sexta-feira, 26 de junho de 2020

X-Men: Apolcalypse

Assisti X-Men Apocalypse (2016) de Bryan Singer no Telecine Action. Tenho que concordar com o 007, também achei os X-Men com o James McAvoy bem mais interessantes. Gostei muito das adaptações e riquezas nos roteiros e das diminuições expressivas de momentos de ação.

Agora um homem da época das Pirâmides do Egito ressurge. Ele quer acabar com a humanidade para só sobrarem os Mutantes. Seria o primeiro Mutante, interpretado pelo Oscar Isaac. Muito bem feitas as cenas que seriam no Egito. 

Ele acorda na década de 80 e começa a resgatar os Mutantes para ajudá-los na missão, e a potencializar os Mutantes. Todos estão jovenzinhos. Gostei muito da atriz que interpreta a Tempestade, Alexandra Shipp. É a força que o Mutante do Egito coloca nela que a faz ser o que ela é e transforma o cabelo dela em branco. Ainda estão com ele os personagens de Olivia Munn, Michael Fassbender e Ben Hardy. Triste demais a história do Magneto. Esse episódio não economiza em Mutantes e vários aparecem bastante.

Por motivos diversos todos vão se unindo na escola para lutar contra esse Mutante Poderoso. Estão nesse elenco: Sophie Turner, Tye Sheridan, Kodi Smit-McPhee, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult, Lucas Till e Evan Peters. Há uma não Mutante no grupo interpretada por Rose Byrne.

Meio esquisita a explicação para o personagem do James McAvoy ficar careca, bastava ele ficar mais velho. Também achei meio fake a aparição do Wolverine (Hugh Jackman), só pra ele aparecer mesmo porque o personagem não entra na trama desse episódio. Por ser ambientado na década de 80, as roupas e cabelos são bem exagerados. Divertido!
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 24 de junho de 2020

A Revolução em Paris

Assisti A Revolução em Paris (2018) de Pierre Schoeller no Festival Varilux de Cinema no Looke. Esse filme fala da Revolução Francesa de 1782. Começa antes com a união popular contra a fome.

Não tinha ideia que as mulheres tinham sido tão determinantes nesse período. Elas se unem na luta pra pedir pão, vão ao plenário, passam a frequentar e opinar nas seções, mesmo que nos lugares para o povo, mas berravam, se posicionavam, iam nos levantes, nas passeatas.

O filme focou nos camponeses, os protagonistas eram os camponeses. Belíssima reconstituição de época, muito realistas as cenas, figurinos, cenários. Há vários momentos que os camponeses entoam canções populares e alguns específicas dos momentos históricos desse período, como a saída do rei de Versailles, uma canção maliciosa, picante e cheia de duplo sentido. Os protagonistas da Revolução Francesa aparecem no plenário, em Versailles, mas na maioria das vezes pelo olhar dos camponeses. Os protagonistas do filme são interpretados por Adèle Haenel e Gaspar Ulliel

O casal que luta com eles por Olivier Gourmet e Noémie Lvosky. Alguns ainda do elenco: Céline Sallete, Izia Higelin e Andrzej Chyra. Várias crianças participam. Os filhos do rei, os camponeses. O elenco é enorme, nos créditos finais há uma lista infindável de figurantes.

Os personagens históricos são interpretados por: Denis Lavant (Marat), Louis Garrel (Robespierre), Laurent Laffite (Louis XVI e Maella Gentil (Maria Antonieta).

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 23 de junho de 2020

O Morto ao Telefone de John Le Carré

Terminei de ler O Morto ao Telefone (1961) de John Le Carré da Editora Record. Ganhei esse livro de uma amiga, que parece que foi comprado em sebo. Essa edição tem sido bem aproveitada. Curiosa para saber quantos caminhos andou. Essa edição é bem poluída, estranha mesmo. Eu estava querendo ler algo curto e policial, achei que seria uma boa escolha e foi mesmo. Os livros do Carré são sempre muito inteligentes.
O marcador de livros é uma gravata que me enviaram pelo correio faz tempo em uma troca coletiva de marcadores.

