sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Anna Maria Castelli

Fui na apresentação da cantora italiana Anna Maria Castelli no Museu da Casa Brasileira. Para a abertura da exposição Mar de Vidros – Murano 1915 – 2000 promoveram uma apresentação com Anna Maria Castelli interpretando músicas italianas contemporâneas. Gostei demais dela e dos músicos que a acompanharam: Simone Guiducci no violão e Stefano Caniato no acordeon.
No repertório ela inseriu muitas canções que falavam do Mar. Ela mudou bastante a ordem do programa que eu tinha em mãos, então não tenho como destacar alguma porque tive dificuldade de descobrir qual era a que ela cantava naquele momento. As canções eram: de P. Daniele: Chi tene o´mare e Napulé; de P. Conte, Genova per noi e Onda su onda. De F. De André, Creuza de ma; de B. Lauzi, Ritornerai; Anônimo, O´guarracino; de Margutti/Cappello, Mas ghe penso; de D. Modugno, U´pisci spada; de Sergio Bruni, Il mare; L. Dalla, Caruso e de Nelson Cavaquinho, Duas horas da manhã. Como viram, ela colocou algumas composições brasileiras no programa. Foi uma belíssima apresentação!



Bejios,
Pedrita

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Mar de Vidros – Murano 1915 – 2000

Fui na exposição Mar de Vidros – Murano 1915 – 2000 no Museu da Casa Brasileira. Eu adoro os eventos nesse espaço. É um lugar muito agradável para passar o dia e a exposição estava belíssima. São 60 peças da coleção de Angelo Rinaldi confeccionadas nas ilhas Murano, na Itália entre 1915 e 2000 e que estão no acervo da Fundação Sartirana Arte. É interessante ver a passagem do tempo, os estilos de trabalhos e as variadas técnicas. O 007 comentou que uma vez um primo dele foi a Murano e trouxe de lá uma peça em vidro.


Eu adorei essas peças coloridas das fotos que escolhi para ilustrar o post. As primeiras são de 1950 aproximadamente. Essas ao lado de 1965 feitas por Luciano Gaspari. Na data que fui eles ainda davam o catálogo para os visitantes, que traz as imagens das peças e informações técnicas. O mais incrível é que para ver a exposição, são somente R$ 4,00 por pessoa, sendo que no domingo é grátis. A exposição Mar de Vidros – Murano 1915 – 2000 fica até 17 de novembro.

Beijos, Pedrita

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Golpe de Misericórdia

Terminei de ler Golpe de Misericórdia (1939) de Marguerite Yourcenar da Editora Nova Fronteira. É possível encontrá-lo em livrarias virtuais, na própria editora está por R$ 20,00, pouco mais que um ingresso de cinema. Comprei esse livro em um sebo e levei na viagem porque é um livro pequeno, fácil de carregar. Dei uma pausa no enorme que estou lendo, pra facilitar o transporte na viagem. Com o atraso da volta, terminei antes mesmo de ter o que fazer, mas foi um ótimo companheiro de viagem. É muito bom ter o que ler quando viajo.

Tela Pigmaleão (1939) do belga Paul Delvaux.
Golpe de Misericódia foi publicado duas semanas antes da Segunda Guerra Mundial, mas mostra resquícios da Primeira Guerra Mundial, tão fresca na memória de todos. Dois soldados chegam da guerra. Nosso protagonista vai ficar na casa do amigo, que tem uma irmã e ele se interessa por ela e ela se apaixona por ele. Mas são sentimentos complexos de pós-guerra. Sem comprometimento, confusos. Nosso protagonista mesmo não tem certeza se sente algo, mas eles ficam muito presos um ao outro. É muito interessante porque são momentos de recordações de nosso protagonista. Tudo entrecortado, sem uma linha condutora. As lacunas podemos preencher de milhares de formas. E o desfecho de Golpe de Misericórdia é chocante.

Tela Tempestuosa Paisagem (1968) de Rembrandt van Rijn

Como nosso protagonista menciona Rembrandt e uma tela como uma tempestade, escolhi essa para ilustrar o post.

