sexta-feira, 18 de novembro de 2016

The Walking Dead - 3ª Temporada

Assisti The Walking Dead - 3ª Temporada (2012) de Frank Darabont no Now. Agora os personagens estão mais sujos, mais violentos e mais acostumados com os zumbis. Eles já não se assustam tanto com a aparição dos zumbis. Eles já sabem atrair os zumbis para outros passarem, já convivem melhor com os zumbis. É a primeira temporada com 16 episódios, as outras terão a mesma quantidade. Antes eram bem menos episódios.

E tudo vai ficando então mais violento. Eles chegam em uma prisão, preparam a prisão para poder ficar um tempo por lá. Matam e queimam os zumbis. Vários grupos aparecem. Na prisão estão detentos que aguardam pessoas retornarem e não tem a menor noção do que acontece lá fora. A prisão está então muito bem abastecida de alimentos.

Aparece uma cidade liderada pelo Governador interpretado por David Morrissey. Um ditador mentiroso e cruel que finge proteger as pessoas dos zumbis. Merle que tinha sumido da primeira temporada, pouco tinha aparecido, é um personagem importante dessa cidade. Como ele mesmo diz, é pago para fazer o serviço sujo. Ele é interpretado por Michael Rooker. Insuportável o "médico" que vive totalmente alienado de tudo o que acontece. Ele é interpretado por Dallas Robert.

Michone aparece, uma personagem cativante. Ela cuidou da Andrea e anda com dois zumbis em uma corrente. Corajosa e destemida é interpretada brilhantemente pela Danai Gurira. Há uma insinuação de que ela e a Andrea estavam juntas. Andrea é interpretada por Lauren Holden. Os personagens estão mais espalhados. Outro personagem que surge é o amigo do Rick na primeira temporada. Achei que ele ia ser juntar ao grupo porque adorava o personagem, mas infelizmente não. Ele é interpretado por Lennie James.

Carl está cada vez mais chatinho. Mas Rick fica chato boa parte do tempo também nessa temporada, por sorte se recupera e voltei a gostar dele. Ele é interpretado por Andrew Lincoln. Teve uma hora que não conseguia gostar de ninguém nessa temporada. Muito triste a cena que o Carl precisa atirar na cabeça da mãe que morreu no parto. Ele é interpretado por Chandler Riggs. Como sempre há uma mudança enorme de personagens. Muitos morrem, outros chegam. Alguns achava que iam se juntar ao grupo, mas não. Outros se juntam mas morrem. Os que não se juntaram aparecem depois. Enfim, tudo é bem mais mutável agora.

A série está cada vez mais violenta e já me disseram que só piora. Tem momentos que é um sofrimento assistir, confesso que não entendo porque continuo vendo. Acho que sei, o roteiro é muito bom, as tramas são ótimas, mas confesso ser muito difícil ver o pior dos seres humanos na maior parte do tempo. Que venha a quarta temporada. O Hugo do Cinema - Filmes e Seriados comentou a Terceira Temporada aqui. Vou ler agora o post dele. Os meus posts das temporadas estão aqui.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Black Mass

Assisti Black Mass (2015) de Scott Cooper na HBO On Demand. Estava curiosa pra ver esse filme. Tinha visto matérias quando estreou nos cinemas. É a história de um dos grandes criminosos dos Estados Unidos, James Whitey Bulger. No Brasil está com o péssimo nome de Aliança do Crime.


Johnny Deep está praticamente irreconhecível como Whitey Bulger. Achei fotos do Bulger e a caracterização está muito parecida. O filme mostra presos dando depoimentos e contando a história dele. Segue então para a década de 70. Bulger está com problemas com a máfia italiana que vem ocupando pontos que eram de exclusividade do grupo de Bulger. Surge então um amigo de infância que trabalha no FBI sugerindo que Bulger passe informações da máfia para o FBI. Bulger acaba aceitando já que o 
FBI resolveria por ele o problema com a máfia e ele ampliaria território. O FBI exige que no acordo o grupo de Bulger não deve mate nem vender drogas. Bulger continua fazendo tudo isso e ainda vai cozinhando o FBI não passando informações.

Quando ele é pressionado pelo FBI ele entrega o local central da máfia italiana. Esse foi o motivo que esse criminoso passou anos atuando na região e nunca ser preso, nem seu bando. Essa aliança. Chega então um oficial que não concorda com o acordo, passa a perseguir Bulger e encontrar provas para incriminá-lo.

Bulger fica foragido anos, é preso somente em 2011 com 81 anos. Pega prisão perpétua onde está atualmente. Seu irmão era senador e foi interpretado por Benedict Cumberbatch. O amigo que está no FBI por Joel Edgerton. Todos estão excelentes. Outros do elenco são: Rory Chrocane, Peter Sarsgaard, Dakota Johanson, Kevin Bacon, Jessie Plemons, David Harbour, Adam Scott, June Temple e Corey Stoll.

