sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Recital do Centro de Música Brasileira

Assisti ao encerramento da Temporada 2019 do Centro de Música Brasileira no Centro Britânico Brasileiro. Primeiro aconteceu o Festival Nilcéia Baroncelli. A compositora estava ao piano acompanhada de Lucas Raulino ao violino e Fernanda Pavan na viola. Que repertório delicado, fiquei muito emocionada.


Programa:

Festival Nilcéia Baroncelli

O fio de Ariadne  - piano solo
O jogo da amarelinha - violino e viola (1ª. audição)
Caminhos d’água - violino e viola (1ª. audição)
Adágio - piano solo
Luar da Bela Vista (Choro) - viola e piano
Pra você ficar feliz (Choro) - violino e piano (1ª. audição)
Passacaglia - violino, viola e piano (1ª. audição)

Trio nº 1 - violino, viola e piano (1ª. audição) (Allegro, Lento ma non tropo, Tempo di minuetto e Finale) 


 Depois a grande pianista Eudóxia de Barros, presidente da série, tocou a bela Brasiliana nº 10 de Osvaldo Lacerda.

Por ultimo, Izaías e seus Chorões tocaram lindos chorinhos, gênero que adoro. O grupo é formado por Izaias Bueno de Almeida (bandolim), Israel Bueno de Almeida (violão de 7 cordas), Marco Bailão (violão), Getúlio Ribeiro (cavaquinho) e Allan Gaia Pio (pandeiro). Nas últimas obras, Eudóxia de Barros juntou-se a eles. Foi uma belíssima apresentação, estava praticamente lotado e de graça. Vou sentir falta dessas apresentações até a retomada no ano que vem.

Programa Izaías e seus Chorões:


Otávio Dutra - Teimoso
Izaias
- Evocativo
Waldyr  Azevedo  - Você Carinho e amor
Ernesto Nazareth – Faceira
Amador Pinho
- Fricotes de Viúva
Israel de Almeida - Soros


Eudóxia de Barros com Izaías e seus Chorões

Ernesto Nazareth – Brejeiro
Zequinha de Abreu – Sururu na cidade / Tico-tico no fubá
Waldyr Azevedo - Brasileirinho

O vídeo com obra da Nilcéia Baroncelli é com outros intérprete.

 Os vídeos com os músicos do festival são com outros repertórios
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O Jabuti e a Anta

Assisti ao documentário O Jabuti e a Anta (2018) de Eliza Capai no Canal Brasil. Eu queria muito ver os trabalhos dessa direto, esse principalmente pelos elogios que recebeu. Impressiona muito, triste, fala do modelo de usinas hidrelétricas que saem destruindo tudo o que passa pela frente. Fala desse interesse "desenvolvimentista" que acredita que uma mata é algo a ser explorado e não que ea mata já vive na sua totalidade com sua fauna, flora e população local, que não  há nada a ser explorado.

Muito triste a imagem de destruição onde está sendo construída a usina de Belo Monte. O impacto aos pescadores, a natureza, as tartarugas, índios e moradores locais. Uma mulher mostra o quintal de sua casa com um verdadeiro pomar, manga, abiu, frutas e mais frutas, mas ela é desapropriada com um dinheiro mínimo, não porque o lugar será alagado, mas porque um condomínio será construído. Como ela diz, alguém decidiu que outro tinha mais direito a morar ali que ela, desolador.

As pessoas viviam da mata, na mata, mas tudo será destruído. Há grupos indígenas lutando para preservar o espaço que lhes é por direito e lei. A narração diz qual o sentido de tirar as pessoas da mata onde são reis para viver na periferia das cidades na miséria.

O documentário segue para a Amazônia Peruana, onde uma líder conseguiu impedir que uma hidrelétrica fosse construída por lá. Muitas pessoas que vivem na região foram entrevistadas. Moradores que tiveram que sair de suas casas, biólogos, pescadores, índios. São filmadas regiões entre os rios Xingu, Tapajós e Ene. O documentário faz um paralelo com as secas e com outras enormes hidrelétricas de outros estados.

As paisagens e a fotografia são maravilhosas. A diretora divide com Carol Quintanilha, o roteiro, a fotografia. A narração é de Letícia Sabatella.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Diário de um Velho Louco de Jun´Ichiro Tanizaki

Terminei de ler Diário de um Velho Louco (1961) de Jun´Ichiro Tanizaki da Estação Liberdade. Comprei esse livro com 50% de desconto na Feira da USP do ano passado. Semana que vem terá nova feira. É uma bela edição com capa de Wildiney Di Masi. Tinha alta expectativa de conhecer uma obra desse autor, gostei, mas não foi apaixonante. Foi bom ter lido antes da próxima feira porque vou ver outros livros, de outros autores, pra comprar.
O marcador foi uma amiga que me deu. Tenho dois marcadores com bonecas japonesas de quimono de origami, não sei qual delas deu esse.

Obra No Deck (1912) de Kanae Yamamoto

Um idoso mora com a família. Ele fica interessado pela nora. Ela se aproveita do interesse físico dele por ela e passa a conseguir benefícios, joias. Todo o texto é em diário, o idoso escreve seu dia a dia no livro. Na metade do livro suas dores se intensificam absurdamente. No final ele para de escrever no diário e o autor coloca relatos da enfermeira, depois do médico. Muito interessante a estrutura do texto.



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Aquaman

Assisti Aquaman (2018) de James Wan na HBO GO. Eu vi por insistência do 007. Ele voltou do cinema dizendo que era o melhor filme do gênero de todos os tempos. Depois quando estreou na tv a cabo ficou insistindo de novo. Eu vejo muito pouco filmes do gênero, não sou muito fã. E, 007 que me perdoe, esse é muito cansativo. Não entendi às 2h23.

O começo até que é bonitinho. Uma moradora de Atlântida aparece para um faroleiro, ela está desacordada e machucada. Eles se apaixonam e Aquaman nasce. Atlântida vem buscá-la, ela vai embora e dizem depois que ela foi morta pela traição. Praticamente todos de Atlântida são maus e vingativos. Eu logo adivinhei que ela apareceria em algum momento e é exatamente o que acontece. Criticaram muito o rejuvenescimento da Nicole Kidman. Ou ficou razoável porque era na tela menor ou melhoraram na cópia. Eu me incomodei mais com o do pai do Aquaman, o neozelandês Temuera Morrison
Aquaman cresce, torna-se um verdadeiro babaca insuportável e pasmem, é o "herói" da trama. Difícil torcer por ele. As piadinhas então são de um mal gosto igualmente insuportável. E a maioria parte dele mesmo. Só dá pra torcer pela mocinha, a linda Amber Heard. William Dafoe também está no elenco, acho que ele adora trabalhar nesses filmes porque vive em filmes de aventuras como esse. Claro, provavelmente pelo cachê que deve permitir ele ficar sem precisar trabalhar até o fim da vida. 
O vilão, outro chato, foi interpretado por Patrick Wilson, loiraço. Me incomodou demais o texto falar o tempo todo filho bastardo. Não é um filme de época, esse termo não tem a conotação da época feudal, não se usa mais. Teria sido melhor explicar a rejeição pelo Aquaman ser filho de humano e de Atlanta.

Outro chato é o personagem do Yahya Abdul-Mateen. Ele e o outro vilão travam as cenas mais cansativas do filme com batalhas intermináveis com Aquaman que adora fazer piadinhas nos momentos mais inoportunos. O filme também tem vários furos. O primeiro é antes mesmo do nome, o pai do Aquaman vai resgatar a rainha, deixa a lanterna em uma pedra no meio do mar. 

Beijos,
Pedrita