sexta-feira, 19 de março de 2010

Foi Apenas Um Sonho

Assisti Foi Apenas Um Sonho (2008) de Sam Mendes no Telecine Premium. Queria muito ver esse filme nos cinemas, mas na época só consegui ver O Leitor. Tinha uma expectativa maior, mas gostei muito. Não gosto nem um pouco do nome que colocaram no Brasil porque dessa forma já sabemos que será tudo apenas um sonho, péssimo. Revolutionary Road é o nome da rua onde o casal vai morar. Nossos protagonistas são jovens ativos, ela é atriz, ele tem sonhos de trabalhar em uma empresa diferente da que o pai deu a vida. Eles se casam, vão morar em um bairro tradicional, com famílias americanas e começam a se condicionar a vida preeestabelecida. A edição é ótima. Mostra ela já casada estreando uma peça, depois como eles se conheceram, a trama é toda entrecortada.

O casamento entra em crise, estão frustrados, tem uma família linda, uma casa linda, mas ela não se realiza como atriz e ele não gosta do trabalho. Ela resolve então sugerir a ele que largue tudo e eles sigam com os filhos pra Paris pra viver lá por um tempo. É quando o brilho nos olhos dos dois voltam , quando eles voltam a se amar e começam os preparativos. Apesar de toda a vizinhança achar uma loucura e uma imaturidade, todos parecem invejá-los. Obviamente que tudo é muito triste e frustrante, mais do que imaginava.

O roteiro baseado no livro de Richard Yates é todo complexo, o homem que tinha ficado internado em um manicômio e sofrido choques parece mais lúcido que todos os que moram nesse bairro. Eu adoro a Kate Winslet, uma das atrizes atuais que mais gosto e gosto muito do Leonardo Di Caprio. Alguns outros do elenco são: Michael Shannon, Kathy Bathes, Richard Easton e Maria Rusolo.

Youtube: Revolutionary Road Official Trailer 2008



From Mata Hari e 007

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 17 de março de 2010

Gorda

Assisti Gorda de Daniel Veronese no Teatro Procópio Ferreira. O texto é do americano Neil Labute. Queria muito ver essa peça e me surpreendi muito. Achei que era uma comédia, dessas que são só pra rir e se divertir, mas o texto é muito complexo, pesado mesmo e muito atual. Um executivo se apaixona por uma "bibliotecária", ela diz que hoje em dia não chamam mais assim esses profissionais. Se conhecem em um almoço no horário do trabalho, começam a sair e se relacionar.

Ele é daqueles executivos padrão, bem alinhado, magro. Na peça não falaram, mas muitos do meio executivo acreditam que pessoas acima do peso não são bons profissionais já que o aumento no peso, segundo eles, pode significar que a pessoa é relaxada, não gosta dela mesma e portanto não será uma boa profissional. Gostei demais do trabalho de todo o elenco. Já conhecia e gostava muito do trabalho da Fabiana Karla e do Michel Bercovitch, sempre tinha visto o Michel Bercovitch no cinema em personagens densos, gostei de vê-lo em comédia. E gostei muito dos outros dois. Não conhecia o trabalho de Flávia Rubim e me surpreendi com a força cênica dela quando ela começou a falar um texto sem respirar, imitando aquelas mulheres que bombardeiam o homem com tudo o que querem dizer e mais um pouco. Também gostei muito do personagem interpretado por Mouhamed Harfouch, é muito difícil o texto dele. Ele diz aquelas frases que muitos pensam mas não dizem, tanto que o personagem do Michel Bercovitch diz em um momento se ele não tem um filtro.

Acabei ficando muito triste com o espetáculo, Gorda tem um texto desesperançoso, parece sem saída. Gostei bastante dos cenários de Alberto Negrin. Eu já tinha visto Teatro dos Pássaros que tem o texto do argentino Daniel Veronese e gostado muito. Vou ficar atenta a esse nome para acompanhar seus trabalhos teatrais. Gostei bastante também do programa da peça que pode ser transformado em um simpático cartaz.


Youtube: Fabiana Karla protagonista de Gorda



From Mata Hari e 007
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 15 de março de 2010

Edelton Gloeden e Paulo Porto Alegre

Assisti ao recital de Duo de Violões de Edelton Gloeden e Paulo Porto Alegre no MASP. No programa obras dos períodos renas-centista e clássico. O duo apresentou obras compostas para violão e outras transpostas, como era costume na época, a transposição foi da obra de Maurice RavelPavane pour une Infante Défunte, feita por Emilio Pujol. Todo o repertório era muito bonito musicalmente e teve ótimas interpretações: o espanhol Fernando Sor - ícone do violão do século XIX, Ferdinando Carulli muito conhecido por violonistas. John Johnson e a estreia mundial de uma obra de um dos violonistas, do Paulo Porto Alegre, inclusive alguns estudos pareciam filmes de cinema. No bis eles repetiram a transposição da música de Maurice Ravel. Foi um belíssimo recital gratuito.

crédito da foto: João Pires

YoutubeTrio Opus 12 (Suite Retratos- Radamés Gnattali/Parte 1)


From Mata Hari e 007
 Beijos,

From Mata Hari e 007
Pedrita