sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Palhaço

Assisti no cinema O Palhaço (2011) de Selton Mello. Fui com a minha mãe, há mais de um ano que aguardava ansiosamente a estreia desse filme, a empolgação contagiou a minha mãe que há uns meses me ligava pra contar cada entrevista com o Selton Mello, a maioria tinha a presença do Paulo José que faz o pai do Selton Mello em O Palhaço. O filme é maravilhoso! O roteiro é de uma delicadeza e profundidade impactantes. Eu e minha mãe nos emocionamos muito. Selton Mello contou em uma entrevista que O Palhaço é sobre a busca do homem pela profissão, o que deseja ser. Algumas matérias falaram que é praticamente autobiográfico já que Selton Mello, como o personagem principal, não escolheu a profissão, começou a trabalhar nela e igualmente tinha questionamentos se foi levado pela profissão ou se queria realmente estar nela.

Eu a minha mãe tínhamos amado Feliz Natal, o outro filme desse diretor e eu disse a ela que esse era mais pra cima, mais alegre, mas nós descobrimos assistindo que é igualmente melancólico. A tristeza profunda desse rapaz sempre nos surpreende, daonde vem esse olhar triste e desesperançoso sobre a humanidade.  Um circo há uns anos atrás viajava por cidadezinhas em Minas Gerais. É um circo bem pobre. O filho e o pai são os palhaços e o filho é que tenta resolver e administrar os problemas desse grupo. Ele está desesperançoso com a falta crônica de dinheiro e a pouca habilidade que tem em resolver os problemas do grupo. Um sutiã grande que quebrou a alça e a senhora precisa urgente de outro, um mal cheiro de suor de outro, uma botina que furou.


Como o circo passa por algumas cidades, há vários personagens que vão e vem com um elenco primoroso. Fiquei muito feliz de ver a talentosa Martha Meola nele, como a esposa do prefeito de uma cidade. Moacyr Franco também aparece como um delegado com um monólogo maravilhoso, muito bem escrito, o personagem deu o prêmio a ele de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Paulínia. Selton Mello ganhou como Melhor Diretor. Começam então a aparecer atores incríveis: como Maria Manoella, Michelle Martins, Tonico Pereira, Fabiana Karla, Jackson Antunes, Chico Lorota, Emilio Orciollo Neto, Danton Mello e Ferrugem.

A trupe do circo é incrível: Teuda Bara, Larissa Manoela, Giselle Motta, Bruna Chiaradia, Thogum Teixeira, Erom Cordeiro, Renato Macedo, Maíra Chasseraux, Cadú Fávero e Tony Tonelada.  A fotografia de Adrian Tejido é maravilhosa! A direção de arte de Claudio Amaral Peixoto é primorosa. Impecável a edição de Marília Moraes. E belíssimos os figurinos de Kika Lopes. Eu a minha mãe vimos no Shopping Vila Olímpia. Vocês se lembram que nós tínhamos nos assustado no Shopping Market Place com o custo do ingresso de cinema, como eu sou cliente Itaú e pago meia-entrada no Vila Olímpia resolvemos experimentar, paguei somente R$ 11,00, também não sei se o preço mais acessível foi pelo horário, fomos, como de costume, na primeira sessão, logo após o almoço. No Vila Olímpia também tem uma sala muito cara, além dos filmes 3D, vamos ficar de olho pra não irmos naquela sala porque inclusive a definição que dizem ser melhor eu não concordei.  A imagem de O Palhaço estava belíssima na sala "normal", não há necessidade de pagar mais, até porque esticam muito o filme na tela e perde qualidade da imagem na sala mais cara. Como eu e minha mãe vamos na primeira sessão, tinha algumas pessoas, mas não estava muito cheia a sala. O Palhaço vai estar em cartaz na promoção do Cinemark na segunda, dia 7, por R$ 2,00. Eu e minha mãe ficamos radiantes que O Palhaço está em segundo lugar nas bilheterias brasileiras nessa semana, espero que continue assim ou melhore, o filme é majestoso e pelo ótimo boca a boca deve continuar, assim espero. 




Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Grandes Poetas, Grandes Canções - Guilherme de Almeida

Fui ao recital Grandes Poetas, Grandes Canções - Guilherme de Almeida na Biblioteca Mário de Andrade. Foi a última apresentação dessa série que vai deixar saudades. Adorei conhecer um pouco mais os poemas que foram musicados por grandes compositores, nesse os músicos interpretaram poemas musicados por Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Ernst Mahle, Fructuoso Vianna e mais dois outros compositores que não conhecia Adelaide Pereira da Silva e João Vieira Brandão. Os músicos eram: os cantores Luiz Tenaglia, Martha Herr e Silvia Tessuto, os pianistas Ricardo Ballestero e Rosana Civile e o violonista Paulo Porto Alegre.

