sexta-feira, 4 de abril de 2008

13º Andar

Assisti 13º Andar (1999) de Josef Rusnak no MaxPrime. Mais uma noite sem opções, vi que esse filme era ficção científica, resolvi arriscar. Foi uma grata surpresa. Não chega a ser um grande filme, mas tem um roteiro muito bem desenvolvido. O roteiro é baseado no livro de Daniel F. Galouye. Há dois tempos, o passado e o presente. As imagens do passado tem uma fotografia belíssima, as do futuro são estranhas. A direção de arte é de Frank Bollinger e Barry Chusid e a de fotografia de Wedigo von Schultzendorff. Vi que foi lançado em 1999, portanto o filme deve ter sido realizado em 1997 e 1998, e o que é retratado tem a ver com a tecnologia da informática da época, talvez fosse considerado avançado naquele período, mas hoje parece antiquado. Mas também acho que as escolhas que foram ruins.


Embora o roteiro não seja absolutamente original e tenha referências de outros filmes, a estrutura e a forma como é narrado é muito bom. Há vários elementos surpresas e um belo casal protagonista interpretado por Craig Bierko e Armin Mueller-Stahl, atores desconhecidos pra mim. Começa no passado, um homem, interpretado por Armin Mueller-Stahl, deixa uma carta com um barman de um hotel. Ele vai para o futuro e lá é morto. Começam a investigar quem matou. Há um efeito nos olhos nesse transporte do tempo que é muito bonito e bem feito.


Em alguns aspectos, 13º Andar me lembrou um pouco O Show de Turman. É um bom filme de ficção.

Música do post: END OF THE WORLD (Tem uma de mesmo nome no CD do filme)


END OF THE WORLD -...



Beijos, Pedrita

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A Casa do Lago

Assisti A Casa do Lago (2006) do diretor argentino Alejandro Agresti no HBO. O roteiro é baseado na história de Ji-na Yeo e Eun-Jeong Kim. Eu não gostei. Nunca tinha tido muita vontade de ver esse filme, mas foi bem pior do que eu imaginava. Para dificultar ainda mais o encontro do casal criaram situações muito impossíveis e com muitos furos.

Vou falar detalhes do filme. Seria mais realista se eles tivessem continuado a se corresponder. Ela nem ficou mexendo a lingüeta da caixa de correio, mas ele miraculosamente foi lá ver se tinha carta, isso porque eles não se correspondiam mais a anos. Também logo no começo eu saquei que era ele que ela tentou salvar. Foi muito óbvio. Detestei também ela ficar com raiva porque ele não foi ao jantar e nem imaginar que algo poderia ter acontecido. Parecia uma mulher madura, que aceitava as impossibilidades de falar com alguém em datas diferentes, mas de repente fica infantil, adolescente, se recusando a continuar falando com ele. Fora que ele sim tentava achá-la. Ela nunca se deu ao trabalho de procurar na lista telefônica onde ele moraria, tentar localizar a família. Ela queria tanto conhecê-lo, mas parecia bastante burrinha em não tentar localizá-lo como ele tentou fazer.

Pelo menos a idéia era bonitinha de fazer os dois se conhecerem de épocas diferentes por um lapso de tempo. Mas não precisavam exagerar nas dificuldades enfraquecendo a trama. Eu estava com medo do diretor fazer a bobagem do fim do ruim Cidade dos Anjos, mas pelo menos eles permitiram que o casal ganhasse a felicidade e a redenção no final, sem matar um dos dois.
Eu adoro o Keanu Reeves, não sou muito fã da Sandra Bullock. Eles faziam um casal bonitinho, mas os personagens não exigiam muito dos atores.
Música do post e do filme: The Clientele - I Can't Seem To Make You Mine


Beijos, Pedrita

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Carlos Gomes -documentos comentados


Terminei de ler o livro Carlos Gomes - documentos comentados (2008) de Marcus Góes da Algol Editora. Gostei muito, talvez tivesse aproveitado melhor se tivesse lido uma biografia completa desse compositor, mas como sempre li sinopses de sua história, foi muito bom conhecer mais detalhes. Eu gosto muito de pesquisa, então me agradou muito ver os documentos, cópias deles, e depois acompanhar as explicações do autor sobre as divergências em relação a alguns fatos e o que o documento revelava e esclarecia. Achava fascinante, tanto que li o livro muito rapidamente, mesmo com pouco tempo.

Há umas peculiaridades que não conhecia, como o fato do Carlos Gomes ter esbanjado muito dinheiro depois do grande sucesso de Il Guarany, como uma mansão que passou a possuir e depois ter se endividado seriamente. Há várias cartas do compositor pedindo dinheiro até mesmo para alguns muito pouco conhecidos. Talvez ele imaginou que os sucessos continuariam em suas obras seguintes e que sua vida financeira estava garantida, como nós sabemos sobre qualquer área cultural, pode-se ter muito sucesso em algum momento e depois mal conseguir sobreviver. Mas não sei se no período que Carlos Gomes viveu, entre 1836-1896, as pessoas tinham essa consciência.