O filme é baseado no livro Black Mass: The True Story of an Unholy Alliance Between the FBI and the Irish Mob de Dick Lehr e Gerard O'Neill. Em uma matéria que li falam que é a mais próxima da realidade. Essa matéria discordava de uns pontos. Um eu concordo. Me incomodou no filme alegar que a morte do filho e a morte da mãe é que o transformou e ficou mais violento. Desde o início Bulger já era violento. O fato dele não ter mais vínculos familiares pode tê-lo enrijecido mais, feito ele perder mais contato com a humanização. Mas ele sempre foi violento. Pelo o que o próprio filme mostra, pelo próprio contexto em que vivia. Em bairro de alta criminalidade. Mas isso nada justifica também, quem é violento, é violento. Bulger sempre fui muito brilhante, muito inteligente, fator que sempre o manteve no poder também.

Black Mass é muito bem realizado. Difícil de assistir, muitas tramas, muitos personagens, precisa muita atenção, mas é muito bom.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Jorge Antunes - Meus Pianistas

Assisti ao recital de lançamento do CD Jorge Antunes Meus Pianistas na Sala São Paulo. Eu gosto muito desse compositor, muito criativo. Ele contou que há uns anos o pianista Antonio Eduardo o procurou para que o compositor fizesse uma obra em homenagem a bossa nova. Ele compôs então o Sambinha do Antonio Eduardo que foi interpretada nesse dia. Antonio Eduardo tocou também o Frevinho da Sonia.

Contou que uns anos depois a pianista Maria Inês Guimarães pediu um choro para o Jorge Antunes. Ela vive na França e montou um Clube do Choro lá. Antunes compôs então o Chorinho da Maria Inês que gostei muito. Então pensou que poderia continuar homenageando pianistas que admira e surgiu o CD  que foi lançado pelos Encontros Clássicos.

O chorinho foi brilhantemente interpretado por Jaci Toffano que tocou uma das obras que mais gostei junto com o chorinho e dedicada a ela, o Baiãozinho da Jaci.

Eudóxia de Barros também ganhou uma bela obra, a Valsinha da Eudóxia. A pianista ainda interpretou a Modinha do Amaral em homenagem a Amaral Vieira que não pode estar no lançamento porque está no exterior. 

Depois a esposa do compositor Mariuga Lisbôa Antunes, outra excelente pianista, interpretou o Maracatuzinho da Mariuga e outra obra impressionante, o Miró Escuchó Miró com a difusão eletrônica e imagens de Jorge Antunes. Essa obra é de outra série.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 15 de novembro de 2016

O Conto da Princesa Kaguya

Assisti O Conto da Princesa Kaguya (2013) de Isao Takahata no Telecine Cult. Faz tempo que gravei. Tem no Now mas só dublado. Já que o recurso existe e o filme passa no som original inicialmente, as animações no Now podiam vir dubladas com o recurso de mudar no controle remoto para legenda e som original. Quando vi que no Now só dublado é que gravei.

O Conto da Princesa Kaguya é baseado no conto O Conto do Cortador de Bambu do Século X e é muito, mas muito triste. Uma família camponesa vive do bambu. Eles fazem objetos de bambu e vendem. Um dia nasce do broto de bambu uma princesa. O casal já idoso fica encantado e a criança cresce muito rápido.

Ela vive com as crianças da região. Mas quando cresce o pai acha que ela deve viver como uma princesa. Com o ouro que ganha dos bambus compra uma bela casa na cidade e ela passa a ter aulas. Passa a ser cortejada nos costumes japoneses. 

Ela fica infeliz demais e pede que a lua a leve de volta. Há várias músicas tradicionais. Muitos subtemas sobre pobreza, riqueza, avareza, mentira, natureza, morte, é muito, mas muito rico. Mas muito, muito triste.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Histeria

Assisti a peça Histeria de Terry Johnson no Teatro Frei Caneca. A direção é de Jô Soares. O texto é ficcional imaginando um encontro entre Freud e Dali. Os dois realmente se encontraram uma vez brevemente por intermédio do Stepan Zweig. O espetáculo é simplesmente genial. Eu amo esses dois atores, Pedro Paulo Rangel que interpreta Freud e Cássio Scapin que faz o Dali. Os dois estão maravilhosos!

Completam a dupla dois atores Milton Levy como o médico de Freud e Erica Montanheiro como uma paciente. Os dois também estão ótimos. Incrível a entrega da atriz e seu despojamento. Freud estava com 82 anos, refugiado em Londres, com câncer. É uma comédia, mas como é o gênero, há momentos dramáticos e eu fiquei muito perturbada com os dramas. Erica Montanheiro interpreta uma possível filha de uma paciente de Freud. A peça inventa um inconsciente de Freud expiando as suas culpas. Uma paciente que ele errou o diagnóstico. Teve um momento que Freud culpava as mulheres, até mesmo crianças, dos abusos que sofreram, achando inclusive que eram invenção. Claro, as explicações técnicas devem ser mais profundas do que esse meu raso comentário. A peça é um delírio. 
Essas duas fotos são da Priscila Prade

