sábado, 11 de outubro de 2025

No Exit

Assisti No Exit (2022) de Damien Power da Hulu na Disney+. Eu procurava filmes de terror pra ver, escolhi esse. É terror por ser muito, mas muito violento, mas nada é sobrenatural, tudo é real. É um bom filme, muito bem realizado, mas muito, muito violento! É baseado no livro de Taylor Adams.

Uma jovem está em uma clínica de reabilitação muito afastada. Ela recebe a informação que a mãe teve um AVC, está muito mal no hospital. Pede pra ir ver a mãe, o lugar e a família não concordam, ela precisa ficar mais tempo em tratamento. Nunca entendi esses tratamentos que encarceram as pessoas e fazem que elas percam a autonomia. Impedir eu entendo, mas algo tão sério como algo com a mãe, é desumano. Claro que ela foge, rouba um carro e dirige nas montanhas, cai uma nevasca absurda. Um guarda diz pra ela ir para a central da floresta passar a noite lá, onde outros também aguardam a melhora no tempo. Vi que o filme foi realizado no parque de Auckland, na Nova Zelândia.
Havana Rose impressiona, que atriz. No lugar não há sinal de wifi. Eles começam ir pra fora do local para procurar sinal e ela vê uma mão em um carro, como a foto do pôster, e descobre uma criança presa, amarrada, amordaçada, lá dentro. Ela não sabe quem do grupo é dono do carro. Começa a tentar descobrir e pensar em como salvar a menina, Mila Harris
Ela passa o filme tentando salvar a menina. Como disse tudo é muito, mas muito violento, mas emociona a coragem dela de nunca desistir pela menina. Ao final a irmã da protagonista aparece, mas eu não ia querer nada nunca mais com essa família. A menina que passou a amá-la de fato.
No elenco ainda estão Dale Dickey, Dennis Haysbert, David Rusdahl e Danny Ramirez. Eu até desconfiei de um segredo. O lugar era ermo, quem estaria ali tinha grande chance de ter algum envolvimento no sequestro da menina, mas errei o fato que foi bem surpreendente.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Jaane Jaan

Assisti Jaane Jaan (2023) de Sujoy Ghosh na Netflix. Um amigo do instagram indicou esse suspense. Fiquei meio na dúvida porque é meio escuro e fui ver críticas sem olhar muito os detalhes e eram só elogios. E é incrível mesmo, o filme vai ficando cada vez mais surpreendente. Que roteiro inteligente. O filme é indiano baseado em um roteiro japonês Keigo Higashino e tem o nome no Brasil, Suspeito X.
 

A belíssima e talentosa Kareena Kapoor é Maya. Ela vive com a filha adolescente, Naisha Khanna, em um pequeno vilarejo e tem um restaurante.
Elas são vizinhas de um professor de matemática de Jaideep Ahlawat, inclusive a matemática é um personagem. Como amei os raciocínios lógicos e as explicações matemáticas, fiquei com vontade de ler o livro. As vizinhas se enfiam na maior confusão e o professor, que é apaixonado pela vizinha, as ajuda a resolver a questão.

O policial bonitão de Vijay Varma aparece para investigar o caso. Ele vem de outra cidade, conhece o professor e é afiado. As músicas são ótimas.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Blitz

Assisti Blitz (2024) de Steve McQueen na AppleTV+. Eu gosto demais da Saoirse Ronan. Logo apavorei, o filme tem mais de 2h20. E totalmente desnecessárias, que filme piegas, melodramático e arrastado. É tecnicamente bem feito, mas é um filme pra lá de chato.

O filme é ambientado na Segunda Guerra Mundial, na Inglaterra, quando a cidade começa a ser atacada e destruída. As mães colocam então seus filhos no trem, como vi em outro filme, O Trem Italiano da Felicidade. O filho da protagonista, pelo ótimo Elliott Effernan, foge do trem pra voltar pra casa e o filme passa a acompanhar as desventuras dele até conseguir voltar para casa. Tudo acontece com o pobre do garoto. Ele consegue um soldado pra levá-lo pra casa, mas o soldado resolve fazer a ronda antes e deixa o menino em um abrigo, e claro, o soldado morre. O filme tem aquela premissa de que nada que seja ruim não pode piorar. Acho que até o ator se cansou. Perto do fim ele não consegue mais ter expressões, acho que já estava de saco cheio de tanta provação no personagem. Inclusive a mãe fica sabendo da fuga, fica agoniada, mas a casa dela só vai ao chão no bombardeio exatamente na noite que o garoto consegue finalmente achar sua casa, quer dizer, seus escombros. É tudo assim, no segundo final, algo muito, mas muito trágico vai sempre acontecer.
O garoto é muito esperto, mas só quando interessa ao filme, de vez em quando para permitir uma tragédia ele fica totalmente burro. Apesar do roteiro sofrível, o filme é muito bem realizado, bela fotografia, cenas impecáveis, lindos figurinos.

