sábado, 4 de novembro de 2017

O Americano Tranquilo

Terminei de ler O Americano Tranquilo (1958) de Graham Greene da Coleção Grandes Sucessos da Abril Cultural. Esse livro veio dos inúmeros que minha amiga me repassou. Eu adoro esse autor que é fácil de achar em bibliotecas e sebos. Me desculpe o autor dessa capa, mas é pavorosa. Por ser jornalista, o autor viajou em vários países em momentos de conflitos, guerras, misérias. Às vezes, países que se tornaram grandes pontos turísticos no futuro, que passaram a ser prósperos, mas que quando tiveram o jornalista por lá estava em destruição e miséria.

Obra de Jackson Pollock

O Americano Tranquilo se passa na Indochina na época de Guerra da Indochina (1946-1954). Começa com a morte do Americano Tranquilo. Uma mulher vietnamita o espera. Um inglês e ela descobrem que o americano foi morto. O inglês começa a lembrar a história deles. Os dois homens são jornalistas. Fowler, o inglês, vai relembrando sua história com esse jornalista e essa vietnamita.

Obra Mirthday Man (1997) de Robert Rauschenberg

É muito interessante como Graham Greene mostra a imprevisibilidade e a tentativa que temos de organizar a vida para um futuro mais confortável. Pyle é O Americano Tranquilo. Ele acredita que é um melhor partido para Phuong. Fowler é casado na Inglaterra, o divórcio é algo quase inconcebível na época. Fowler quer muito, mas a esposa não autoriza. Fowler passa então sempre pedindo para ficar em países distantes para não viver com a esposa que não dá o divórcio. A irmã de Phuong e Pyle acham que o americano pode dar um futuro melhor a vietnamita, já que é mais jovem, livre e pode casar com ela. Graham Greene mostra toda a ironia de tentar planejar o futuro, ainda mais em tempos de guerra. 
Obra Verão na Cidade (1950) de Edward Hopper

Outro questionamento muito interessante do livro é sobre a imparcialidade no jornalismo. Os dois jornalistas, o inglês e o americano, vão cobrir a guerra. Fowler acha errado que eles venham a se posicionar, tomar partido. Mas ele mesmo se questiona se realmente é imparcial, já que a Inglaterra não tem interesse em saber como os vietnamitas estão, quantos morreram, e sim como os ingleses estão na guerra. Há dois filmes baseados nesse livro mas não lembro se vi.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Estrada Perdida

Assisti Estrada Perdida (1997) de David Lynch na Claro TV. Como eu amo esse diretor e esse canal traz alguns filmes dele. Surreal, nunca sabemos bem o que acontece. E que filme que aquece, confunde, desconcertante, atrai. Genial!

O protagonista é um saxofonista de um bar. A mulher não quer ir. No meio da noite ele liga pra a mulher que não está. Começa então cenas malucas, perdidas, confusas, absolutamente genial. Gosto do jeito quieto do diretor, das cenas silenciosas. E a trilha sonora é absolutamente maravilhosa com o tema principal cantada pelo incrível David Bowie, também tem Insensatez do Tom Jobim. Patrícia Arquette está deslumbrante. Ela faz dois personagens. O marido é interpretado por Bill Pullman.


Alguns outros do elenco são: Balthazar Getty, Robert Blake, Robert Loggia e Michael Maesse.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Cravo e Cantigas

Fui ao recital Cravo e Cantigas em Homenagem ao Mês das Crianças do Centro de Música Brasileira no Centro Britânico Brasileiro. Antonio Carlos de Magalhães tocou cravo e preparou um repertório com obras brasileiras para crianças, algumas de grandes compositores eruditos, outras várias anônimas com arranjos para o cravo. Gostei muito.

Crédito da foto: William Dias

Programa:

Anônimo com arranjo de Antonio Carlos de Magalhães:
Ciranda Cirandinha
Nesta Rua
Tutú Marambá
Boi da cara preta
Carneirinho Carneirão
Terezinha de Jesus
Capelinha de Melão
A barata diz que tem
Escravo de Jó
Samba Lelê
Com arranjo de Hudson Lacerda dedicado à Antonio Carlos de Magalhães:
Carnerinho Carneirão
Fui no tororó
Passa passa gavião

Alberto Nepomuceno (1864,1920)
Barcarola

Savino De Benedictis (1883,1971)
Suíte Ciranda Cirandinha                                                                    
Ária (Na Bahia tem...)

