sexta-feira, 15 de abril de 2022

O Menino Mensageiro

Assisti O Menino Mensageiro (2021) de Carlos del Castillo na HBO Go. Que filme lindo! Acho que vai ficar pregado na minha memória. Muito emocionada!

É a história de Alfonso que existiu realmente em um pequeno povoado na Colômbia. O filme se passa na década de 50. Alfonso trabalha na mina de carvão. São inúmeros doentes com pneumonia. Sua mãe morre. É a época que as crianças ficam sozinhas. Ele perde o emprego e passa a ir de casa em casa pedir emprego e pequenos serviços. Até que arrumam uma ocupação na botica. O médico da cidade morreu, o dono da botica vive bêbado, então é Alfonso que passa a ajudar a cidade. Ele não ia mais a escola mas sabia ler e fazer algumas contas. Passa a ler compulsivamente as bulas, os livros sobre remédios. O garoto é interpretado lindamente por Wilmer Amado. 

Como o menino passa a ir de um lugar a outro passam a pedir tudo pra ele. O filme é lindo demais, eu queria conhecer o Alfonso.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 13 de abril de 2022

O Quarto

Assisti O Quarto (2019) de Christian Volkman no Telecine Premium. De novo voltei na grade de programação para ver um filme que já tinha passado. No Brasil resolveram, pra variar, colocar spoiler no título. Eu tinha muito curiosidade em ver esse filme, é bem interessante. O começo até achei que iria ficar só naquilo, com poucas variações e foi impressionante, gostei muito das soluções do filme, mesmo que algumas sejam meio mirabolantes demais, mas funcionaram. 
 

Um casal muda-se para uma casa. Muito bonita! Dentro está um pouco detonada, ficou anos sem ninguém. É uma região onde é comum papéis de parede, daqueles bem feiosos, que já parecem sujos de nascença, imaginem velhos. Ele é pintor, ela é tradutora. Adoro a atriz, Olga Kurylenko, ele é muito lindo e gostei muito também, Kevin Janssens. Logo eles ficam sabendo que ninguém queria comprar porque os donos foram assassinados nela e o casal vai pesquisar. 
O marido acha uma porta escondida e depois de um tempo a sua chave. Lá dentro descobre que o que deseja é atendido. Ele começa a pedir Monalisa, Van Gogh. Ela começa a pedir roupas, joias. Comidas, objetos. Passam a pedir dinheiro, muito dinheiro. Ele resolve ir falar com o homem (John Flanders) que está no manicômio e foi acusado dos assassinatos, pega muito dinheiro e descobre que tudo vira pó ao sair da casa. Há muitos desdobramentos interessantes após esses fatos, eu achei que ficariam nessa trama, mas ela vai se abrindo e reabrindo, muito interessante. E de quem é o filho que ela engravidou? Do marido ou do filho ficção? Amei o desfecho duvidoso.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 12 de abril de 2022

Anna

Assisti Anna (2019) de Luc Besson no Telecine Premium. Esse filme estreou há poucas semanas, mas não entrava no Now. Pela busca no canal consegui ver o que já tinha passado. Talvez agora seja assim que dê pra ver porque até agora não entrou no Now nem esse, nem o dessa semana. O cartaz é esquisito e no Brasil resolveram interpretar o filme no título. Eu simplesmente amei esse filme! Genial! Que grata surpresa!


 

O filme é cheio de idas e vindas, então é melhor ir descobrindo, o que não faltam são surpresas. Sim, algumas bem improváveis, mas o filme é muito bom. Belíssima a protagonista Sasha Luss, ela é russa.

Tem momentos que chegam a ser engraçados quando ela dá conta inúmeras vezes de uma infinidade de agentes ultra treinados. E também pela infinidade de pessoas mortas meio impossível que não ficasse conhecida, que não saíssem matérias. No filme a imprensa e a polícia são inexistentes ou incompetentes. Mas o filme é muito bem realizado que até embarcamos na farsa, é bem eletrizante e interessante.

