sábado, 8 de março de 2008

O Teatro Ibero Americano


Participei da Mesa de Debates O Teatro Ibero Americano do I Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo no Memorial da América Latina. Debateram a brasileira Silvana Garcia da USP, o português José Leitão e a curadora do evento Neyde Veneziano. Foi bem interessante, gostei muito!

José Leitão falou bastante sobre a estrutura de teatro em Portugal. Existem vários grupos há muito tempo, subsidiados pelo governo com a obrigação de fazer 2 grandes estréias por ano, mais uma centenas de outras produções. O grupo a que ele pertence existe a 27 anos. José Leitão comentou que em Portugal a maioria das peças são gratuitas.

Foi curioso ver José Leitão falar que as novelas brasileiras também interferiram no país e em especial no teatro. Até então Portugal tinha contato com dramaturgos como Augusto Boal que viveram exilados em Portugal. Com a chegada da primeira novela, Gabriela (1975), começou a surgir o teatro dos atores, que lotam porque, como no Brasil, os portugueses querem ver os atores das novelas brasileiras de perto.

Silvana Garcia comentou sobre o Brasil não se inclui rna América Latina. É o Brasil e a América Latina. E que muito do olhar brasileiro está para outros países da Europa e Estados Unidos, muito pouco para os países vizinhos.


Tanto a Silvana Garcia como o José Leitão comentaram o quanto há pouco intercâmbio entre Brasil e Portugal, não só no segmento teatral, mas também no cinema. José Leitão comentou que só os filmes brasileiros que chegam ao país são os que concorrem a grandes prêmios como Central do Brasil e Cidade de Deus. Que esses filmes passam como aqui, por pouco tempo e em cinemas restritos.

Gostei muito do debate!
Música do post: Antonio Carlos Jobim & Gal Costa- Gabriela


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Beijos,


Pedrita

sexta-feira, 7 de março de 2008

O Grito 2

Assisti O Grito 2 (2006) de Takashi Shimizu no Telecine Premium. Não sei se lembram ando vendo essa série de filmes, sejam os originais feitos no Japão, sejam os americanos, todos dirigidos pelo mesmo diretor. Eu adoro O Chamado e tinha muita curiosidade de ver os filmes que o inspiraram. No começo eu fiz uma confusão danada. Vi O Grito americano, e quando vi a chamada de O Grito 2 achei que era a continuação do americano e vi o japonês. Falta ver ainda então O Grito japonês, o primeiro filme.


Eu não tinha gostado do primeiro O Grito americano e tinha gostado bastante de O Grito 2 japonês. Mas O Grito 2 americano é bem melhor que o primeiro. Como o primeiro americano, perde alguns fatores surpresa sendo muito óbvio, mas tem um roteiro mais coeso, inteligente e é bem feito. Gostei bastante! O interessante é que o 2 japonês é totalmente diferente do 2 americano. Muito interessante! O mesmo diretor Takashi Shimizu que dirigiu todos.


Por sorte a personagem da Sarah Michelle Gellar morre logo no início. Não sei se lembram eu não tinha gostado do desempenho dela no 1. Vem dos Estados Unidos para o Japão a sua irmã, interpretada pela atriz Amber Tamblyn que está muito bem. Gostei muito da atriz que faz a adolescente tímida interpretada pela Arielle Kebbel. Enquanto acontece essa história há um grupo de estudantes, três belas meninas, que começam a ver também a moça e o menino mortos. É uma graça também o garotinho interpretado por Matthew Knight, que já atuou e atua em vários filmes. No elenco estão: Edison Chen, Jennifer Beals, Teresa Palmer e Misako Uno.

A produção tem se unido para pensar de que forma continuam esses fimes e O Grito 2 mostra bastante criatividade. Eles resolveram um empecilho de ter que fazer o filme no Japão. Justificaram que uma personagem ateou fogo na casa que provoca todos os males e que com isso tudo piorou. E conseguem assim fazer os mortos desesperados de O Grito chegarem nos Estados Unidos.
Há um grande furo em O Grito 2. Nossa protagonista é americana, vai ao Japão salvar sua irmã. Ela não fala nada de japonês e um jornalista que fala inglês a ajuda. Ele acaba morrendo e ela segue em suas investigações, indo parar no interior do Japão, em uma casa isolada da cidade, onde vive uma japonesa reclusa que milagrosamente fala inglês com nossa protagonista como se fosse normal.

A música é muito bonita, não deixem de ouvir.

SOUNDTRACK - ju on 2 (end)

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Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 6 de março de 2008

Faixa de Areia


Assisti ao documentário Faixa de Areia de Daniela Kallmann e Flávia Lins e Silva na GNT. Gostei bastante, descobri esse documentário por um acaso e foi uma grata surpresa. Nas praias do Rio de Janeiro são entrevistados os seus freqüentadores onde falam sobre as escolhas pelos pedaços de areias, das preferências, de como se relacionam com as praias, das tribos que ficam em cada trecho, gostei muito.

Uma grande maioria fala do quanto as praias são democráticas, mas alguns questionam o fato de ser dividido por tribos e que muitas vezes não se misturam. Dão depoimentos freqüentadores, profissionais que trabalham na praia e algumas celebridades como o Ruy Castro.
Jobim & Miucha - Samba do Avião :

Jobim & Miucha - S...