Carlos Gomes - documentos comentados só me trouxe dúvidas em algumas questões subjetivas, como o documento que mostra que foi Carlos Gomes que pediu a separação da esposa. Não sei se nesse período uma mulher podia pedir a separação do marido, também não sei se temos como imaginar que acordos o casal fez depois de tantas desavenças. São questões muito íntimas e conversas muitas vezes realizadas na privacidade, sem testemunhas. O período em que Carlos Gomes viveu, as mulheres eram consideradas posses dos maridos, como bens ou objetos, não sei se elas poderiam decidir por livre e espontânea vontade terminar um casamento oficialmente.

A obra ainda fala de várias montagens do Il Guarany, maior sucesso de Carlos Gomes, onde foram encenadas e com quem, muito interessante. Gostei muito do livro.

Trechos de Carlos Gomes -documentos comentados de Marcus Góes:
“...o autor, tendo residido na Itália de 1989 a 2001, teve oportunidade de consultar muitos arquivos publicados e privados, bibliotecas, museus e arquivos de jornais naquele país, o que deu seguimento às pesquisas por ele iniciadas nos anos 70 no Brasil.”

“Em todas essas instituições e através de todas essas pessoas, o autor pôde obter referências, cartas, contratos, processos judiciais, monografias, críticas, artigos, documentos e análises pertinentes à vida, à obra e à maneira de interpretar a música de Carlos Gomes.”

“As seis maiores produções operísticas de Carlos Gomes são Il Guarany (1870), Fosca (1873), Salvator Rosa (1874), Maria Tudor (1879), Lo Schiavo (1889) e Condor (1891). Apesar de guardar sempre todas as características fundamentais da estética gomesiana, toda ela fincada na mistura de música brasileira de salão de meados do século XIX, ritmos de música popular, semi-clássica brasileira, elementos de música de banda e música européia para o palco aí concluídos, Verdi, Wagner e Meyerbeer, tudo conduzido por notória e bem sucedida vontade de seguir novas tendências sem fugir ao melodismo e à cantabilidade italianos, esses seis títulos, os quais servem e bastam para o erguimento de um painel abrangente do obra do maestro, são diferentes na forma, no conteúdo e intenção, e foram compostos cada um em um momento muito bem definido na vida e na trajetória de artista de Carlos Gomes.”
Vídeo: Verónica Villarroel e Plácido Domingo na cena final de Il Guarany




e

Beijos, Pedrita

terça-feira, 1 de abril de 2008

La Traviata


Assisti a ópera La Traviata de Giuseppe Verdi no Theatro São Pedro em São Paulo. Dessa vez eu consegui ver os dois elencos, o que é raro. Gostei dos dois e cada um teve as suas peculiaridades e preciosidades. O libreto é de Francesco Maria Piave, adaptado do romance A Dama das Camélias de Alexandre Dumas Filho. Eu nunca tinha visto uma montagem dessa ópera, só ouvido algumas canções e árias. Eu amo esse livro do Alexandre Dumas Filho, portanto não gostei muito das escolhas do libretista nem essa ópera está entre as minhas preferidas.


Eu gostei demais da soprano italiano Chiara Bonzagni (foto). Uma voz potente, bela, ainda muito jovem, imagino que tecnicamente ela deva crescer muito com o tempo. O barítino Rodolfo Giugliani (foto) também estava muito bem e igualmente tem uma voz bela e pontente. Mas eu gostei igualmente do barítono da segunda récita, o Sebastião Teixeira. O outro elenco estava cenicamente bem mais emocionante que a récita da estréia. A soprano Taís Bandeira do outro elenco esteve bem e me surpreendi com o tenor que fez par romântico com ela Miguel Geraldi, um timbre belíssimo.


A regência foi de Emiliano Patarra a frente da Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos. Gostei tanto da orquestra como do Coral Vozes de São Paulo. As récitas foram muito bonitas e estavam lotadas, ouvi comentários que nas seguintes também há pouquíssimos ingressos a venda. Também pudera, além dessa ópera ser muito popular, os ingressos custam somente R$ 20,00 a inteira, R$ 10,00 a meia.

As fotos são de Bia Lombardi.
A música do post é da ópera La Traviata - Un di Felice Eterea (Não é da montagem que vi)

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O vídeo também não é da montagem. É do dueto Dite alla giovine com a soprano Ileana Cotrubas e o barítono Cornell Macneil.



Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 31 de março de 2008

Big Brother Brasil 8

Assisti Big Brother Brasil 8 na TV Globo e Multishow. Apesar de falarem que foi uma edição morna eu gostei. Como não era algo muito empolgante gostava de ver mais mesmo às terças e aos domingos. O que gosto mais nessas datas são as edições caprichadas e as brincadeiras que faziam com os brothers. Acho muito bacana a TV Globo utilizar as charges do Maurício Ricardo para incrementar mais a edição. Eram inteligentes e divertidas. Também adorava a Rádio Pinel, que só existiu nessa edição porque foi criada pelos próprios brothers. Pena que no final, com a quantidade de paredões e afastamentos dos grupos, a Rádio Pinel praticamente deixou de existir. Também gostava de ver as festas aos sábados no Multishow.

