terça-feira, 16 de setembro de 2014

Material Bruto

Assisti a um episódio da série Material Bruto de Cacá Diegues sobre 2003 no Canal Brasil. No facebook vi uma chamada sobre o programa. Passa todo domingo à noite, com reprise quarta e sábado. Nesse episódio iam falar do sucesso de bilheterias de Carandiru, 4 milhões de espectadores. Essa série pretende falar do cinema brasileiro com depoimentos de seus próprios realizadores.

Eu adorei Carandiru. Hector Babenco falou da bilheteria e como abriu portas para os filmes seguintes como o sucesso de Dois Filhos de Francisco. Breno Silveira falou que procuraram a O2 para o filme Dois Filhos de Francisco, mas que ele  não quis fazer porque não era o seu estilo. Que foram atrás dele e contaram a história. 


Ele quis então falar com o pai dos dois filhos de Francisco e ali achou a sua história. Que o filme começou muito mal nas bilheterias. Breno Silveira lembra que na sexta, no dia da estreia, foi a um cinema e tinham 10 pessoas somente. Que na segunda semana não foi muito bem também. Que não foi o marketing que levou o público, foi outro fenômeno e que na terceira semana as filas dobravam as ruas. E esse relato mostra a importância de um filme ficar mais semanas. Os cinemas tiram filmes brasileiros logo na primeira semana caso não tenham público. Nem dá a oportunidade do filme pegar. Talvez seja preciso uma lei como na tv a cabo para garantir que filmes brasileiros estejam em muitos cinemas e que precisem ficar pelo menos um mês em cartaz. Quando falo de um filme brasileiro que vi nos cinemas, alguns blogueiros amigos tentam ver o filme e  descobrem que não está mais em cartaz, como aconteceu com o belíssimo Canta Maria. Eu sou apaixonada pelo filme À Beira do Caminho de Breno Silveira que comentei aqui. Adoro também Carandiru.

Beijos, 
Pedrita