Andersen Viana* (1962)
Para as crianças : Suite 1
*Estreia mundial: dedicado à Antonio Carlos de Magalhães

Heitor Villa-Lobos (1887,1959)
Cae cae balão (Cirandinha nº6)

Fernando Cupertino
Variações sobre um tema infantil
Atirei o pau no gato

Osvaldo Lacerda (1927,2011)
Valsinha Brasileira

Na noite também tocou o jovem pianista José Artur Cunha de Souza. Que concentração. Muito bom também. O pianista tem somente 18 anos e vejam que repertório difícil que foi muito bem executado.

Programa:

Francisco Mignone (1897-1986) – Prelúdio nº 3 (do caderno de Prelúdios)

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
A Lenda do Caboclo 
Alma brasileira
Miudinho  (Bachianas Brasileiras nº 4)


Osvaldo Lacerda (1927-2011)
Duas Sonatas - Homenagem Scarlatti 
Oito variações e fuga sobre um tema de Camargo Guarnieri


Camargo Guarnieri (1907-1993) 
Improviso II 
Canção Sertaneja 
Dança Brasileira
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Aliados

Assisti Aliados (2016) de Robert Zewicks no TelecinePlay. O roteiro é de Steven Night. Tinha curiosidade em ver esse filme que não foi muito elogiado. Realmente demora para acontecer. A metade inicial é bem romântica e cansativa, quase larguei. Brad Pitt e Marion Cotillard interpretam espiões contra os alemães na Segunda Guerra Mundial. Eles se conhecem porque precisam fingir que são marido e mulher para praticar um atentado. Muito fake a cena deles namorando no carro no meio da tempestade de areia. Não teria como eles saírem, teria uma grande chance de morrerem sufocados. As areias se movem muito rápido, estavam cobrindo o carro que nem potente era. Mas eles voltam tranquilamente depois.

Eles realmente se apaixonam, ele pede autorização para casar com ela, que demora mas sai. Na segunda metade fica bem mais interessante.  Apesar do trailer, Aliados tem bem pouca ação, é bem parado e achei um pouco confuso também. Alguns outros do elenco são: Camille Cottin, August Diehl, Simon McBurney e Matthew Goode.
Beijos,
Pedrita

domingo, 29 de outubro de 2017

Grand Hotel - 3ª Temporada

Assisti a 3ª Temporada da série Grande Hotel (2013) no Mais Globosat. É a última temporada, vi com tristeza que ia terminar, já estou com saudades desses personagens. A temporada começa após uma bomba ter explodido no hotel e passamos a saber quem sobreviveu, mas não sabemos o que aconteceu. Os fatos realmente só ficamos sabendo perto do final dessa temporada.

Com inúmeras artimanhas, Diego (Pedro Alonso) é agora diretor e praticamente dono do Grande Hotel. Mas o passado dele e inúmeros segredos começam a aparecer.

Finalmente o filho bastardo do Alarcón recebe os seus direitos. Inúmeros acontecimentos o envolvem. Surge a melhor amiga de Alicia (Amaia Salamanca), Maitê (Megan Montamer). 

São muitos desdobramentos. Alicia é sequestrada, só mais para o final dessa temporada é que descobrimos quem foi e os motivos. O Detetive Ayala (Pep Anton Muñoz) e seu ajudante Hernando (Antonio Reyes) ficam muito atarefados com tantos segredos. Maitê é advogada e se junta a dupla de namorados para investigarem os crimes.

Javier (Eloi Azorín) acaba casando com a enfermeira que vai ajudar com os acidentados do atentado. Divertido esse casamento conturbado com a bela Laura (Marta Hazas). Muitos personagens aparecem interpretados por Lluís Holmar, Daniel Pérez Prada, Roger Coma, Guillermo Barrientos e Andrea Trepat.

O casal Sofia Alarcon (Luz Valdenebro) e Marquês Alfredo Vergara (Fele Martinez) continua tumultuado. Ela uma assassina, continua praticando crimes. Gostei muito do final que ficou tudo branco e preto como filme mudo e mostraram os finais dos personagens. Esse casal continuou aprontando na sociedade e se mantendo nela mesmo perdendo nobrezas e dinheiro.

Os posts de toda série estão aqui.

Beijos,
Pedrita