sábado, 9 de março de 2019

Myrian Muniz - Uma Pedagoga do Teatro de Marcelo Braga

Terminei de ler Myrian Muniz - Uma Pedagoga do Teatro (2013) de Marcelo Braga da Giostri Editora. Eu sempre adorei essa atriz que atuou intensamente ainda como educadora e diretora. O autor fala bastante do processo pedagógico dela, mas o livro acaba contando muito da trajetória da atriz.

Myrian Muniz e Gianfrancesco Guarnieri na peça La Moschetta (1967)

Eu conhecia pouco do início da carreira dela. O autor fala muito que o processo da pedagoga passava muito pelo cotidiano. Convidava o grupo para ir a sua casa, cozinhava, conversavam. Realmente tudo o que o autor dizia me lembrava o que tinha visto dela na televisão e no cinema. Algo visceral, cotidiano e profundo.

Não sabia que Myrian Muniz tinha sido diretora de musicais. Falso Brilhante de Elis Regina foi o seu primeiro trabalho, recebendo prêmios e elogios, e ficando um ano em cartaz. Muitos dos shows até então traziam o artista cantando somente. Com o trabalho de cena ampliaram o trabalho do músico e a receptividade do público. Depois foi chamada para dirigir vários shows. 

Filme Nina

Myrian Muniz fundou com Sylvio Zylber a Teatro Escola Macunaíma em 1974. Por ter começado a ser atriz em um período de enorme repressão, não só política, mas familiar, Myrian utilizou muito as teorias de Reich em seu processo, muito em voga na época. Mas o que realmente chamou a minha atenção e me reportava exatamente ao que tinha visto em atuação nela foi o observar o cotidiano e as atividades cotidianas.

Marcelo Braga conta um pouco do seu contato com Myrian Muniz. Foi curioso saber que para ele, Myrian era a tia da amiga dele quando ele tinha 18 anos. Só depois é que foi conhecer mais do trabalho dela e passar a trabalhar com ela. Foi aluno de Myrian Muniz antes de ingressar na EAD. É possível perceber o quanto ela torcia e acreditava no trabalho dele.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 6 de março de 2019

Distúrbio

Assisti Distúrbio (2018) de Steven Soderbergh no TelecinePlay. Fui ver os filmes disponíveis no tema suspense e terror e resolvi ver esse. É um bom filme, meio improvável, ou muito impossível, mas tem um roteiro central interessante.

Uma jovem mudou de cidade, está em um emprego, resolve procurar ajuda em um hospital para jovens que sofreram assédio. Ela gosta de quem a atende, pergunta se pode agendar outras sessões de terapia com ela, recebe um questionário, responde, assina e é internada, isso mesmo, internada. Ela começa a dizer que o assediador trabalha no hospital. Eu comecei a achar que talvez tudo fosse delírio dela, que ela estivesse mesmo com problemas mentais e a forma como foi internada fosse ilusão da sua cabeça.

Um interno diz a ela que é assim que o hospital sobrevive. Que ela ficaria só 7 dias internada, porque é o máximo que o plano de saúde cobre. Que se ela se comportasse em 7 dias estaria livre. Eu achei meio estranho o hospital conseguir agir tão descaradamente dessa forma com os pacientes, mas enfim. Era um hospital fachada para roubar dinheiro dos planos internando as pessoas com artimanhas e deixando-as inacessíveis. Achei meio estranho que nada acontecia. Inclusive ela se afasta sem justificativa nenhuma do trabalho, a clínica pode ter avisado, sai e retoma tranquilamente ao trabalho que ela mal tinha começado. A jovem é interpretada por Claire Foy.  O interno por Jay Phoroah
O psicopata por Joshua Leonard. June Temple interpreta outra interna. Amy Irving faz a mãe da protagonista. Matt Damon tem uma pequena participação.

Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de março de 2019

Jurassic World: Reino Ameaçado

Assisti Jurassic World: Reino Ameaçado (2018) de J. B. Bayona no TelecinePlay. Uma hora eu ia ver esse filme, mas quando a Liliane do Paulamar fez um post antecipei pra ver. Vou ler agora o post dela. Eu tinha gostado do anterior. Esse é bom, tem um roteiro central muito interessante, mas forçam demais, furos demais, muito longo. Uma edição mais apurada e uma retirada de exageros e erros fariam o filme bem mais interessante.

Um grupo procura os antigos especialistas do parque dos dinossauros. Há um vulcão que vai matar todos os dinossauros na ilha. Esse grupo prepara o salvamento de alguns. Continuam na trama os personagens de Chris Pratt e Bryce Dallas Howard. Gostei muito dos dois jovens que vão ajudar no salvamento: Justice Smith e Daniella Pineda. Esse Jurassic World é bem trágico e pesado. Dificílimo ver o sofrimento dos dinossauros. Quando o grupo está fazendo o salvamento eles descobrem que era uma cilada, conseguem voltar escondidos nas embarcações. Muito mal feita e nada engraçada a cena do protagonista grogue com o remédio tentando fugir antes da lava pegar o pé dele. Os gases que o vulcão emite, o calor do local, matam muito antes da lava tocá-lo. Ele não conseguiria nem acordar entorpecido com os gases e o calor. 
Os dinossauros seguem para a mansão do senhor que ia salvá-los que é igualmente engando e assassinado, interpretado por James Cromwell. Muito pesada essa cena, a neta vê o assassinato. Uma graça a atriz que faz a menina, Isabella Sermon. Nesse núcleo está ainda a personagem da Geraldine Chaplin que simplesmente desaparece da trama. Ela é mandada embora mas tem uma relação direta com a menina, não iria embora assim. Acho que o filme ficou muito longo e na hora de cortar, deixaram o que era mais chato e cortaram o mais necessário. Deixaram a cena insuportável e longa do dinossauro vilão perseguindo os mocinhos, eita cena que não acaba e chata. Alguns vilões foram interpretados por Toby Jones, Ted Levine e BD Wong.

Eu sofri demais com o sofrimento dos dinossauros, primeiro na ilha, depois enjaulados, não vi como filme de entretenimento, não me diverti, só queria que os dinossauros se salvassem. Alguns poucos conseguem se salvar e se espalham na terra. O filme termina dizendo que nós teremos que conviver agora com os dinossauros deixando claro nova continuação. Provavelmente novamente de muito sofrimento e zero entretenimento.

Beijos,
Pedrita