No início Marcelo Tapia fez uma palestra sobre Guilherme de Almeida que eu conhecia muito pouco. Mostrou várias dedicatórias que fizeram a Guilherme de Almeida, da intensa participação na Semana de 22 e vários poemas. Marcelo Tapia é escritor e diretor da Casa Guilherme de Almeida que agora quero conhecer. 

Segue o programa completo do recital:

FRUTUOSO VIANNA  - Seis canções trovadorescas
       (1896-1976)                   - Relíquia apócrifa
                                              - Cantar galego
                                              - Partir e ficar
                                              - Bailía
                                              - Vilancete
                                              - Cantiga dos olhos que choram

ADELAIDE PEREIRA DA SILVA - As dádivas
                    (1928)


ERNST MAHLE - Rosamor
       (1929)           - Epígrafe (canto e violão)



HEITOR VILLA-LOBOS - Desejo
            (1887-1959)


CAMARGO GUARNIERI - Prelúdio nº 2
          (1907-1993)         



JOSÉ VIEIRA BRANDÃO  - Embalando
          (1911-2002)                 - 



OSVALDO LACERDA - As dádivas (canto e violão)
        (1927-2011)            - Vácuo (canto e violão)



 CAMARGO GUARNIERI  - Tres danças
                                                    - Samba
                                                    - Cateretê
                                                    - Maxixe




Beijos,
Pedrita

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Invasor de Mentes

Assisti Invasor de Mentes (2009) de Ernie Barbarash na HBO Plus. Alguém comentou comigo que adorava um filme de nome parecido. Há vários filmes com nomes parecidos desse. Resolvi xeretar até porque é um filme de ficção científica que adoro. É bem sofrível! Diverte, a trama central é muito interessante, mas o desenvolvimento é cheio de furos e óbvio. Acho que a maior diversão foi quando fui procurar o cartaz do filme, nunca ri tanto e acho que resumo o que quero dizer sobre o filme. O Val Kilmer não está nada parecido com essa foto. Ele é o vilão do filme, está com um cabelão, não está tão jovem como nesse filme e nem tão esbelto. Pra vender o filme apelaramm de qualquer jeito, até o pôster é fake. Divertido!

Vamos ao bom roteiro central. Uma empresa criou um dispositivo para colocar em homens quase condenados à morte que induz a pessoa a comprar o que eles querem, o que o marketing quer. O produto ainda está em fase de testes, não funciona ainda muito bem, então eles pegam cobaias pra experimentar, sem a pessoa saber. Pegam pessoas sem família, pobres, indigentes, que sofrem algum acidente e não tem ninguém pra reclamar por elas. Se o indigente se rebela eles estouram a cabeça. Com esse dispositivo eles acompanham tudo o que a pessoa faz, isso não é nada original. Mas eles cometem um erro. Colocam em um homem que tinha uma família que é interpretado pelo Cuba Gooding Jr. que gosto muito. Um grupo que se rebelou e sabe do sistema tenta ajudá-lo. O restante do elenco é Michael Ironside, Tatiana Maslany Juan Riedinger, Chad Krowchuk,  Terry Chen, Hiro Kanagawa e Monica Musteller. Há muitas empresas que aparecem no começo do filme, fiquei na dúvida se eles aceitaram participar de um filme que fala mal dos comerciais. Mas é possível que sim, marketing a qualquer preço. No final aumentam sensivelmente as forçadas e os furos e deixam claro que terá uma continuação. Eu, particularmente, tenho dúvidas do sucesso de uma continuação, mas não consegui achar se esse filme não foi muito bem, aí é possível que não façam a continuação.



Beijos
Pedrita


domingo, 30 de outubro de 2011

3º Festival Internacional de Violão Leo Brouwer

Fui a abertura do 3º Festival Internacional de Violão Leo Brouwer no Theatro Municipal de São Paulo. Sou fascinada pela obra desse violonista cubano, ele ia reger obras dele a frente da Orquestra Sinfônica Municipal. Foi um belíssimo concerto! Todas as obras tiveram a primeira audição no Brasil. Adorei as duas obras da primeira parte Las ciudades invisibles para orquestra sinfônica (2008) e a Canción de gesta para orquesta sinfónica (1978), belíssima!

Depois Leo Brouwer regeu o seu Requiem, in Memorian.Toru Takemitsu II para violão e orquesta (2005)
 1. Paseo por la Memoria – cadenza
2. Laude para Toru
 3. Toccata Furiosa
Para esse concerto o festival trouxe o violonista japonês Shin-Ichi Fukuda que tinha interpretado pela primeira vez essa obra no Japão. Gostei demais do estilo dele. O festival termina hoje.

Shin-Ichi Fukuda (Japão), solista
Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo

Beijos,
Pedrita