sábado, 29 de outubro de 2016

The Walking Dead - 2ª Temporada

Assisti a 2ª Temporada da série The Walking Dead (2011) de Frank Darapont no Now. Essa série é exibida na Fox. Eu tinha gostado muito da primeira que comentei aqui, logo emendei a continuação. Como disse a Patry do blog Marion que me indicou a série e não gosta do gênero, o roteiro é muito bom, concordo plenamente. Assisti essa temporada no furor de comentários dos novos capítulos da temporada 7.

Esse tem 13 episódios de mais ou menos meia hora cada um. O primeiro tinha só 6. Acho que queriam ver a receptividade, afinal uma trama com zumbis poderia não emplacar. Mas como disse, o roteiro é bom e não só emplacou como é muito comentada e cultuada. Eu tenho adorado. Nessa segunda temporada, eles seguiram por uma estrada até só ter carros parados. Ficaram um tempo para pegar combustível. Até que o filho do Rick foi baleado e o homem que atirou o leva para uma fazenda. O Rick é interpretado muito bem por Andrew Lincoln, fiquei fã desse ator e do personagem. O filho que está na adolescência e chatinho é interpretado por Chandler Riggs. Na fazenda eles ficam até o final dessa temporada. As indústrias de armas e automóveis deve amar essa série. Eles pegam muitos carros potentes, falam muito de armas e munição já que precisam matar zumbis. Comercialmente deve ser bem rentável. Também fica claro a diferença cultural entre Brasil e Estados Unidos. A forma como usam arma sempre me assusta. Relutam pouco e logo aceitam ensinar praticamente uma criança a atirar. Entendo que precisavam se proteger, mas na fazenda eles estão mais protegidos, não tinha porque ensinar tão cedo. Ou quando a mãe da Sophia, interpretada por Melissa McBride, julga o garoto só porque ele não acredita que há um céu. E pior, vai se queixar com os pais do menino, como se não soubesse lidar com a opinião diferente de uma criança. Acho essa personagem muito chata e egoísta. Não é falta de respeito, nem grosseria, não acreditar em céu. É só uma opinião diferente.

Eu  não gostei do dono da fazenda, mas a Patry disse que gosta e que os personagens mudam muito o tempo todo. Ele é interpretado por Scott Wilson. Pode ser, mas nessa temporada ele é egoísta. O grupo se muda para a fazenda, mas mora do lado de fora da casa enorme em acampamentos. Nem o Rick e a família ele coloca para dentro, mesmo tendo uma criança no meio e se relacionando bem com eles. Adorei a personagem que é filha desse fazendeiro, Maggie, interpretada por Lauren Cohan.
No começo são poucas baixas no grupo, como no anterior, no final são sempre muitas mortes. Devem ser  por vários motivos, deixar a série dinâmica mudando os atores, mas alguns não querem continuar ou não podem por outros compromissos. Agora eu já percebi que alguns atores ficam quase de figuração e que esses em geral morrem antes de mudar a temporada. Foi o caso de duas pessoas da fazenda. A mulher do Otis e um garoto. Eles apareciam ao fundo em cenas com o dono da fazenda, mas praticamente não tinham falas. O mais jovem inclusive morre meio de burrice, foi meio mal feito, ele estava acostumado a lidar com os zumbis, estranho não ter saído com o trailer. Eu imagino também que alguns atores sejam mudados por falta de ibope.

