O roteiro ficou todo embolado, eu mesma que li recentemente o livro e tinha visto a minissérie em 2010 tinha que quebrar a cabeça para lembrar da genealogia dos personagens. As paisagens eram lindas, mas a limpeza excessiva foi demais. Na época da Ana Terra tudo era limpo demais, dentes muito brancos, roupas limpas. Mas o que mais me incomodou mesmo foi o gloss na personagem da Ana Terra e na do filho, a sombra dourada e o rímel da Ana Terra. Também me incomodou na atualização óbvia da minissérie. Foi Glória Pires que interpretou a Ana Terra, pensaram então na filha, na Cléo Pires, mas eu particularmente preferiria outra atriz já que a Cléo Pires tem várias interferências estéticas atuais que não combinavam com a vida rústica daquele tempo. Ainda me incomodou o lado indígena da Ana Terra, quando quem é o índio é o seu amado. Gostei de ter trechos das missões.
Outro ator que lembra muito o Tarcísio Meira é o Thiago Lacerda. Ele estava bem como o Capitão Rodrigo, mas acho que o diretor quis homenagear o Tarcísio Meira e fez o Thiago Lacerda imitar exatamente os gestos do Tarcísio Meira. Ficou esquisito. O elenco é excelente, linda a Marjorie Estiano como a Bibiana. Fernanda Montenegro faz a Bibiana idosa. Estão no elenco ótimos atores: Leonardo Medeiros, Luiz Carlos Vasconcelos, Paulo Goulart, Mayana Moura, Marat Descartes, José de Abreu, César Trancoso e Vanessa Lóes. Outros do elenco são Rafael Tombini, Ígor Rickli e Rafael Cardoso. Apesar de gostar de quadrinhos, não me identifiquei com a abertura melodramática. O melodrama foi o tom de O Tempo e o Vento, como tudo tinha que ser corrido e em pequenas pinceladas, só as cenas dramáticas tinham mais lágrimas, dramalhão e tempo.
Beijos,
Pedrita