Música do post da trilha sonora: Trix Are For Kids - The Crowd
sábado, 26 de janeiro de 2008
Adrenalina
Música do post da trilha sonora: Trix Are For Kids - The Crowd
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
O Jogo da Amarelinha
Eu não gosto de ler sinopses antes de ler livros, já que muitas revelam mais do que deveriam, então desconhecia sumariamente a estrutura do livro. Fiquei maravilhada no início que dizia que o livro permitia várias leituras. Eu segui a orientação inicial. Ler do início até o capítulo 56, que traz o Fim. Depois segui pela ordem sugerida pelo autor, como um Jogo de Amarelinha. Comecei pelo capítulo 73, e a cada final de capítulo lia o que o autor me enviava. Simplesmente genial.
Obra Conceito Espacial (1965) de Lucio Fontana
Nosso protagonista é muito perturbado. Ele tem uma relação doentia com a Maga. É difícil sabermos o que é delírio ou realidade. Fiquei chocada com a presença do bebê. É claro para mim que é filho dele, mas ele sempre se refere a criança, ele nunca assume a possibilidade que é seu filho. Parece que pelo fato dele ter sugerido o aborto, e ela teimosamente não ter aceito, ele está livre agora da responsabilidade sobre eo bebê, deixa de ser seu, mas também pode ser porque sempre acha que Maga o traiu e nunca sabemos o que é verdade ou delírio de sua mente confusa. Tudo em seu raciocínio é perverso, manipulador e cruel. Eles também vivem em pobreza quase miserável.
O Jogo da Amarelinha é um livro muito complexo, com sentimentos muito vastos, do ódio ao amor, posse ao desprezo. Fiquei absurdamente embebida naquela narrativa doentia. Também nada é claro, há inúmeras lacunas, e talvez seja o que faça de O Jogo da Amarelinha mais fascinante, a dúvida. A não certeza de nada. Como se uma mente perturbada nos levasse a diversos caminhos, mas não há certeza de que realmente aconteceram. Devorei avidamente a tortura de seus personagens e pensamentos confusos.
Seguem trechos da obra O Jogo da Amarelinha de Julio Cortázar, mas merece ser lido na íntegra, várias vezes e com várias construções de ordens dos capítulos:
“Acostumaram-se a comparar as colchas, as portas, os abajures, as cortinas; os quartos dos hotéis.”
“Por cima ou por baixo, Big Bill Broonzy começou a cantar See, see, rider; como sempre, tudo convergia de várias dimensões irreconciliáveis, um grotesco collage, que era preciso montar com vodca e categorias kantianas, esses tranqüilizantes contra qualquer coagulação demasiado brusca da realidade. Ou como quase sempre, fechar os olhos e voltar para trás, para o mundo, para o confortável mundo de qualquer noite, escolhida cuidadosamente entre o baralho aberto. See, see, rider, cantava Big Bill, outro morto, see what you have done.”
“Em Paris somos como cogumelos, crescemos nos corrimões das escadas, em quartos escuros onde cheira a gordura, onde a gente faz o amor todo o tempo e, depois frita ovos e põe discos de Vivaldi, acende cigarros... todos nós fazemos o amor e fritamos ovos e fumamos, ah!, nem pode imaginar tudo o que fumamos e o tanto que fazemos o amor, parados, deitados de joelhos, com as mãos, com as bocas, chorando ou cantando, e lá fora existe de tudo, as janelas dão para o ar e isso começa com um pardal ou uma goteira, aqui chove muitíssimo.”
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Mary
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Marcas da Violência
Música do post, não do filme: Violence Of Summer (Love's Taking Over).
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Por Gentileza
Música do post: Ma Solitude