Beijos, Pedrita

terça-feira, 4 de março de 2008

Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Assisti no cinema ao filme Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007) de Tim Burton. Eu achava que esse subtítulo tinha sido colocado no Brasil, mas realmente existe no título do filme. Fui com minha irmã, conhecemos pela primeira vez os Cinemarks do Eldorado. Precisamos de um mapa para sair da sala, já que como sempre, fomos as últimas a sair, as únicas que pagam e vêem o filme todo, incluindo todos os créditos. Era o último que queria ver dos filmes que concorreram ao Oscar, infelizmente Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet não concorreu a Melhor Filme. É denso, complexo e maravilhoso! Mas não sei se a Academia deve ter gostado. O próprio 007 disse que não tem vontade de ver porque não acha que o tema combine com musical. Eu achei tudo perfeito, maravilhoso, um dos grandes filmes que já vi.



Gostei posteriormente de saber detalhes do filme. Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet é baseado em musical de Stephen Sondheim e Hugh Wheeler e o autor não achava que poderia ser bem adaptado para o cinema, até conhecer a proposta do Tim Burton. Esse diretor é realmente sensacional e o seu não-convencionalismo nos proporciona maravilhas da criação. Tim Burton insistiu que Johnny Deep fosse o barbeiro e fez bem, não tinha idéia que o ator teria tão linda voz e cantasse tão maravilhosamente. Gostei de saber sobre todas as atrizes que foram pensadas para ser a protagonista, mas de todos os nomes que li, achei muito acertado ser Helena Bonham Carter, ela também canta muito bem. E foi igualmente acertada escolher atrizes desconhecidas para a mulher e a filha do nosso protagonista interpretadas por Laura Michelle Kelly e Jayne Wisener.

O roteiro é muito dramático. Um barbeiro inocente, belo e feliz tem uma bela esposa e uma linda bebê. Um juiz mal manda prender o barbeiro para poder ficar com a esposa dele. Anos depois o barbeiro consegue fugir das prisões e volta pra se vingar. É um roteiro muito triste e perverso!

Gostei muito do elenco. Belo e ótimo cantor o rapaz inocente interpretado por Jamie Campbell Bower, outro ator praticamente desconhecido. O juiz e seu ajudante são ótimos atores, não tinha idéia que o ator que faz o juiz, o Alan Rickman, cantasse tão bem. O seu ajudante é interpretado por Timothy Spall. O garoto interpretado por Ed Sanders também está muito bem, canta bem. É o primeiro papel dele no cinema.


Merecidíssimo o Oscar de Melhor Direção de Arte. A utilização das cores, a direção de fotografia de Dariusz Wolski , são impecáveis. Essa é uma das cenas que nosso protagonista anda no meio da multidão cantando, mas ele não está lá. De uma criatividade e brilhantismo incrível. No período da inocência tudo tem tons sépia, no período da escuridão tudo é branco, preto e cinza, só o sangue é vermelho. Outra que tem cor na roupa é a doce filha de nosso protagonista. Tudo é de um brilhantismo surpreendente!
Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet ganhou ainda 2 Globos de Ouro de Melhor Filme - Comédia/Musical e Melhor Ator - Comédia/Musical (Johnny Depp).







Estou muito feliz que Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet seja o post de tag 100 sobre cinema no Mata Hari e 007 no blogspot. Amei esse filme e gostei de ser uma das minhas incursões no cinema.

Pedrita

segunda-feira, 3 de março de 2008

Quase Famosos

Assisti Quase Famosos (2000) de Cameron Crowe na HBO. Sempre quis ver esse filme pelos elogios e prêmios que recebeu, mas não consegui ver nos cinemas. É realmente incrível e eu ficava pensando como alguém parecia compreender tão bem esse universo e esse momento histórico. Aí li que o Cameron Crowe escrevia para a revista Rolling Stone, aos 15 anos de idade, e acompanhou parte da turnê da banda Led Zeppelin e que o filme teria muito de sua experiência. Li também que o roteiro de Quase Famosos teria ficção e uma união de acontecimentos ligados as bandas Led Zeppelin, Allman Brothers e Lynyrd Skynyrd.


Como a história de Cameron Crowe, nosso protagonista tem 15 anos e vai com uma banda para fazer uma matéria. O roteiro de Quase Famosos é muito bem construído, o elenco excelente. Mostra um período típico de um momento histórico, quando as bandas viajavam de ônibus em turnês. Hoje ainda existem essas configurações, mas há mudanças, não especificamente para melhor ou pior, só diferente. Antes as bandas representavam a evolução social dos costumes e os fãs idolatravam os ídolos pelas suas idéias. Hoje os ídolos que são idolatrados e se algumas de suas idéias propagam é porque eles são adorados. Inverteu a ótica!


O elenco é muito bom e eu gostei muito da dupla protagonista, Patrick Fugit e Kate Hudson. Os que interpretam músicos de uma banda estão muito bem caracterizados e são: Billy Crudup e Jason Lee. Outros são: Frances McDormand, Noah Taylor e Philip Seymour Hoffman.

A trilha sonora é incrível com Led Zeppelin, Yes, Simon and Garfunkel, The Beach Boys, David Bowie, The Who, Cat Stevens.

Só não gostei de alguns clichês, apesar de não interferiram muito no ótimo filme. A cena no avião foi meio forçada e o final meio moralista, como o jargão "profundidade", com dizeres de "moral" de história, clichê americano desnecessário.

Quase Famosos ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original e 2 Globos de Ouro de Melhor Filme - Comédia/Musical e de Melhor Atriz Coadjuvante (Kate Hudson).

That's the way - Led Zeppelin


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Beijos, Pedrita