Além da trama dos zumbis a história das relações é muito bem feita. Há muitos conflitos difíceis de administrar. Desde o começo achava o personagem do Shane mau caráter, interpretado por John Bernthal, mas ele se supera nessa temporada, parecia ter prazer em matar. E era um mentiroso compulsivo. Todas as histórias dele eram mal contadas. Muito bem feita também a dúvida sobre a paternidade do filho da Lori, interpretada por Sarah Wayne Callies. Como não há mais teste de DNA, a dúvida será constante. Excelentes textos sobre o fim da humanidade, quando começam a perder os princípios básicos. Esse tema é muito debatido no livro Ensaio sobre a Cegueira do José Saramago. Quando as pessoas começam a perder o mínimo para sobreviver, começam a beirar a monstruosidade e achar justificativas para a maldade. Gostei tanto que já estou vendo a terceira. O bom é que mudam completamente em cada temporada.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Z for Zachariah

Assisti Z for Zachariah (2015) de Craig Zobel no TelecinePlay. Estava na dúvida se escreveria sobre esse filme. Não me identifiquei com o nome no Brasil, Os Últimos da Terra. O cartaz é um spoiler. O roteiro é baseado no livro de Robert C. O´Brien.
Uma mulher está com roupas para proteger da radiação, mas na fazenda onde vive não precisa. Ela é interpretada pela bela Margot Robbie. Ela então vê o personagem do Chiwetel Ejiofor e ele passa a viver na fazenda também, inicialmente porque está doente.  Adoro esse ator. Eles começam a ter uma bela relação de amizade e aproximação afetiva. O mundo sofreu uma catástrofe de radiação e a fazenda tem alguns lugares protegidos. Até que chega o personagem do Chris Pine. Desconfiado, o que já está na fazenda pede que ela não confie no que chegou, que nada sabem sobre ele. Mas ela também nada sabe sobre esse que chegou. O final é bastante dúbio, fica no ar, mas o mais provável é que entendemos muito bem o que aconteceu. Ainda não sei o que dizer sobre esse filme.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O Escaravelho do Diabo

Assisti O Escaravelho do Diabo (2016) de Carlo Milani no TelecinePlay. Eu quis muito ver esse filme quando estreou nos cinemas, é baseado no livro juvenil de Lúcia Machado de Almeida que tanto ouvi falar. É bonitinho!

Fiquei angustiada com o abandono do protagonista. A mãe foi ao exterior para uma feira de flores a trabalho. Um dia ele liga inúmeras vezes pra mãe que não atende. Ele está em uma casa lindíssima com o irmão mais velho, que claro, vivem as turras. A empregada também é grosseira, maltrata o garoto. Até que o irmão é assassinado com uma espada e o irmão jura descobrir o assassino. O menino é interpretado divinamente por Thiago Rosseti. O irmão por Cirillo Luna. Depois que o irmão é assassinado a mãe aparece no enterro e depois em casa em estado de choque. O menino continua solitário.

O policial é interpretado pelo Marcos Caruso e sua esposa pela Selma Egrei. Adoro esses dois atores. Gosto muito também do ator que faz o padre Jonas Bloch. Tem outros atores que gosto muito: Bruce GomlevskyLourenço Mutarelli, Regina Remencius, Felipe de Carolis, Augusto Madeira, Celso Frateschi, Karin Rodrigues, Jairo Mattos e Ana Lúcia Costa.

Que linda a atriz que faz a musa do garoto, Bruna Cavalieri. Linda também a atriz que faz a cantora famosa Bianca Müller. Achei muito leve até mesmo para a faixa etária que queriam atingir, mas não sei como funcionou com meninos e meninas aos 9 anos.
Não entendi porque o trailer contou quase o filme todo.



Beijos
Pedrita

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A Comédia Latino-Americana

Assisti a peça A Comédia Latino-Americana de Felipe Hirsch no SESC Vila Mariana. Esse espetáculo é a continuação de A Tragédia Latino-Americana que infelizmente não vi. Um grupo pesquisa textos e escolhem alguns para a encenação. O elenco é incrível: Caco Ciocler, Caio Blat, Camila Mardila, Georgette Fadel, Javier Drolas, Júlia Lemmertz, Magali Biff, Manuela Martelli e Rodrigo Bolzan.

