito, suas mães inclusive. Os dois brancos eram criados sozinhos pelas suas mães, o preconceito na escola e os rótulos que colocavam por serem criados sem o "correto", famílias com patriarcas, é assustador. Uma professora inclusive quer indicar remédios para os meninos, isso mesmo, ela não indica médicos para ajudar os meninos a lidar com suas questões, ela quer medicar diretamente e os rotulam. A escola inclusive diz que um deles tem que viver com o pai o que acaba acontecendo. O machismo é assustador. Se pensarmos que no Brasil a maioria das mulheres criam seus filhos sozinhas porque os pais, na grande maioria, dão no pé e vão fazer filhos com outras e sumir de novo também. E aqui também andam rotulando mulheres que criam seus filhos sozinhos, o que acontece assustadoramente pelo machismo. O obscurantismo religioso é igualmente assustador. A escola pressiona que as crianças não são criadas nos preceitos cristãos. O mesmo obscurantismo que vem se espalhando que nem uma praga no Brasil.

Uma graça os três meninos que interpretam os protagonistas: Bryce Gheisar, Paul-Mikéi Williams e William Jennings. A infância deles é americana demais, chega a incomodar. Eles amam brincar de armas. Aposto que a escola não ia achar estranho que eles amassem brincar de armas. O negro passa pelos preconceitos da raça. Um colega joga propositalmente a bola na cabeça do garoto que xinga, mas é o que xinga que tem que ir a diretoria receber reprimenda, não o que joga a bola na cabeça de propósito, ou o mais correto, os dois. Todos os detalhes que mostram, a violência na infância e o culto às armas estão ali, mostrando porque ficamos tão chocados com adolescentes e crianças que atiram em coleguinhas na escola como acontece infelizmente, muito mais do que deveria, nos Estados Unidos.
As mães são interpretadas por Judy Greer e Jenna Fisher. No final fica meio esquisito elas jovens ainda como eram quando tinham os filhos pequenos, por sorte passam mais rapidamente.

Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Os Escritos Secretos

Assisti Os Escritos Secretos (2016) de Jim Sheridan no Max. É baseado no livro de Sebastian Barry. É um filme melodramático, cafona e sensacionalista sobre uma história de amor. Eu gravei faz tempo, passou no Max em novembro. Eu só fui até o final porque queria saber o segredo, mas o que eu imaginei no começo foi exatamente o que aconteceu. Previsível!

A protagonista é vítima de um padre obcecado por ela. O filme é bem machista mesmo mostrando os horrores que as mulheres passavam. Há furos demais. Ela era independente, só voltou pra cidade retrógrada quando a cidade que ela vivia é bombardeada. Mas assim que a tia resolve isolá-la em uma casa no campo, ela deveria ter partido e ido viver em outro lugar. A subserviência dela não condiz com a mulher moderna do começo.

O filme é exageradamente arrastado, larguei várias vezes, mas só voltei porque queria saber o desfecho. Um homem é chamado a um antigo manicômio que será desativado. Ele fica tocado com a história dessa mulher. E ele é péssimo investigador. Ele tem nomes, pode pesquisar sobre um ex-soldado que essa mulher diz ser casada. Enfim, mas ele fica ali só lendo o que ela escreveu e ouvindo a história dela. Bem mal feitinho. O elenco é incrível, um desperdício de bons atores. Ele é interpretado por Eric Bana, ela por Vanessa Redgrave, ela jovem por Rooney Mara. O padre por Theo James

O homem que ela diz ter amado é interpretado por Jack Reynor. Faz tempo que o Max vem exibindo filmes muito fraquinhos, a maioria americanos, daqueles que passam à margem. Esse é irlandês. O Max tenta pintá-los como filmes independentes, mas vários que comecei a ver são previsíveis,  melodramáticos, mal feitos, ruinzinhos mesmo. Faz tempo que não vejo filmes diversificados de vários países como adorava ver, filmes da Noruega, Croácia, Dinamarca, Cingapura. Ando bem chateada, era o meu canal preferido. Uma pena que os canais continuem cobrando o mesmo, mas não deem satisfação nenhuma por estarem apresentando filmes ruins como independentes e não diversificando mais os países. E ficam repetindo quase um ano todo sempre os mesmos. Deviam reduzir drasticamente o custo da HBO.


Beijos,
Pedrita