sábado, 9 de novembro de 2019

O Prodígio

Assisti O Prodígio (2019) de Nicholas McCarthy no TelecinePlay. Voltei as minhas paixões, aos filmes de fantasminhas que tanto amo. Halloween está rendendo esse ano. Esse é ótimo, com roteiro de Jeff Buhler. No Brasil está como Maligno, pouco sutil, prefiro o nome original. Os dois títulos são de inúmeros outros filmes. Esse filme é bem clássico, não inova praticamente nada no gênero, mas é muito bom, gostei demais.

Começa com duas histórias se alternando. Uma jovem fugindo à noite em lugar ermo e uma mãe tendo as contrações para parir antes da hora. Logo o paralelo se forma e entendemos que o morto encarna no bebê que é prodígio, nasce antes, fala muito antes, a mãe passa a estudar crianças superdotadas, coloca ele em escolas especiais e muito caras. Os especialistas que acompanham a criança chamam a mãe e falam que apesar dele ser muito desenvolvido em algumas questões, é atrasado em outros, como a socialização, ele não tem amigos. A criança chega então aos 8 anos e faz a sua primeira violência contra outra criança. Mais um filme que eu fico apavorada pela criança, pelo ator que faz o prodígio. Eu sei, hoje as crianças entendem mais o que é ficção e realidade, que é trabalho de ator, muitos querem mesmo ser atores, mas eu sempre me incomodo. Eu não deixaria meu filho ser o protagonista desse filme. E agora que vi que ele também está no filme iT, A Coisa.
A mãe demora a aceitar ajuda de um homem que faz hipnose pra tentar saber da outra vida. Ela não aceita reencarnação, mas apavorada com os acontecimentos, acaba cedendo. O espírito ameaça o homem que não pode contar a mãe o que descobriu. é tudo bem interessante. Incrível porque, como disse, o filme não é muito original, mas surpreendeu em vários momentos, no final então fiquei apavorada. A possibilidade clássica de continuação acontece, mas é muito, mas muito surpreendente. Os efeitos especiais são muito bons. O ótimo garoto é interpretado por Jackson Robert Scott. A mãe pela ótima Taylor Schilling. O filme é praticamente os dois, mas alguns outros atores aparecem no elenco: Peter Mooney, Colm Feore, Paul Fauteaux, Paula Boudreau e Brittany Allen.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

O Jovem Karl Marx

Assisti O Jovem Karl Marx (2017) de Raoul Peck no Telecine Play. Tem tempo que esse filme está disponível no Now. O diretor é haitiano. Conta a história do Karl Marx até a publicação do Manifesto Comunista. Quando estudava direito em Berlim foi convidado por Engels para ir para Paris.

Lá que conheceu sua esposa e teve dois filhos com ela. Incrível como as duas mulheres foram determinantes nas carreiras deles. Ativas, ajudavam nos textos, os seguiam e  os apoiavam. Em Paris, Karl Marx é expulso, a esposa estava grávida do segundo filho. Eles seguem então para Bruxelas. Engels era filho de um industrial, é ele que ajuda um pouco Marx que vivia muito pobremente. Ele trabalhava escrevendo textos e em repartições que precisavam de profissionais da escrita. Augusto Diehl está ótimo como Marx. Todos estão ótimos, Vicky Krieps faz a esposa. Stefan Kornarske é Engels. Hannah Steele, sua esposa. Ainda no elenco: Olivier Gourmet, Michael Brandner, Alexander Scheer e Ivan Franek.
É a época da Revolução Industrial. Patrões exploram empregados pela produtividade e pra enriquecerem, inclusive crianças que trabalham horas a fio em ambientes insalubres, com salários miseráveis, correndo riscos nas máquinas. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Oryx e Crake de Margareth Atwood

Terminei de ler Oryx e Crake (2003) de Margaret Atwood da Rocco Editora. Que livro impressionante! Belíssima edição, amei a capa. Definitivamente essa autora está entre os meus preferidos. Após a leitura está difícil olhar o mundo de outra forma. Assim que li Vulgo Grace, o Geocrusoe comentou desse. Eu ganhei de uma amiga vários livros usados dessa autora, quis ler primeiro os dois que tem séries, mas logo depois quis ler esse pela indicação do Geocrusoe. Estou impactada e confesso que não sei se em algum momento essa sensação confusa vai passar.
O marcador alguém me enviou pelo correio de presente. Não consegui descobrir quem. O protagonista da trama teve um bichinho de estimação como esse do marcador.

