quarta-feira, 9 de abril de 2025

The White Lotus - 3ª Temporada

Assisti a 3ª Temporada da série The White Lotus (2025) de Mike White no Max. Eu amo essa série, sempre ácida e inovadora, muda praticamente todo o elenco a cada temporada, com isso a série consegue atrair grandes atores já que eles não precisam ficar comprometidos por décadas.

Agora o resort é na Tailândia. As filmagens foram realizadas em vários lugares da Tailândia e Puket. Os hotéis são maravilhosos. Na série é como se fosse um só. Há várias postagens no instagram que falam dos hotéis que ambientaram a série. São acomodações de 3 quartos com piscina privativa. 5 quartos com uma enorme piscina. Sem falar na vegetação. Que bom que as gravações terminaram antes do terremoto.

O meu casal preferido era dos ótimos Walton Goggins e Aimee Lou Wood. Inicialmente ela parecia uma jovem fútil e tola, e acaba se mostrando a mais íntegra de todo o elenco. Ela é apaixonada por esse homem igualmente aparentemente rude, frio, mas percebemos que ele a ama de verdade. Ela é fiel a ele e ao amor que sente por ele. E acaba modificando vários do elenco com seus pensamentos e acolhimento, que personagem. Vou sentir falta dos dois.
O filho do Schwarzenegger, Patrick, está no elenco. Foi um furor quando ele apareceu nu e de costas, é muito bonito mesmo e talentoso. Ele integra uma família pra lá de desajustada. Ele atua em uma das cenas mais polêmicas da temporada. Ele e o irmão, Sam Nivola, vão em um iate com duas mulheres casadas e tem uma relação incestuosa. Bom, boa parte dos personagens são sempre desajustados e uma grande maioria é milionária, egóica e sem o pé na realidade. A irmã, Sarah Catherine Hook, romantiza o budismo, como é muito comum em ocidentais. Ela mentiu que ia fazer um trabalho, mas queria na verdade passar um ano morando no templo. A mãe olha tudo onde a filha vai ficar e diz que só aceita depois dela passar uma noite no templo. Claro que a filha volta desistindo da ideia de viver em uma cama pequena, comida sem graça, sem conforto, enfim, o budismo dela é até certo ponto como a maioria.

A mãe, Parker Posey, vive dopada com remédios, dorme o dia todo, à noite fica desperta. O pai, Jason Isaacs, tem conversas acaloradas ao celular. Descobrimos que a empresa dele e do sócio está sobre investigação de corrupção, ele perdeu tudo e corre risco de ser preso. Ele esconde todo esse conflito da família que gasta a valer no resort, e passa a tomar escondido os remédios da esposa.
 
A série também mostra a história de alguns funcionários. O hipócrita gerente, Christian Friedel, que quer deixar pra lá uma denúncia de um hóspede que mudou de nome pra fugir da justiça. Ou a bela jovem, Malisa Manobal, cobiçada por vários, que é ambiciosa, mesmo que para isso seja preciso cometer crimes.

As três amigas incomodaram e que atrizes Carrie Coon, Michelle Monaghan e Leslie Bibb. Sempre que elas estavam em duas, elas falavam mal da que não estava presente. Elas tinham sido colegas quando jovens e resolveram viajar juntas. Uma é apresentadora de TV famosa e rica, ela que bancou a viagem das duas outras. Uma está frustrada, nada deu muito certo. A outra tem um casamento conservador em família muito religiosa. Todas parecem infelizes.

Dois atores vem de outras temporadas. A carismática Natasha Rotewell trabalhava no resort da temporada 2 e vem fazer uma imersão na Tailândia. E o assassino do John Gries. Ele está com outro nome, com uma jovem e belíssima esposa, Charlotte le Bon. A música da abertura foi outra, achei que tinham mudado para ter mais características orientais, mas surgiu uma matéria dizendo que o autor e o diretor não tinham se entendido sobre o valor da obra. Está uma delícia ver no instagram os vídeos do elenco. Deve ser incrível passar imerso em lugares paradisíacos, com colegas de elenco, nem sempre devem se dar bem, mas deve ser muito bom criar laços com a convivência, por isso há tanta interação entre eles. Já estou ansiosa para a próxima temporada.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Pranto Maldito

Assisti Pranto Maldito (2021) de Andres Beltran no Max. Porque sábado é dia de fantasminhas! Logo que começou e vi que o texto era em espanhol, fui verificar a origem. O filme é colombiano e foi uma grata surpresa. É um ótimo filme de terror, muito bem dirigido e conduzido, sem excessos, mas que dá tanto medo, mas tanto medo. Gostei tanto que fiquei curiosa em conhecer outros trabalhos do diretor. O filme é baseado na lenda Tarumama, a eterna busca pelo filho perdido. A mãe busca eternamente seu filho perdido.

Um casal com dois filhos vai para uma casa isolada. Primeiro eles viajam um bom tempo por uma estrada, depois fica de terra, aí param no meio de uma vegetação e caminham até a casa. Há uma grande floresta na frente. Com o tempo descobrimos que o bebê nasceu morto, e que o psicólogo aconselha que eles viagem para ter um convívio só entre eles, o núcleo familiar, para se reconectarem, já que o casal entrou em crise. A ideia é boa, mas concordo com a esposa, por que uma casa tão isolada? Eu sei, porque é filme de terror. Gostei muito do elenco, eles são Paula Castaño e Andres Londoño. Eu amei a casa. É toda de madeira, mas tudo moderno. A caldeira mantém água quente o dia todo, e o aquecimento da casa também, mesmo sendo muito frio. As portas, camas, móveis, além de lindos tudo funciona, bonitas fechaduras. Há um único banheiro com uma banheira linda e com água quente. Sem falar nas roupas de cama. O edredom do quarto do garoto é lindo. A casa dá para uma floresta e termina em um rio. A mulher que intermedia o aluguel da casa fala que morreu uma criança lá, filha dos donos da casa, por isso eles partiram, então que as crianças não sigam para o rio sozinhas. Claro que seguem né? É filme de terror.
A menina é a única que percebe que algo está errado. Todos os outros nem desconfiam. De madrugada uma mulher ensopada aparece chorando na chuva falando que o filho morreu no rio. No escuro, sem conhecer o lugar, a esposa manda o marido ir olhar. Sem lógica alguma. Eles só poderiam fazer algo no dia e olhe lá. O menino começa a aparecer machucado nos braços, mas ele mesmo não percebe que algo ruim está acontecendo. Uma graça os dois, Alanna de la Rosa e Jerónimo Barón. O final foi bem clichê de filme de terror, meio sem lógica naquele momento, mas funcionou. 
Beijos,
Pedrita