Trechos de Golpe de Misericórdia de Marguerite Yourcenar:

“Eram cinco da manhã, chovia, e Eric von Lhomon, ferido em Saragoça, tratado a bordo de um navio-hospital italiano, esperava no café da estação de Pisa o trem que o levaria de volta à Alemanha.”

“Quem pretende se lembrar de uma conversa palavra por palavra não passa para mim de um mentiroso ou de um mitômano. De minha parte, só retenho fragmentos, um texto cheio de lacunas, como um documento roído pelos vermes. Não ouço minhas próprias palavras, mesmo no instante em que as pronuncio. As do outro me escapam, e não me lembro senão de um movimento de lábios à altura dos meus. O resto não passa de uma reconstituição arbitrária e falseada, e isso vale igualmente para outras conversas de que tenho aqui me recordar.”

“Minha estima por Conrad diminuiu com isso, até o dia que compreendi que fazer de Sofia uma Mata Hari de filme ou de romance popular era talvez para meu amigo uma maneira ingênua de glorificar a irmã, de emprestar ao seu rotos de grandes olhos vivos a beleza comovente que sua cegueira de irmão não lhe permitira reconhecer até então.”



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Nelson Freire

Assisti ao recital de Nelson Freire na Sala Cecília Meireles, na abertura da série Piano Solo. Eu sei, estive no Rio de Janeiro, mas foi uma visita relâmpago, cheguei e voltei, não deu pra falar com ninguém. Não dava tempo para rever os amigos, espero que compreendam. Eu nunca tinha entrado na Sala Cecília Meireles, é o primeiro recital que vejo lá, é muito bonita realmente e com excelente acústica. Bom, eu amo Nelson Freire, e claro que o recital foi magnífico. É daqueles artistas que temos que assistir uma única vez na vida ao menos. Nelson Freire acaba de ganhar o prêmio Gramophone e todos lá só falavam nisso. Nelson Freire tocou de Bach-Busoni, Nun kommt der Heiden Heiland BWV 659, nunca tinha ouvido essa obra e parece que é pouco tocada no Brasil. De Beethoven, a Sonata nº 31, op. 110, de Debussy, Children´s Corner e de Chopin, a Sonata nº 3, op. 58, essa última eu tenho o CD aqui. Foi um recital maravilhoso, fiquei emocionada.


Essa série traz sempre um jovem pianista abrindo o recital. Nesse do Nelson Freire, a abertura ficou com o Leonardo Hilsdorf, nossa, esse jovem pianista toca muito bem. É um rapaz promissor. Ele interpretou Grieg as Peças líricas op. 43 ns. 1 e 5 e de Liszt a Rapsódia Espanhola. Foi um belíssimo recital.


Beijos,


Pedrita

domingo, 21 de outubro de 2007

Os Produtores

Assisti Os Produtores (2005) de Susan Stroman na HBO Plus. Uma adaptação da peça teatral de Mel Brooks e Thomas Meehan. O 007 comentou que tinha gostado. Eu estava com receio porque não sou muito apaixonada por comédia e musicais, se soubesse que o texto era do Mel Brooks acho que não tinha relutado em ver. A produção é impecável. Somente o Matthew Broderick tem voz analasada, mas canta bem e é afinado. Todos os outros também cantam e dançam bem. Uma Thurman arrasa e o outro produtor é intepretado por Nathan Lane.


Dois produtores falidos resolvem produzir um fracasso, assim eles podem ficar com o dinheiro arrecadado para toda a temporada. Escolhem o pior roteiro, o pior diretor, só que tudo é um sucesso. Uma crítica típica de Mel Brooks ao público que gosta sempre do que é de mal gosto e ruim. Nem sempre é assim, mas que o público em geral é muito desinformado, isso é. Realmente há muitos momentos politicamente incorretos e apesar de uma comédia escrachada, há sutilezas típicas de Mel Brooks.

Os figurinos de William Ivey Long são muito bonitos e a edição ágil de Steven Weinsberg é muito boa. A direção de fotografia de John Bailey e Charles Minsky também é excelente. Estranhamente o cartaz do filme tem péssima qualidade de imagem.

Alguns outros do elenco são: Will Ferrell, Roger Bart, Gary Beach e Jason Antoon.

Beijos,

Pedrita