Obra Dog and Priest (1978) de Alex Colville

Começa com um homem mais velho que vive em uma árvore. A autora é muito inteligente na colocação dos personagens. Esse homem mais velho que se intitula Homem das Neves vai lembrando do seu passado. O tempo todo eu estava na dúvida se era como ele lembrava ou se ele estava maluco. Não consegui ter empatia por ele, mas a autora é muito brilhante, e ele, criança, a gente quer abraçar, ajudar.
Obra de Jean Paul Riopelle

Queremos o tempo todo saber o que aconteceu pra tudo não existir mais. Não tem mais casas, energia elétrica, tudo parece ter acabado. Os pais do Jimmy eram grandes cientistas, a mãe era muito empolgada com as mudanças genéticas que conseguia. Eles criaram porcos com órgãos humanos para que crescessem mais. Até que a mãe começa a questionar suas experiências, se comer porco não era canibalismo. Um dia ela desaparece. Jimmy chega em casa e ela foi embora com o bichinho dele de estimação. Ele fica desolado. Ele pouco consegue saber da mãe que se escondeu em outro país. O pai arruma uma madrasta cientista como ele.
Obra de Rob Gonsalves

Crake era um gênio e de comportamento bastante duvidoso. Jimmy não era tão brilhante nos estudos então ele vai para outra universidade caindo aos pedaços, cheia de insetos. Quando ele visita a universidade modelo que vive Crake, cheia de regras excessivas de segurança, ficamos com a impressão que Jimmy estava bem melhor na outra universidade não tão controladora, sem metas excessivas. Jimmy tinha uma vida "normal". A fiscalização excessiva da universidade de Crake pelos experimentos beira o insuportável. Jimmy fica especialista em escrever rótulos mentirosos de produtos e fico pensando o quanto isso já acontece.
Obra de Rob Gonsalves

A história de Oryx é pavorosa. Aos 5 anos ela é vendida para um homem. Fiquei pensando na infinidade de meninas de 8 a 11 anos nas estradas no Norte que se prostituem e pior, que tem quem compra o serviço. Por ela ter sido comprada, pela família precisar do dinheiro da venda, pelo homem "cuidar" dela, em nenhum momento ela tem revolta com o que tem que fazer, é sempre grata aos seus protetores. Foi o que ela aprendeu na infância, então acha que é o certo e é assim mesmo, que tudo foi bom pra ela. Todas as tramas tem ecos nos dias de hoje, na realidade científica de alimentos que já vivemos, isso torna a obra impactante demais. Margaret Atwood tem esse estilo de colocar no futuro fatos que de alguma forma já acontecem. Ela potencializa, mas nós reconhecemos em vários momentos questões do nosso cotidiano. Terminei a obra mais mudada do que já vinha acontecendo.
Todos os pintores são canadenses como a autora.

Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de novembro de 2019

A Morte lhe dá Parabéns 2

Assisti A Morte lhe dá Parabéns 2 (2019) de Christopher Landon no TelecinePlay. Eu tinha adorado o primeiro estava ansiosa pra ver esse, mas receosa também, fiquei pensando como iam administrar a trama já que ela tinha sido resolvida no primeiro. Aí achei que outra pessoa passaria pelo mesmo fenômeno, mas não, fizeram a mesma garota.

E não é que o roteiro funciona e fica tenso e inteligente? Agora é uma máquina que faz a protagonista  (Jessica Rothe) acordar do mesmo lugar, mas como todos vão pra outra dimensão tudo está diferente, não é como ela viveu antes. Gostei da trama da mãe. No primeiro a mãe  (Miss Yager) morreu faz tempo, nesse ela aparece e é o fato da mãe estar viva que confunde a protagonista sobre o que ela pensa em fazer.

Ótima a turminha cientista: Phi Vu, Sarah Yarkin e Suraj Sharma. O par romântico é o mesmo, Israel Broussard. Adorei que eu assisti esse antes de estrear na Super Estreia do Telecine Premium.



Beijos,
Pedrita