Um pouco depois do começo eu já tinha um favorito, a Gyselle. Sentia uma grande identificação com ela por ser excluída do grupo. Alguns acham que ela que se excluiu, mas de tanto votarem nela ao paredão, ela resolveu, ou resolveram por ela, de ficar isolada. Não sei se eu conseguiria ficar em um grupo que continuamente votava em mim sem motivo.


Mas foi uma edição sem favoritos claros. Você gostava de um participante, aí ele fazia algo e você olhava pra outro. Até o final havia dúvida quem seria o ganhador. Gostei que o Raffinha ganhou. Mas preferia em primeiro a Gyselle, em segundo a Natália pela autenticidade dela e em terceiro o Raffinha, tinha questões que não gostava dele, principalmente pelo fato dele parecer que não tinha hábito de conviver com homossexuais sem achar que todos eles estavam afim dele.

Eu gostava muito também da Natália, mas achava difícil ela ganhar porque ela tinha um comportamento não-ortodoxo e é o Brasil todo que vota, sendo o brasileiro muito machista e conservador, ainda mais fora dos grandes centros. Eu gostava do Marcelo, achava que ele surtava um pouco além da conta, mas era um participante carismático. Não torcia pra ele ganhar, mas queria ele mais na casa para fazer companhia pra Gyselle.

Essa edição trouxe um particular diferente. Todos estavam na casa pra se divertir. Tinham por anos sonhado participar de uma edição e queriam a todo minuto se divertir. Choravam muito, tiveram algumas poucas brigas, mas no geral eles curtiam ao cansaço as maravilhosas festas, a casa, as oportunidades de se divertir. Eu adoro as festas que passam sábado à noite. O Multishow mostrava 20 minutos das festas e era possível ver os figurinos, os cardápios, ver eles comentando o que era, as maravilhosas músicas. A produção das festas era impecável.

Pela pasmaceira que estava essa edição, a TV Globo começou a inserir personalidades no jogo. A que gostei mais foi a participação da Débora Secco. Ela declarou ser fã do programa e passou um dia lá, participou de uma festa, dormiu lá, foi muito bacana. Li que depois da Regina Duarte se declarar fã do programa muitos atores começaram a fazer fila pra entrar no programa. Eri Johnson foi com o jogador Junior. O ator deu em cima claramente da Gyselle.

Só não curti a criação do telefone que era pra ser imprevisível, mas tocava sempre nos mesmos dias, ora pra fazer algo bom e ora pra fazer algo ruim.

Gostei muito de ser a Pitty a fazer show no encerramento do programa. Adoro essa banda, essa cantora e as músicas falavam muito de tirar a máscara, do confinamento, muito curioso.

A trilha sonora também era maravilhosa. Adorava várias músicas. Ia gostar se a TV Globo passasse a fazer o CD das edições do BBB. Eles escolhem músicas que refletem cada participante e são ótimas.

Música do post: Pitty - Na Sua Estante




Beijos
Pedrita

domingo, 30 de março de 2008

Por Água Abaixo

Assisti Por Água Abaixo (2006) de David Bowers e Sam Fell no Telecine Premium. Estava com receio de não gostar, já que o último de animação que tinha visto tinha me decepcionado, mas Por Água Abaixo é incrível em tudo. São dos mesmos idealizados de A Fuga das Galinhas e diferentemente de usarem animação de massa, usaram computadorizada. Mudaram a proposta inicial já que a maioria dos bonecos passam embaixo d´água o que invibializariam os bonecos de massinha.

Gostei de tudo. Dos bonecos, do roteiro, do colorido, da agilidade, da criatividade, é muito bom. Nosso protagonista é um rato de criação. Sua dona viaja e ele vai se divertir com os bonecos inanimados na casa. Entra um rato e ele acaba sendo levado Por Água Abaixo na privada para o esgoto e conhece outra sociedade. Eu amei a Rita e mais ainda saber quem a dubla que é a maravilhosa Kate Winslet. A Rita tem tudo o que uma criança sonha, um barco todo turbinado com tudo o que ela achou, carreteu de linha, sucata de todo o tipo. Lembra os super-heróis.
Amei as larvas, elas são a trilha sonora do filme que é excelente. A direção musical é de Harry Gregson-Williams. Imaginem as larvas cantando a música abaixo. Vou querer rever outras vezes para ver a Rita e as larvas cantando.

Faz pouco tempo que grandes atores dublam filmes de animação para aumentar o interesse e a popularidade dos filmes de animação. Os de Por Água Abaixo são deliciosos. Nosso herói é dublado por Hugh Jackman. O sapo é pelo Jean Reno. E Ian McKellen dubla o Toad.

Música do post e do filme: Don't Worry Be Happy

Don't Worry Be Hap...


Beijos,
Pedrita