Incrível o espetáculo, excelentes os textos. Há um inédito de  Reinaldo Moraes sobre Hans Staden. Interpretações de Catatau de Paulo Leminski. Poemas do chileno Nicanor Parra e o texto do argentino Martin Caparrós sobre militante anarquista Soledad Rosas. Em um momento todos os atores se unem para contar a história de Rosa Egipcíaca, uma negra escrava, que chegou bebê em um navio negreiro, com uma história enorme. Quando foi para Minas Gerais foi entregue a negros que utilizavam o seu corpo. Foi o Padre Xota que a abrigou. Ele e ela foram acusados pela Inquisição. Foi a primeira negra a ler e escrever no Brasil. Há vários relatos, livros, um ficcional.
As fotos são de Patrícia Cividanes

Incrível a execução do texto Dupla e Única Mulher do equatoriano Pablo Palacio. Duas mulheres juntas, parecem grudadas, falam um texto sincopado, coordenado. Os isopores fazem um efeito incrível mudando completamente o cenário que tem a direção de arte de Daniela Thomas e Felipe Tassara. A iluminação de Beto Bruel é crucial para dar todo o tom da peça. Amei os figurinos de Veronica Julian. Gostei que os atores usam microfones, fica bem mais confortável para nós e eles. E no fato de ter legendas, já que são textos complexos, a legenda tornou-se fundamental. Há música ao vivo criada por Arthur de Faria que fica ao piano, acordeom e sintetizadores, ainda Adolfo Almeida Jr. no Fagote e Efeitos, Mariá Portugal na bateria, percussão e tímpanos. Gustavo Breier no Processamento Eletrônico, Georgette Fadel no trompete e Pedro Sodré nas guitarras e overdrives. A Comédia Latino-Americana muda a cada espetáculo. Os textos mudam ou a ordem porque o grupo está sempre experimentando. Eu vi um peça de 2h30 de duração. Antes era mais de 3 horas com um intervalo, eu vi sem intervalo. A Comédia Latino-Americana fica em cartaz até 13 de novembro.
Vou colocar uma entrevista da primeira montagem, não dessa que vi que foi a continuação dessa.


Beijos,
Pedrita

domingo, 23 de outubro de 2016

Grandes Expectativas

Assisti Grandes Expectativas (2012) de Mike Newell no TelecinePlay. Eu tinha amado o livro do Charles Dickens, visto uma série logo em seguida, fiquei com muita vontade de ver o filme quando entrou na programação do Now. O excelente texto de Grandes Expectativas geram sempre belas produções.

Uma graça o menino que faz o Pip criança, Toby Irvine. Adulto é o lindo Jeremy Irvine. Talvez sejam irmãos. A menina é interpretada por Helena Barlow e adulta por Holliday Grainger. Novamente eu tinha outra imagem da Biddy adulta. A criança era perfeita, mas adulta, como na série, não me identifiquei. O que mais gosto nesse texto é a complexidade de sentimentos. A maioria tem faces boas e ruins. Dependendo do personagem o mal ou o bem é ressaltado.

Dickens mostra como o dinheiro corrompe. Achei o filme mais ácido que o livro, mais amargo. O marido da irmã de Pip é interpretado por Jason Flemyng. O advogado que cuida das finanças por Robbie Coltrane. O amigo por Olly Alexander.

Ralph Fiennes interpreta o presidiário. Ele deseja tornar o rapaz que o ajudou no passado em um cavaleiro. No filme acentuaram o interesse como se fosse ter um brinquedo, um objeto para admiração. Não tanto por uma bondade. Achei interessante esse olhar.

A jovem Biddy continua perversa na vida adulta. Eu acho essa Biddy cínica demais. Como disse, essa adaptação é sombria demais. Mas muito interessante, menos romântica, menos idealizada, mais fria e cruel.
A protetora da jovem Biddy é interpretada por Helena Boham Carter. O livro é muito extenso. Uma série poderá englobar melhor tanto texto. Mas esse filme é muito bem editado e compilado. A essência está toda ali. A direção de arte, a iluminação e os figurinos são maravilhosos.

Beijos,

Pedrita