
 Terminei de ler 
A Queda da Baliverna (1957) de 
Dino Buzzati pela editora 
Nova Alexandria. Eu tinha amado
 O Deserto dos Tártaros desse autor. Tinha ficado encantada com o estilo surrealista e fantástico, que quando vi esse livro em um 
sebo na 
avenida Faria Lima não resisti. É uma edição bem recente, muito bem cuidada e fácil de encontrar em livrarias e sebos virtuais. 
A Queda da Baliverna traz 
37 contos instigantes, ágeis e inteligentes. Só fui ler a apresentação, orelhas e contra capa depois de ler a obra porque esses textos falavam em detalhes desses contos e eu não queria perder as suas descobertas.
O primeiro conto é o A Queda da Baliverna. Lembra bastante O Deserto dos Tártaros. Depois seguem os outros. Eu fico fascinada com os contos fantásticos. Eu não desgrudo até descobrir o seu desfecho e o seu mistério. A questão é que Dino Buzzati não desvenda mistérios, só coloca outros. Me emocionei muito com O cão que viu Deus, com A menina esquecida, com O irmão trocado e com Encontro com Einstein. Todos os contos são fascinantes. A cada conto ficava atônita e pensativa.

Obra 
I ragazzi di S.Spirito (1954) de 
Nino TirrinanziAnotei alguns trechos da obra A Queda da Baliverna, mas a mágica de Dino Buzzati está em desvendar todas as palavras dos contos:
A Queda da Baliverna
“Daqui a uma semana começa o processo pela queda da Baliverna.”
O Irmão Trocado
“Desde então não mudou. Depois de três meses, deixou o internato, passou para outra escola, depois saímos de férias juntos. Nunca mais tronou a ser o rapaz de antes. Cresceu quieto e sem vontade própria, dedicado aos estudos, cheio de elegância no falar, disciplinado de modo quase desprezível. Cresceu, tornou-se homem, e quando eu lhe perguntava o que lhe haviam feito nos primeiros dias de internato, dava respostas vagas, ou até mesmo mostrava não entender.”
O Músico Invejoso
“Não podia nem mesmo oferecer a Deus essa sua dor, como libertação. Porque Deus indigna-se com esse tipo de dor.”
A Máquina
"Mas o dia estava tão alegre e os campos tão cheios de sol que era desnecessário falar.” 
Todos os pintores e a música são de italianos do mesmo período que a obra foi escrita.
Youtube: LUIGI DALLAPICCOLA - Tartiniana Seconda - 01 - Pastorale
Beijos,
 Pedrita