Assisti Sarajevo (2014) de Andreas Prochaska no Max. Esse filme austríaco foi feito diretamente para a televisão e relata os eventos anteriores a Primeira Guerra Mundial. O roteiro é do austríaco Martin Ambrosch. O título original é Das Attentatt. Um arquiduque e sua esposa são assassinados em Sarajevo. Um policial é contratado para investigar. Ele estranha que um assassinato tão importante seja designado para um único policial. E aos poucos começa a perceber o motivo. Na verdade já haviam decidido deflagrar a guerra contra a Sérvia e manobraram o fato para realizá-lo.
Sempre que ele volta de investigações, percebe que eles descobriram o que ele não descobriu, escreveram em seu nome relatórios que ele não escreveu. Começam a condenar a forca muitos sérvios na ausência dele. Para piorar a situação desse policial, ele é judeu que já eram perseguidos na época e amigo de uma sérvia. O filme é muito bem realizado, bonito esteticamente, bem feitas as difíceis tramas. Gostei muito. O policial é interpretado por Florian Teichmeister. O médico por Heino Ferch.
Assisti Eu (1987) de Walter Hugo Khouri no Canal Brasil. Eu adoro esse diretor e sempre quis ver esse filme. O elenco é incrível. Tarcísio Meira mais lindo que nunca. Ele é um ricaço, muito trabalhador, que vive com duas mulheres interpretadas por Nicole Puzzi e Monique Lafont. Ele é um sedutor.
O filme Eu fala muito de incesto. O protagonista tem desejo pela filha interpretada por Bia Seidl. Uma de suas atuais mulheres diz que deseja também o seu pai. Ele viaja com as duas mulheres para passar o reveillón na casa de praia. Linda a casa, a locação é em Angra dos Reis. Sua filha aparece sem avisar com uma amiga interpretada por Christiane Torloni. Lá há uma turma de empregados. A bela governanta e outros funcionários. O protagonista convida outra mulher interpretada por Monique Evans.
O figurino é um personagem à parte. Na década de 80 os figurinos eram muito exagerados. Alguns outros que participam são Sonia Clara e Walter Foster.
Assisti Contra à Maré (2013) de Christophe Offenstein no TelecinePlay. Esse filme foi feito diretamente para televisão. Eu não pensava em ver esse filme, mas tinha adorado esse ator, François Cluzet, em Intocáveis. Eu achei que ia acabar não vendo o filme todo. O personagem de Cluzet está em um pequeno barco sozinho, é uma competição de dar a volta ao mundo. O dono do barco teve um acidente e não pôde ir, então ele vai no lugar dele e está indo muito bem.
Ele tem um problema e precisa parar para consertar, Os competidores mesmo que fazem tudo, a base até orienta, médicos, técnicos, mas o regulamento exige que eles façam tudo sozinhos. Quando ele volta, um tempo depois, ele descobre que há um menino no barco e isso é contra o regulamento. O filme todo é muito interessante, bem realizado, fiquei ligada até o fim. O menino é interpretado brilhantemente por Samir Seghir. Alguns outros do elenco são: Virginie Efira, Guillaume Canet, Karine Vanasse, Dana Prigent e Arly Jover
Fui ao show da Banda Eddie no Sesc Pompeia. A apresentação era para o lançamento do novo CD Morte e Vida. Gostei muito! A banda toca vários ritmos, em destaque o surfrevo, mistura ritmos de Recife e do Caribe. As músicas que gosto mais são: Queira Não, Quebrou, Saiu e foi ser só e Tentei te ligar. A Banda Eddie é formada por Fábio Trummer Aleixo - Voz e Guitarra Alexandre Barreto - Voz e Percussão Roberto Gonçalves Meira - Baixo Ricardo Gonçalves Meira - Bateria André Guedes Alves de Oliveira - Teclados, Trompete e Samples Fábio Trummer Aleixo contou no show que a banda tem duas músicas no filme Que Horas Ela Volta? de Anna Muylaert que vem ganhando muitos prêmios em festivais e deve estrear no Brasil, talvez em agosto. Tenho acompanhado muitas matérias e quero muito ver.
