sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

O Alfaiate

Assisti O Alfaiate (2022) de Graham Moore no TelecinePlay. Será o filme da Super Estreia do sábado. Comecei a ver e não queria parar, que roteiro genial. Achei até que era baseado em uma peça mas não é.


 

Mark Rylance arrasa como O Alfaiate. Aos poucos vamos entendendo. Ele faz ternos maravilhosos. Tem uma caixa ao fundo onde deixam pacotes. O Alfaiate finge não ver, não se mete.

Até que começa uma confusão com a máfia e ficamos sabendo que o primeiro cliente do alfaiate tinha sido o chefão da máfia (Simon Russell Beale). Há denúncias de um espião. Tudo fica tenso. O filho do chefão é interpretado por Dylan O´Brien, o amigo da família Johnny Flyn. A funcionária da alfaiataria por Zoey Deutch. Nikki Amuka-Bird é líder da outra máfia.

Interessante é que tudo se passa na alfaiataria. Os diálogos são incríveis, o clima de tensão é excelente, ótimo elenco. Gostei demais!
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Álbum de Família

Assisti Álbum de Família (2021) de Daniel Belmonte no Canal Brasil. Eu tinha assistido uma entrevista com o Otavio Müller e eles falava desse projeto, fiquei ansiosa pra ver. Como comentei, o Canal Brasil tem programado esses filmes recentes que tanto quero ver. E que genial esse!


 

Na pandemia, Daniel Belmonte teve a ideia de fazer uma peça virtual que virou esse filme. Convidou uns amigos e o Otávio Müller e os amigos foram convidando alguns outros. É muito divertido! Eles vão conversando e decidindo o que irão fazer. Daniel sugere Álbum de Família do Nelson Rodrigues. Os debates sobre esse texto são ótimos. Tudo é inteligente, crítico, ácido e engraçado!
Essa peça foi censurada. Um dos motivos foi ironizar a família de bem, já que nessa família é tudo menos de bem. A escolha dos personagens, é genial. Eduardo Speroni e Kelson Succi dividem um personagem. Chris Larin faz a mãe, Otávio o pai. Os outros filhos são interpretados por George Sauma e Dhara Lopes. A edição é ótima e inteligente, com várias montagens, ágeis, textos e junções dos personagens, já que cada um gravou de sua casa na época do isolamento. Dá pra ter uma ideia de como produções acontecem, dos preparativos, ensaios, cenários, como tudo tem que ser elaborado, é uma aula de produção cultural, teatro e cinema. Eu adorei a escolha pelo caótico, rápido, é uma delícia e divertidíssimo!

Otávio está com a família em uma casa de praia. No filme ele conta que acha que ensaiar sem se encontrar é chato, mas ele está entediado, então resolve aceitar. São os familiares que ajudam cada personagem a gravar as cenas. A Chris convenceu a Renata Sorrah a fazer a tia da trama. É muito hilário. Renata também está em uma casa de campo e a conexão é péssima, depois de muito tempo ela consegue gravar um vídeo, mas teriam outras cenas e ela não consegue conversar em vídeo, então o diretor resolve cortar a tia da história. Vira uma crise no grupo. É hilário como esse fato desencadeia muitas divergências. Otávio irado liga pra Lázaro Ramos pra falar da peça. Tonico Pereira grava em sua casa uma cena com sua filha. Aparecem ainda Valentina Herszage e Ravel Andrade.
Tudo é criativo, inteligente.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Jurassic World: Dominion

Assisti Jurassic World: Dominion (2022) de Colin Trevorrow no TelecinePlay. Eu gosto muito dessa franquia, mas esse eu sabia que ia sofrer. Se eu já tinha sofrido pelos dinossauros nos outros, nesse sabia que ia ser pior. Os anteriores que vi comentei aqui.

Com a destruição do parque, os dinossauros se espalharam pelo planeta. O casal e a filha estão escondidos na floresta. Blue e seu filho também. A menina é uma criação, então os cientistas estão procurando-a. Ela e o bebê da blue são capturados.
Os pais vão buscar a filha. Ela está no laboratório que fingem que é para o bem e em subterrâneos fazem pesquisas de domínio e muita, mas muita maldade. O elenco é bom: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Isabella Sermon, Laura Dern, Sam Neil, DeWanda Wise, Jeff Godblum e Mamoudou Athie. 

Esse filme tem o olhar atual. Os personagens questionam o parque, as maldades que existiam no parque. É muito bom!


 

Beijos,
Pedrita

domingo, 29 de janeiro de 2023

O Livro dos Prazeres

Assisto O Livro dos Prazeres (2020) de Marcela Lordy no Canal Brasil. Queria tanto ver esse filme que fiquei sem fôlego quando vi a chamada. Vem recebendo inúmeros prêmios e elogios. É livremente inspirado no livro de Clarice Lispector que não li e preciso corrigir essa falta. E é uma coprodução entre Brasil Argentina. O Canal Brasil anda passando filmes que eu quero muito, mas muito ver, fiquem atentos, porque alguns passam uma vez só e não entram no Now.

Eu adoro a Simone Spoladore, que atriz e que personagem. Ela é uma mulher solitária. O apartamento tem muitas caixas, não sabemos se está chegando ou indo. Sabemos muito pouco.

Ela é professora e conhece o professor Ulisses (Javier Drolas). Mas ela é uma mulher livre e se relaciona com outras pessoas. Melancólica! Como a arte permite muitas interpretações, eu fiquei com a sensação que Ulisses era um alter-ego da personagem, um amigo invisível, com aspectos dela mesma, mas que não existia de fato. Alguns outros do elenco são Felipe Rocha, Martha Nowill, Ana Carbatti, Leandra Leal, Teo Almeida e Julia Leal Youssef. É um filme muito poético e lindo!

Eu vi no dia que depois passa o episódio de O País do Cinema falando do filme. Participaram a diretora Marcela Lordy e Simone Spoladore. Quem entrevista é a Andrea Horta. Adoro conhecer detalhes dos bastidores. A diretora contou que começou a pensar em fazer o filme em 2010 e que foram muitos anos tentando patrocínio. Não é fácil fazer cultura no Brasil. Conseguiram verba, mas pra um filme de baixo orçamento teve que definir prioridades. Resolveram investir em um diretor de fotografia, Mauro Pinheiro Jr. E que foi dele a ideia de não colocar o Rio de Janeiro do turista, do cartão postal, eu gostei muito das escolhas de olhares da vista do apartamento, da praia. Há cenas de sexo no filme e a diretora queria um olhar atual. Lembrou que o Brasil tem um histórico no tema e um olhar para o sexo nos filmes, e ela queria um olhar contemporâneo. São bem realistas, sutis, como são as relações íntimas. Diferentes daquelas posadas com beijos posados. São muito bonitas e nos aproximam, porque são próximas da nossa realidade.


Beijos,
Pedrita