O que me impressiona em seus filmes são a quantidade de gente, nossa, é muito ator, personagem, até eu me perco. Imagino que como o cinema estava no começo, muitos aceitavam participar e ganhar pouco, porque se fosse o que se paga hoje em dia para cada personagem o filme seria caríssimo! Um casal chega fugindo em uma pensão perto da fronteira. Logo descobrem que o marido é um assassino procurado. A esposa resolve então contar a história deles, pra ver se as pessoas iam mesmo querer entregá-lo a polícia e ganhar a recompensa. Seus filmes são sempre a frente do seu tempo. A moça diz que já teve outros homens, mas agora é ele que ela ama.
O filme segue para o passado. O dono de um periódico é um mal caráter, bon vivant, engana as mulheres, os funcionários, a família, os credores, deve todo mundo, não paga ninguém. E explora todo mundo, sempre dá um jeito sem vergonha de fazer as pessoas pagarem pra ele o que quer que seja. Ele morre, o jornal está coalhado de dívidas. O safado tinha colocado como dele uma novela periódica Arizona Jim, escrita por um francês que nunca foi aos Estados Unidos. Os funcionários se juntam em cooperativa, passam a produzir o Arizona-Jim e mais uma infinidade de produtos, até vão fazer um filme e todos prosperam. Todos passam a ganhar com dignidade e o jornal paga suas dívidas. Adorei ser ambientado em um periódico, que o sucesso se dava pela história do Arizona Jim publicado em capítulos a cada semana, que as edições se esgotavam.
O safado do dono do jornal não tinha morrido e aparece. O elenco é numeroso. O casal fugitivo é interpretado por Renè Lefèvre e Florelle. O editor por Jules Berry. Alguns outros são: Nadia Sibirskaia, Marcel Levesque e Henri Guisol.