sábado, 29 de setembro de 2007

O Corte

Assisti O Corte (2005) de Costa-Gravas no Telecine Cult. Uma co-produção entre Bélgica, França e Espanha. O Marcelo Janot havia comentado no blog dele que ia passar esse filme, antes inclusive teve uma apresentação do Janot sobre O Corte. É simplesmente genial! Nosso protagonista é um alto-executivo na área de papel. Depois de 20 anos na empresa, ele é demitido. O filme começa dois anos depois, ele não consegue emprego de jeito nenhum. A solução que ele encontra é forjar um emprego, pegar os currículos dos concorrentes, ver os que mais o ameaçam e eliminá-los.

Começa então um filme surreal sobre os assassinatos, mas muito real sobre a alta competitividade no meio empresarial. Nessas tentativas ele acaba conversando com alguns de seus alvos e vemos igualmente pessoas desesperadas, sem emprego, sem dignidade. Uma entrevista que ele vai, já irritado com os sistemas de seleção, vemos a hipocrisia nos critérios seletivos, a falta de humanização e sim rótulos e receitas furadas.
Nosso protagonista arrasa e é interpretado por José Garcia. Alguns outros são: Karin Viard, Geordy Monfils, Christa Theret, Ulrich Tukur, Olivier Gourmet e Yvon Back.


Beijos,

Pedrita

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

A Viagem de Chihiro

Assisti ao filme japonês A Viagem de Chihiro (2001) de Hayao Miyazaki no Telecine Cult. O maravilhoso roteiro é também do diretor. Queria muito ver A Viagem de Chihiro, mas sempre passava nos piores horários no canal. Descobria que já tinha começado inúmeras vezes e horários como, 7 horas da manhã, 3 horas da madrugada, frustrante. Até que enfim passou em um domingo às 17hs. E é simplesmente maravilhoso! São justificáveis sim os prêmios: Oscar de Melhor Filme de Animação e Urso de Ouro no Festival de Berlim, inclusive é o primeiro filme de animação que ganha o Urso de Ouro.

Tudo é incrível! Fiquei emocionada o tempo todo e nossa protagonista, a bela Chihiro é de uma bondade e justiça incrível. A integridade da menina é de se emocionar. Chihiro, que tem 10 anos, está de mudança com seus pais, ela está muito triste porque teve que mudar de escola e se afastar de seus amigos. Só que os pais se perdem e caem em uma cidade estranha. Vou falar detalhes de A Viagem de Chihiro: Gostei da história ser real. Tudo estranho que ela vive naquela cidade realmente aconteceu, fica claro no final, bem diferente dos filmes para crianças, tinha quase certeza que ela ia descobrir que dormiu no carro e não usaram esse clichê.

Chihiro não pára de fazer amigos. Ela acaba nessa cidade e é ajudada por várias pessoas, já que humanos não podem viver por lá, a não ser que trabalhem duramente. Só que a bondade dela é tão grande que ela faz amizades com muitos que são excluídos, como esse da foto. E da dignidade e apoio a eles. Com isso ela vai conseguindo tudo o que precisa pra salvar os seus pais. Me emocionei logo no começo quando os carvãozinhos as protegem. Fiquei emocionada o filme todo. É de uma poesia e beleza incrível.



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O Homem do Ano

Assisti O Homem do Ano (2003) de José Henrique Fonseca no Canal Brasil. O roteiro é baseado no livro O Matador de Patrícia Melo, adaptado por Rubem Fonseca. No todo o filme é bom, o problema mesmo é o roteiro, tem vários furos, e ainda achei uma visão meio burguesa de como funciona a periferia brasileira e esteriotipada de homens ricos de direita.

Murilio Benício está excelente como O Matador. Ele conta que acabou se tornando matador por uma acaso, que sempre quis ter uma vida cotidiana normal, mas é o que todos sempre contam, meio que pra justificar os caminhos que escolheram. Ele perde uma aposta e teria que pintar o cabelo de loiro. Um grande bandido ri da cara dele e eles marcam um duelo. Ele acaba vencedor, vira herói na região e começa a ser procurado por ricos para matar por encomenda. Homens de direita que acham a Pena de Morte uma solução para crimes. Mas é tudo muito caricato e esteriotipado.