Obra de Frank Auerbach

É a primeira obra de John Le Carré. Então o primeiro capítulo é sobre o espião George Smiley. Ele conta sobre esse espião que vai estar em várias de suas obras. Smiley visita uma pessoa que depois aparece morta. Essa pessoa teria se suicidado, mas vários fatos começam a por em dúvida se realmente ele teria se matado. E um desses fatos é um telefonema que o próprio morto teria pedido para ser feito pouco antes de morrer.

Obra Madame Andando (1981) de Elisabeth Frink

A esposa do homem morto é judia como o espião. Ela esteve em campos de concentração. É a época da Guerra Fria e a trama circula na divisão da Alemanha. Gostei muito!


Beijos,
Pedrita

domingo, 21 de junho de 2020

A Última Abolição

Assisti ao documentário A Última Abolição (2018) de Alice Gomes no festival É Tudo Verdade no Canal Brasil. Excelente! Quem está estudando para provas e precisa de informações sobre História do Brasil é um excelente filme e para quem quer preencher as lacunas dos cursos de história como eu venho buscando também é fundamental.

Muito bem realizado, o documentário fala com vários filósofos, historiadores, sociólogos, escritores, advogados de todo o Brasil que comentam sobre os momentos históricos que antecederam e precederam a Abolição. São estudiosos do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Além dos nomes mais conhecidos dos movimentos como José do Patrocínio, Luiz Gama e André Rebouças, o filme fala de vários outros que foram igualmente determinantes na luta pela abolição.  Fala do medo da elite que o Brasil viesse a tornar-se ou um Haiti, onde os negros se rebelaram e se libertaram, ou como os Estados Unidos, em uma interminável guerra civil que dividiu o país. Falam do enorme financiamento no Brasil para trazer europeus para substituir a mão de obra escrava e dos inúmeros artigos de intelectuais da época que acreditavam que com o tempo teria um embranquecimento dos brasileiros. Ao final da escravidão a maioria brasileira era negra, mas eles realmente acreditavam que trazer europeus iria mudar a cor da pele da maioria dos brasileiros. Muito estranho terem financiado tanto a vinda de europeus ao Brasil, mas não terem gasto um centavo na capacitação dos negros alforriados.
Na imagem Giovana Xavier, doutora em História e Professora pela UFRJ.

Fala ainda das mulheres, que não aparecem nos textos, na política, e sim nas fichas policiais. Contam que após a abolição muitos foram presos porque foram comemorar a abolição com samba. Que as mulheres, quando levantavam dinheiro para a alforria, não compravam a sua alforria, e sim de suas filhas mulheres, já que elas e seus filhos já nasceriam livres. Falaram dessa consciência política que as negras escravas tinham. São entrevistados: Alexandre do Nascimento, Álvaro Nascimento, Amilcar Pereira, Ana Flávia Magalhães, Andrea Santos Pessanha, Angela Alonso, Antônio Carlos Higino da Silva, Bárbara Canedo, Débora Santana de Oliveira, Elciene Azevedo, Fernando Conceição, Giovana Xavier, Hebe Mattos, Humberto Adami, João José Reis, Luciene Lacerda, Mauricio Lissovsky, Nielson Bezerra, Noel dos Santos Carvalho, Paulo Sérgio Rangel do Nascimento, Petrônio Domingues, Regina Echeverria, Sueli Carneiro, Tom Farias (Uelinton Farias Alves), Walter Fraga FilhoWlamyra Albuquerque.
Na imagem a historiadora Wlamyra Albuquerque.
O documentário é muito bem realizado, com vários gráficos apontando os momentos históricos, textos da época, ilustrações. No final segue para a contextualização dos anos seguintes e nos dias de hoje, quando são executados inúmeros jovens negros, inclusive por policiais. Em pouco tempo, alguns policiais abordam jovens negros nas ruas, julgam, condenam e os executam a céu aberto. Tudo isso em um país que diz não ter pena de morte.

Beijos,
Pedrita