Foto de Bruno Guerra
Assisti Lucy (2014) de Luc Besson no Telecine Play. Eu quis ver esse filme porque adoro a Scarlett Johansson e o diretor, mas tinha pouca expectativa. O filme me surpreendeu, gostei bastante do tema central. O 007 quis muito ver o filme e tinha alta expectativa, achou decepcionante porque tem muitos furos. Achou que o diretor desperdiçou uma ideia boa, ou aproveitou mal uma boa ideia.
Sim, tem muitos furos, mas a trama central é muito boa. Uma mulher é envolvida com tráfico de drogas, dopada e colocam nela uma droga nova para levar para a Europa. Outros 3 homens passam pelo mesmo processo. Presa ela é agredida, o saquinho explode e ela começa a aumentar a capacidade do cérebro. Em paralelo Morgan Freeman dá palestras sobre o percentual do cérebro que usamos, 10%. Os golfinhos usam 20%. E ele diz que não sabemos o que acontece se usarmos mais capacidade. O início é meio chato, mas depois pega um ritmo muito interessante. Essa mulher procura esse homem, porque ela sabe que vai morrer logo. É bem interessante o que o diretor cria com a capacidade maior do cérebro.
Alguns outros do elenco são: Choi-min-sik e Amr Waked. Não é um grande filme, mas a temática é muito interessante.
Terminei de ler Como se faz humor político de Henfil da Kuarup. São depoimentos feitos a Tárik de Souza. Essa linda edição comemora 30 anos da primeira edição. Adorei! Incrível como é atual! Sempre fui fã da inteligência do Henfil, dos seus desenhos e fiquei mais fã ainda. O incrível é que não se faz humor político, segundo Henfil, o humor pode ser político ou não, é o humor que acontece, não o que se faz.
No livro há alguns cartuns de Henfil. Ele conta que dificilmente o resultado é o que imaginou, que os personagens ganham vida própria. Que ele queria um que incomodasse, mas as mulheres adoravam. Outro era para agradar as mulheres que odiavam, mas agradava quem ele não imaginava. Muito engraçado quando ele fala que muitos confundem os cartunistas. Que chegavam pra ele falando de um cartum ou personagem do Paulo Caruso e diz que devem fazer o mesmo com os outros. Também engraçado quando ele diz que tem gente que fala rindo de um cartum que ele não fez. É o personagem dele, mas ele não escreveu aquele. Henfil parecia adorar quando os seus personagens ganhavam vida própria. Ele critica o fato de adorarem dizer que só agora tem bons humoristas, o humor estava escondido. Ele acha tudo isso uma mentira. Que sempre tiveram e vão ter bons músicos, cartunistas, é que gostam de repetir isso.
No prefácio Sergio Augusto imagina como seria hoje o Henfil no mundo do politicamente correto. Acho que se sairia muito bem. E no livro o Henfil fala para o Tárik que escreviam pra ele, mas que eram sempre os mesmos. Com a velocidade da internet ele ia falar com gente muito inusitada, de vários lugares, mas também ia sofrer duros ataques. É muito interessante como ele acaba falando do humor. Ele diz que não perde um amigo por uma piada, que se faz guarda, e que também não prejudica quem já é prejudicado. Ele cita o exemplo da Roberta Close, em voga na época. Que se ele brincasse com ela, poderia promover um aumento de perseguição aos travestis, o que já acontecia na Ditadura Militar. Incrível como ele mesmo sendo politicamente incorreto muitas vezes, ele preservava as pessoas. Ele brinca que mulheres não são minoria, e é fato, mas que ele não fará algo que venha a prejudicá-las ainda mais. Essa consciência e respeito é fantástico. Amei o livro!