Sim, tem um policial no encalço dela, mas ela viaja por vários países, e ele continua o único que investiga. São dois lindos atores próximos a ela: Cillian Murphy e Luke Evans. Helen Mirren também está no elenco.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Matriz de Márcia de Moraes

Fui a exposição Matriz de Márcia de Moraes na Galeria Leme. A curadoria é de Ana Carolina Ralston. Adoro essa artista, lembrava que já tinha visto uma exposição dela, mas qual não foi a surpresa que não só vi, mas que fui com o 007, em 2015.  
Obra O Beijo da Mulher Aranha (2022) de Márcia de Moraes

Eu gosto muito dos trabalhos dessa artista plástica, amo cores, adoro as formas, o tamanho das telas, são inspiradoras. A mostra Matriz fica em cartaz até 14 de maio e é gratuita.

Beijos,
Pedrita

domingo, 10 de abril de 2022

A Assistente

Assisti A Assistente (2019) de Kitty Green na HBO Go. Eu não fazia ideia do que era esse filme e foi uma grata surpresa. É desconfortável e fala de muitas questões abusivas de trabalho. Passa-se em um único dia de trabalho da assistente. Julia Garner está impressionante.

Quando está escuro ela acorda para ir ao trabalho. Um carro vai buscá-la e ela vai meio dormindo. É a primeira a chegar, prepara o café quase dormindo e começa a preparar tudo. Ela é praticamente invisível no trabalho. Todos só falam com ela quando precisam de algo. Ela trabalha com mais dois colegas, mas eles só falam com ela pra pedir algo. Eles dois conversam entre si, mas não com ela. 
Os dois também ajudam a ela escrever os humilhantes pedidos de desculpas ao chefe. Ela faz tudo, limpa as salas de reuniões, a louça, a sala do chefe. E logo percebemos que é uma produtora de filmes, ela prepara os roteiros, vive no xerox preparando tudo, a parte financeira, agendamentos, mas nem por isso deixa de fazer serviços de limpeza que estranhei ela assumir. Ela é invisível. Todos parecem nunca vê-la e nunca dirigir a palavra, como disse, só quando precisam dela.

Quando chega uma nova assistente (Kristine Froseth), a "paciência" da jovem se esgota. Ela segue para o RH, mas tão cega dos seus afazeres, que o que ela se incomoda mesmo é imaginar que a jovem é mais um caso do seu chefe. É o chefe do RH (Matthew Macfadyen) que vai percebendo que a jovem exerce funções além da sua competência, principalmente abaixo do seu cargo como limpeza. Ele inclusive sabe que ela é a primeira a chegar e a última a sair e essa abuso de carga horária igualmente não parece ser um problema. Ele vê que o escritório claramente abusa dela. Ele comenta que tem pessoal de limpeza para fazer alguns trabalhos que ela faz. Mas a conversa no RH é machista, ele é meio debochado com ela, desqualifica as suas queixas, mostra que muitos queriam estar no lugar dela, humilha como todos os outros. O responsável mostra a jovem que é melhor esquecer a queixa, que ele nem vai catalogar, e induz a jovem a desistir da reclamação.
Quando ela volta ao escritório, o chefe do RH, nada ético, espalhou as reclamações dela. Todos ficam sabendo. É quando ela deixa de ser invisível e todos passam a se preocupar com ela. A oferecer ajuda. De novo ela tem que escrever um email humilhante ao chefe e só aí ele responde elogiando o trabalho dela, algo que nunca ninguém fez. Ela começa então a deixar de ser invisível e receber elogios. Todos vão indo embora e tarde da noite o chefe a dispensa. Que filme profundo e atual. Fiquei pensando se a diretora não se inspirou nela mesma já que é hoje em dia produtora e diretora. A jovem quer ser produtora no futuro e por isso se sujeita a tudo, como diz o pai dela ao telefone, é uma grande oportunidade. Todos inclusive falam isso pra ela, que muitos queriam estar no lugar dela, como se todos os abusos tivessem que ser aceitos porque ela é uma privilegiada, não uma escravizada.
Beijos,
Pedrita