Outra questão que me chocou foi o fato das 4 irmãs de Freud não terem fugido e terem sido mortas em campos de concentração. Fui até checar e sim, é fato. Na peça Freud sente culpa de não ter salvado as suas irmãs. Achei na internet vários textos culpando Freud por não ter interferido e salvo suas irmãs. Confesso que acho um pouco leviano culpar um homem de 82 anos, com câncer de não ter conseguido salvar suas irmãs. Eram tempos sinistros, com dificuldade de comunicação. Suas irmãs eram idosas também. Só depois da Segunda Guerra Mundial é que realmente ficamos sabendo dos horrores dos campos de concentração. Os judeus eram perseguidos há décadas, as irmãs podem ter achado que iriam sofrer, mas continuariam em suas casas, com seus objetos e familiares. Podem ter achado que não era necessário fugir. Difícil saber realmente o que aconteceu já que eram tempos sombrios, sombrio é pouco. Claro, Freud talvez pudesse ter se empenhado mais em trazer as irmãs, mas até viagens eram difíceis, clandestinas mais ainda, para idosos mais difíceis ainda. Acho difícil julgar. Fiquei muito impactada com a peça. O momento do incrível vídeo de Pri Argoud e André Grynwask é que todas essas tramas que vinham sendo faladas em textos entram em drama em todo o nosso corpo. É um momento muito, mas muito doloroso. Muito triste a imagem das irmãs, muita dor. Maravilhoso espetáculo! Bravo a todos! A temporada está acabando e é até 20 de novembro.

Beijos,

Pedrita

domingo, 13 de novembro de 2016

Uma Noite em Sampa

Assisti Uma Noite em Sampa (2016) de Ugo Giorgetti no Canal Brasil. Eu olhava há um tempo os filmes do canal no Now. Achava que esse era outro. Só quando passava o controle remoto que vi um pedaço do nome do Giorgetti, diretor que amo, que voltei e vi que não era. Eu vi uma ou outra matéria na época, cheguei a querer ver no cinema, não consegui, mas não tinha guardado o nome.

É absolutamente genial! Como normalmente são as obras do Giogetti. Me lembrou muito Sábado, meu filme preferido do diretor, pelo nonsense. Um grupo grande sai do Teatro Ruth Escobar e vão para um ônibus. Uma responsável pelo programa turístico não consegue achar o motorista. Ela é interpretada por Flávia Garrafa. É muito surreal porque todos ficam lá esperando, tentando saber o que aconteceu.

A guia pediu que eles deixassem os celulares no ônibus. Parece que não sabem fazer nada sem os celulares. Eles estão apavorados com o que a cidade pode fazer com eles, com os assaltos, mas aos poucos eles parecem mais perigosos que a cidade. Como qualquer grupo heterogêneo, há pessoas de todos os temperamentos. Amo esses roteiros do diretor que coloca uma mini sociedade em uma situação de conflito e suas consequências.
Eles começam a se dividir em grupos e cada um fala mal do outro. É assustador a inatividade do grupo que só sabe se digladiar, mas não sabe resolver o conflito. Uma só fica contando assalto e sequestro trágico e é interpretada por Siomara Schröder.

Uma hora ouvi um cantor de ópera a capella e pensei, nossa, contrataram mesmo um cantor e aparece o Eduardo Janho-Abumrad passeando de pijama com um cachorro e cantando. Engraçado que ninguém vai pedir ajuda para aquele homem. Não perguntam também aos rapazes sentados nas escadas. Não saem andando. Achavam que seriam assaltados. Desde quando um grande grupo daquele seria assaltado? Só se o assaltante fosse muito burro. E a pobre da organizadora do grupo que de madrugada acha que vai ter alguém na empresa que trabalha, mas que não liga para a polícia. Há um orelhão na rua. E ninguém mais usa o orelhão tentando uma saída. Há várias outras participações especialíssimas. O médico que ninguém viu no grupo interpretado por Atilio Bari que consegue um táxi. Otávio Augusto também faz uma participação divertidíssima. Ele é o ator da peça, ninguém vai pedir ajuda pra ele e ele pede para irem embora logo porque é tudo gente que pagou meia entrada.

Há outros fatores surreais muito bons. E o elenco é ótimo:Chris Couto, Roney Facchini, Lutti Angelelli, Francisco Bretas, Maria Stella Tobar, Thaia Perez, Fernanda Viacava, Andréa Tedesco, Suzana Alves, Sérgio Mastropasqua, Angelo Brandini, André Correa, Thiago Amaral, Agnes Zuliani, Carol Portes e Flávio Tolezani

E claro, esse personagem, há outros muito bem interpretados. Genial! Eu fiquei pensando como o diretor ia terminar o filme, pensava em várias possibilidades, eu imagino que o diretor também, mas amei a solução ou não-solução que ele encontrou. Novamente, genial!

Beijos,
Pedrita