Jamais um matador teria um endereço fixo, viveria sem seguranças. Mesmo que ele tivesse acordos com policiais, nem todos os policiais são corruptos. Nem todo homem rico que acha a Pena de Morte uma solução é mal, ensebado e grosseiro. E no final o furo é maior ainda. Pra ele desaparecer e fugir, ele somente pinta o cabelo de preto, mas continua andando com seu carrão importado de uma cor que ninguém tem. Péssimo!
Cláudia Abreu está mais linda do que nunca, mas ela também tem uma personagem ruim. Em um péssimo texto dito pelo personagem do Paulo César Peréio ele comenta que toda mulher que casa começa a tratar mal o marido, come muito e fica gorda. Aí pra fortalecer esse clichê medíocre e preconceituoso, depois de casada, ela só aparece comendo. Natália Lage também está muito bem e é igualmente linda. O elenco é enorme, alguns são: Jorge Dória, Lázaro Ramos, André Gonçalves, Agildo Ribeiro, Mariana Ximenes e José Wilker.
Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Aeon Flux


Assisti Aeon Flux (2005) de Karyn Kusama no Telecine Premium. É baseado na série de TV de animação, nos personagens criados por Peter Chung, lançada em 1995. O 007 adora esse filme e queria muito que eu visse, mas é daqueles filmes encantados, sempre acontece algo que me impossibilitava de vê-lo. Ele já estava tão cansado de avisar e nunca dar, que dessa última vez me ligou dizendo: -Qual vai ser o motivo dessa vez que você não poderá ver Aeon Flux? E quando eu liguei pra contar que tinha adorado ele disse: -Por que você não viu?

Mas dessa vez eu consegui ver e gostei muito, eu adoro filmes de ficção científica. O roteiro lembra bastante 1984 de George Orwell. A diferença é que em Aeon Flux tudo é de uma beleza maravilhosa, estética incrível e é o que mais nos fascina. Apesar de um pouco confuso no desenvolvimento do roteiro, é bem interessante.

Houve uma epidemia que quase dizimou os seres humanos. Um cientista descobriu a cura, mas protegeu os sobreviventes em uma cidade bolha. A única que continuou a existir no Planeta Terra. Apesar da placidez e vida saudável, há muitos desaparecimentos e um grupo de rebeldes resolve matar seus governantes para proteger as pessoas. Desse grupo a mais importante é Aeon Flux interpretada maravilhosamente pela belíssima Charlize Teron, que está mais linda do que nunca. Gostei muito da atriz preferir fazer quase todas as difíceis cenas e utilizar pouco o recurso de dublês. Ela tem uma flexibilidade incrível e li que ela treinou com profissionais do Cirque du Soleil. Claro que há muita adaptação de recursos, mas ela é ágil, e está muito bem nas cenas difíceis.

Tudo é lindo em Aeon Flux. Até mesmo a ajudante da Aeon Flux é interpretada por outra belíssima atriz, a Sophie Okonedo. O cientista também é um lindo ator, Marton Csokas. Basicamente todos são lindos, pena que alguns que fazem parte do Congresso sejam bem fraquinhos.


Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Odetto Guersoni

Fui na exposição de Odetto Guersoni na Estação Pinacoteca. Essa foi a última exposição que visitamos naquela tarde, gostei muito. Prometo que depois desse post volto a falar de outras atrações culturais. Os próximos serão de filmes que vi.

A mostra de Odetto Guersoni traz 54 obras. Cheguei a ouvir que esse trabalho é datado, e realmente dá essa sensação. Gosto muito de obras que me transportam no tempo e no espaço, que eu esqueço o dia de hoje e acho que estou em outra época, vestida de outro jeito, sinto cheiros de outros períodos. Sou imediatamente transportada a outro tempo e espaço. É incrível a transformação que obras podem provocar. Já não estava mais ali, tinha ido a um passado e parecia que eu estava lá, surpreendente.

A maiora das obras trazem muita cor. Gosto muito de mostras que deixam claramente o período histórico que estão inseridos. Essa mostra está na última semana, só vai até o dia 30 de setembro.






Beijos,


Pedrita

domingo, 23 de setembro de 2007

Cais

Fui na exposição Cais de Alberto Martins na Estação Pinacoteca. Essa é outra exposição que está no espaço. Foi de todas a que menos me identifiquei. São muito interessantes as obras sempre lembrando o Cais, mas acabei não me emocionando. São todas em preto-branco, algumas esculturas em madeira, sempre lembrando porto, conteiners, guindastes. São cerca de 90 obras, entre gravuras, relevos, desenhos e esculturas, produzidas entre 1987 a 2007. Essa exposição fica em cartaz até o dia 6 de janeiro.

Beijos,Pedrita