sábado, 30 de outubro de 2021

O Hóspede Americano

Assisti O Hóspede Americano (2021) de Matthew Chapman na HBO, Go e Max. Eu queria tanto ver que coloquei pra gravar. O horário de exibição do primeiro era péssimo, 23h. Eu não tenho SmartTV e o Now funciona pessimamente. Está muito pior agora que o streaming está mais forte. A gravação picotava e demorou um tempão pra entrar no Now o primeiro, o último até hoje não entrou, então baixei o HBOMax e vi por lá o último. O 007 disse que quem tem a Net Claro com esses canais não paga no streaming. Não li nada sobre isso, vou aguardar pra ver se é isso mesmo. Mas por enquanto só estou vendo o que não tem no Now da Net Claro.

A série tem só 4 episódios incríveis sobre a expedição de Marechal Rondon para mapear um rio. Chico Diaz interpreta Rondon magistralmente. Rondon era descendente de índios, preferia morrer a matar. Todo o elenco é incrível: Claudio Jaborandy é o médico, outros do grupo do Rondon foram interpretados por Theodoro Chrocane, Michel Gomes e João Côrtez
Theodore Roosevelt junta-se a eles na expedição. Ele tinha acabado de perder a eleição. O filho (Chris Mason) vai junto. Os dois já tinham ido em um Safari na África. A série conta um pouco também de Roosevelt. Quando foi presidente ele transformou várias regiões em reservas florestais como o Grand Canyon, contrariando mineiros e industriais. Era um amante da natureza como Rondon. Em uma entrevista na internet Aidan Quinn disse que queria um trabalho que o desafiasse e que ficou muito entusiasmado de participar da série e de interpretar esse personagem e que foi muito desafiador gravar na floresta. Nesse grupo ainda estão os atores Trevor Eve e Gene Jones. Dana Delaney interpreta a esposa de Roosevelt.
A expedição durou cinco meses. A série foi gravada na Chapada dos Guimarães (a 60 km de Cuiabá) e na Alta Floresta (a 789 km de Cuiabá).





Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Isabelle

Assisti Isabelle (2018) de Robert Heydon na HBO Go. Esse é daqueles que só quem gosta do gênero gosta porque é mais ou menos. O pôster é assustador mas está certíssimo, bem o filme mesmo.
 

Um casal (Amanda Crew e Adam Brody) muda-se para uma simpática casa. Diferente desses filmes, a casa é aconchegante e simpática. A casa assustadora, mesmo sendo igual do lado de fora, é a casa das vizinhas, e põe assustador nisso.
Mesmo não sendo um grande filme, o roteiro de Donald Martin é bom, tem umas surpresas bem interessantes. E gostei que não tentam ser coerente nas regras do gênero, algo improvável acontece, mas muito convincente e angustiante. A jovem vizinha é interpretada por Zöe Belkin e a mãe por Sheila McCarthy. O padre por Dayo Ade. Engraçado que nesse o padre não consegue ajudar em nada, é um espiritualista que ajuda.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

O Dia de um Escrutinador de Italo Calvino

Terminei de ler O Dia de um Escrutinador (1963) de Italo Calvino da Companhia das Letras. Você sabe o que é um escrutinador? Eu também não sabia, no dicionário diz que é aquele que vigia os votos. Comprei esse livro em um sebo, adoro essa edição da Companhia das Letras desse autor, tenho alguns, outros li de uma biblioteca.

O marcador de livros são ilustrações de Pablo Picasso que uma amiga trouxe da França.

O vaso de porcelana foi minha mãe que pintou.

A Torre Vermelha (1913) de Giorgio de Chirico

Como o livro é o dia de um escrutinador em uma votação na Itália, achei que a obra não ia me agradar, mas Calvino é sempre surpreendente. O escrutinador vai trabalhar em um convento. Ele é comunista e mostra como os conservadores conseguiam mais votos com doentes e religiosos, muitos incapazes de votar e sendo conduzidos pelo acompanhante. Muito engraçado as freiras que se incomodam com o papel do voto. O escrutinador explica que o papel era barato e de má qualidade, então era imperfeito, e que era comum a freira sair da cabine se recusando a votar porque o papel não era totalmente perfeito.
Natureza Morta (1950) de Mario Bardi

No meio do dia, o escrutinador tem um tempo para descanso e lanche e vai para casa. Lá ele tem por telefone um desentendimento com sua namorada. É muito interessante como o autor coloca esse relacionamento, como o protagonista muda de ideia, mas com o telefone ocupado repetidas vezes volta ao estado anterior. Que autor inteligente!

