O filme se passa na Palestina, uma família de classe média alta acaba tendo que conviver com soldados israelenses em sua própria casa. E eles não falam o mesmo idioma. Os idiomas do filmes são árabe e hebraico.
Violação de Domicílio mostra, por uma metáfora, a insanidade desse conflito, a pouca lógica dessas guerras. Mas como tenho falo no meu blog há anos, não vejo lógica em nenhuma guerra. Outra questão que sempre ressalto fica igualmente clara em Violação de Domicílio. A mãe acha insano o pai não aceitar ir embora da casa invadida. Ele acha que por dignidade e honra, ele e sua família devem permanecer na casa mesmo vivendo de forma tão ruim e com tanto medo. Sempre falo que a mulher não compreende a guerra como o homem, que elas têm mais dificuldade de lutar e são desistem mais de conflitos.
O mais ilógico de tudo é que em uma explicação do pai porque ele acha que eles não devem ceder partindo, ele fala que os filhos ficarão com idéias distorcidas, que ficar sem destino poderá ser ruim para eles e que a luta sem armas é a saída. Mas nós vemos que ele está enganado, quando um filho, revoltado com a situação, se admira sonhando ser um soldado e se vingando de todos. Também ficamos pensando: ir para onde? abandonar tudo e ir viver onde? É um filme ambígüo, angustiante e complexo, mas muito bom.
Alguns do elenco são: Mohammed Bakri, Lior Miller. Hend Ayoub, Tomer Russo e Arin Omary. Violação de Domicílio é baseado em uma história real e ganhou prêmio da crítica no Festival de São Franciso que teve no júri o Marcelo Janot.