A protagonista é a primeira bailarina na Rússia. Um acidente a faz abandonar a profissão. A dor dela por ser fisicamente impedida de seguir a profissão dos seus sonhos é de cortar o coração. Atualmente a tecnologia permite com quase perfeição juntar os movimentos de uma grande bailarina com a da atriz. Ficou muito bom. A protagonista sempre teve uma vida difícil, mesmo amando o balé, além dos exaustivos ensaios, ela cuida da mãe doente. Jennifer Lawrence está incrível. Ela é uma mulher forte, determinada. Logo no começo há um momento de insinuação de assédio. É um filme muito atual e feminino.
O tio percebe a vulnerabilidade da sobrinha. Sem trabalho, ela tinha o apartamento pago pelo balé e os tratamentos da mãe. Ele oferece então a possibilidade dela se tornar agente secreta. Não há muito opção. O treinamento é monstruoso, a treinadora é interpretada pela incrível Charlotte Rampling.
Os filmes recentes de espionagem são bem mais próximos da realidade e podem ser muito violentos. Da metade pro fim beira quase o insuportável, mas vale a insistência, ótimo roteiro. É muito intrincado, difícil mesmo de acompanhar tantos desdobramentos, mas muito bom. Gostei do texto do Jeremy Irons sobre o poder que os sistemas fazem das pessoas, ele fala dos russos, mas a espionagem americana não é menos violenta. E igualmente manipula as pessoas. Ela passa a contracenar com o personagem de Joel Edgerton. O elenco todo é muito bom: Jeremy Irons, Matthias Schoenaerts, Mary Louise Parker, Ciáran Hinds, Joely Richardson, Bill Camp e Douglas Hodge.
Beijos,
Pedrita