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

A Guerra das Correntes

Assisti A Guerra das Correntes (2017) de Alfonso Gomes-Rejon na HBO Go. O roteiro é de Michael Mitnick. É sobre as invenções da eletricidade, inicialmente descobertas por Thomas Eddison e George Westinghouse. Depois surge mais um inventor, Nikola Tesla. É um filme dificílimo de ver, cheguei a pensar que seria interessante assistir pra conhecer a história, mas até pra maiores de 18 anos acho difícil. Pessoas sensíveis talvez não consigam ver. É um filme pra quem tem coragem. Tive que me esforçar pra ver até o fim.

Thomas Edison era um gênio, tanto que criou várias outras invenções, mas tinha um ego absurdo. Tudo tinha que ter o nome dele, amava dar coletivas, fazer exibições para grupos, tanto que é lembrado até hoje.
Westinghouse era genial, mas sua invenção ficou ligada a eletricidade. Ele soube se unir a Tesla (Nicholas Hoult) e ampliar seus descobrimentos. Interessante que os dois tinham esposas  inteligentíssimas (Tupplence Middelton e Katherine Waterston). Não sei como Edison tinha tempo para outras invenções porque ele passa boa parte do tempo tentando destruir a invenção de Westinghouse, provando que era perigosa. E pra provar isso ele faz absurdos. Depois ele escondido aceita orientar um homem a montar a cadeira elétrica da pena de morte. Um horror! Que homem horrível! Benedict Cumberbatch está impressionante como Edison. 

As invenções interessavam muito. Acho bom ver obras pra entender como era antes da eletricidade. Estamos muito mal acostumados de ligar uma lâmpada e ter eletricidade. E como os inventos promoveriam aumentos econômicos e industriais, são muitos patrocinadores entre empresários e banqueiros. Ainda estão no elenco Mathew Macfadyen, Stanley Thousend, Tom Holland e Domenic  Coleman.

Beijos,
Pedrita

domingo, 24 de outubro de 2021

Fanny Owen

Terminei de ler Fanny Owen (1979) de Agustina Bessa Luís da Guimarães & C. Editores. O Geocrusoé me apresentou essa autora e comentou a obra aqui. Quando um amigo esteve em Portugal trouxe essa edição de um sebo. A autora foi procurada pra escrever os diálogos para um filme de Manoel de Oliveira, é muito difícil localizar no Brasil os filmes desse diretor pra assistir. Depois a autora quis escrever o livro em cima do que pesquisou, com a visão dela sobre os fatos. Um dos personagens é Camilo Castelo Branco e os diálogos são praticamente o que ele escreveu como ela conta no prefácio.

O marcador de livros é presente de uma outra amiga que trouxe da França. É com um pedaço da obra Le Baiser de Rodin do Museu Rodin de Paris.

A porcelana minha mãe que pintou.

Camilo Castelo Branco e um amigo conhecem as irmãs Owen. Os dois não tem a intenção de se casar na vida, mas isso não os impedem de estragar a reputação das duas jovens. Eles não tem nada a fazer da vida. Camilo ao menos escreve, mas os dois não precisam trabalhar e sempre tem alguém que faça tudo por eles, se fosse costume até comida na boca receberiam. Os dois sabem as regras sociais, mas mesmo assim visitam diariamente as moças, escrevem cartas românticas. Mudam de uma pra outra como bem entendem. Até que o amigo foge com uma e estraga de vez a reputação das duas. Assim que foge perde o interesse e Camilo ajuda a estragar o interesse mostrando cartas que trocou com a jovem. Ficam disputando sem querer vencer a disputa, sem querer casar, sem pensar nas consequências sociais para as mulheres. O amigo casa com Fanny sem desejar. A irmã também não consegue fazer um bom casamento já que a reputação das duas com a fuga da outra foi destruída. É um livro bem deprimente.
 
Beijos,
Pedrita