sexta-feira, 22 de março de 2024

Marcel The Shell With Shoes On

Assisti a animação Marcel The Shell With Shoes On (2021) de Dean Fleischer Camp no TelecinePlay. Eu descobri por um acaso. Adorei o pôster e resolvi ver! Que filme original e genial!

A animação é em stop-motion. O filme é feito como se fosse um documentário e é tão bem feito que a gente até começa a acreditar. Um cineasta aluga uma belíssima casa e lá conhece Marcel e sua avó. Resolve fazer um documentário com Marcel que vai contando como é sua vida. Ele é uma concha de sapatos.

Marcel vive com a avó. Ela conta que quando uns moradores foram embora, os alimentos foram acabando. Então ela aprendeu na biblioteca como cultivar seus próprios alimentos, Marcel aprende com ela. Viviam mais parentes com eles, mas na mudança anterior eles foram na mala. Me emocionei muitas, mas muitas vezes!

No documentário o diretor colocava curtas no youtube. E no IMDB tem os curtas. Foram feitos curtas de grande sucesso, pelo jeito ele fez então o documentário depois.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 20 de março de 2024

No Ano Que Vem

Assisti a série No Ano Que Vem (2024) no Canal Brasil. Eu tinha visto entrevistas, gosto demais da Júlia Lemmertz, também adoro a diretora, a Maria Flor, resolvi ver. Que série! Inesquecível! São 5 episódios. O excelente roteiro é de Marcia Leite e Manoela Bernardi.

Julia Lemmertz é Ana. Ela contrata Isabel, Jennifer Dias, para organizar a festa de Revéillon. As duas arrasam. Ela se dão muito bem e tem mais dois encontros casuais, assim vão ficando melhores amigas. A série começa e termina em um Revéillon, passa em um único ano absurdamente intenso pras duas.

Ana descobriu um câncer de mama um pouco antes do Ano Novo e vai fazer cirurgia da retirada do tumor. Ela é casada, Iso Ghelman, em um casamento morno, são dois amigos. Ele é muito parceiro e amigo, mas só amigo. Então ela decide encerrar o casamento após a cirurgia. Ela fala que sabe que há anos ele tem um relacionamento com outra pessoa, mas ele continua insistindo na relação. Ela é uma médica muito bem sucedida, tem uma clínica de fertilização e uma vida financeira muito confortável.
Isabel quer trabalhar com gastronomia, enquanto não acontece tem uma infinidade de sub empregos. Ela é casada com Caio, Bernardo Marinho, há 7 anos. Ele é dependente de drogas. Ela tem um aborto espontâneo sozinha, e é na recuperação que tem o segundo encontro casual com Ana. Gostei muito que Isabel decide ir pra Paris trabalhar com gastronomia, ela recebe um convite importante. Foi uma decisão difícil, mas acho que pensou bem. O namorado passa o ano em diferentes clínicas de recuperação. Ela está sempre sozinha em seus dilemas e comemorações. Não tinha porquê abandonar seu sonho por um romance que ela estava sempre sozinha, em uma solidão a dois.
O ex é insuportável de Ana, ele faz um inferno querendo voltar, querendo que ela venda o luxuoso apartamento e divida por dois o valor. Até que descobrimos que o apartamento sempre foi da família dela. E ela fala pra ele ver um valor pra comprar um apartamento, que ela paga. A filha, Duda Batsow, é outra moralista. Está fora do país, e só liga pra pedir dinheiro ou acusar a mãe. Quando a mãe passa por um grande drama, e entra em depressão profunda, me emocionei com as pessoas que aparecem pra dar força nos personagens de Eduardo Moscovis e Georgiana Góes. Isabel nunca abandona a amiga e Ana nunca abandona Isabel. Um dos romances de Ana é com Lucas, João Oliveira.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 18 de março de 2024

A Candidata Perfeita

Assisti A Candidata Perfeita (2019) de Haifaa Al-Mansour no TelecinePlay. Tem um tempo que vejo o pôster desse filme em drama, mas por ser da Arábia Saudita, um país opressor às mulheres, relutei muito. Que filme corajoso!

Para entender o contexto, a Arábia Saudita é o país que recentemente permitiu que as mulheres dirigissem carros. A protagonista é médica, essa aí só com os olhos descobertos. Corajosa ela estudar medicina em um país tão machista. Muitos pacientes se recusam a ser tocados por ela, mesmo ela sendo a única médica do posto. E passam a ser atendidos por enfermeiros. Malala comentou que a burca é uma vestimenta recente, que surgiu com o obscurantismo religioso e o desejo de poder dos homens em oprimir, controlar e dominar as mulheres. Pela cultura, elas sempre usaram véus, mas tudo, inclusive as roupas, eram coloridas. Com a opressão, as vestimentas passaram a ser pretas ou marrons e só o olho fica descoberto. A personagem usa outro nome pra essa parte que só deixa o olho descoberto. Ela está arrasada porque não consegue que o poder público arrume a chegada no posto que é um lamaçal só. As pessoas que carregam as macas se afundam na lama, as cadeiras de rodas não rodam.
Ela consegue uma licença para ir em um congresso em Dubai. No aeroporto o visto tinha que ser eletrônico, não mais manual. O pai dela é músico e está em turnê. Ele é o guardião dela. Ela vai atrás de um primo, pra ser atendida por ele se candidata a uma vaga política. O primo não pode fazer o visto, só mesmo um guardião mais próximo, irmão, marido. Ela perde a passagem e o congresso e resolve se candidatar a revelia do pai e das irmãs. As mulheres não podem se dirigir diretamente aos homens. Ela só pode fazer campanha para as mulheres. A maioria não vota, uma fala que o marido vai matá-la se ela votar. É nesse meio caminho que ela tira aquele véu que só deixa os olhos. Mila Al Zahrani está incrível e só de ser atriz em um país desse já é maravilhoso! Subverter o obscurantismo é maravilhoso! Parabéns à diretora e sua coragem! Quero ver todos os outros filmes que ela dirigiu.
O pai é músico, a família é de músicos. Ele finalmente conseguiu uma autorização do governo para ir em uma turnê com a banda pra fazer os shows. São ameaçados o tempo todo porque os mais radicais acham que a música teria que ser proibida. 

Beijos,
Pedrita