E os números musicais são incríveis. Queria ter certeza que é mesmo Saoirse Ronan cantando, o número musical com ela é lindo. Há um outro número musical em uma casa de luxo, onde a maravilhosa Celeste e uma banda incrível tocam. Inclusive tem o clipe nos vídeos.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Abraço Apertado de Émile Ajar

Terminei de ler Abraço Apertado (1974) de Émile Ajar da Todavia. Esse livro apareceu na minha lista e comprei na última Festa do Livro da USP. O autor quis escrever com pseudônimo depois de ficar famoso e elogiado como Romain Gary. Não gostei como veio na capa. colocando entre parênteses o nome de quem escreveu o livro Émile Ajar. Falam que nem os editores sabiam que era ele, o que pode nem ser verdade, mas o autor quis escrever como Émile, então colocar na capa o inverso, é mudar o nome do autor, mesmo que sejam a mesma pessoa. Li que o autor usou muitos pseudônimos. Eu amei essa capa de Laurindo Feliciano. É uma bela edição.

O marcador de livros ganhei de uma amiga.

Obra Composição (1905) de Mikalojus Konstantinas Čiurlionis

A capa tem tudo a ver com o livro, é praticamente uma fotografia do que ocorre. O protagonista tem uma Píton em seu apartamento, uma espécie de serpente que não tem veneno. Ela captura as suas vítimas com um abraço apertado. O livro é todo cheio de metáforas, ironias, trocadilhos e é genial. Muito carente, nosso protagonista se sente amado pela Píton que o abraça enquanto dormem, um abraço bem apertado.
Obra Torre de Menshikov (1929) de Alexander Drevin

O livro começa com o protagonista procurando um padre. Ele comprou uma preá para dar de comer ao Píton, mas ficou com pena, comprou um ratinho, também não conseguiu e passou a criar o ratinho também. A conversa dele com o padre é muito engraçada. O padre tenta fazer Cousin entender que é da natureza do animal, que um Píton como animais vivos.

Obra Bananal (1927) de Lasar Segall

Cousin é uma pessoa horrível. Ele acha que ele é magnânimo, que ele salvou o Píton da solidão. Ele também diz ter um relacionamento com a Srta. Dreyfus. Eles trabalham no mesmo escritório e ele a espera todo o dia para subir no mesmo elevador, raramente eles tem algum contato verbal no elevador, é só quando se encontram, mas ele jura que eles vão casar, como se ela soubesse do relacionamento. Ela é negra e ele é muito racista. Como a Píton, ele acha que ela precisa dele. É pavoroso a forma como ele se refere aos negros. Que homem horrível. O livro é todo inquietante.

Obra Homem em um Café (1950) de Vytautas Kasiulis

O final é todo desconcertante. Bom, o livro é, mas o final enlouquece completamente. No início a edição conta que o autor escreveu um final, que foi modificado para a primeira edição, então essa edição iria trazer os dois finais. O primeiro com o que realmente foi publicado e depois o que o autor escreveu primeiro. São bem parecidos. O que não foi publicado é mais extenso, mas as loucuras estão lá nos dois com desfechos diferentes. Que livro incômodo.
Beijos,
Pedrita

domingo, 5 de outubro de 2025

Virgínia e Adelaide

Assisti Virgínia e Adelaide (2024) de Yasmin Thayná e Jorge Furtado no Canal Brasil. Como queria ver esse filme. Descobri por um acaso indo o olhar o que o canal passava e assisti voltando ao começo pelo controle remoto. É a história da primeira psicanalista do Brasil, Virgínia Bicudo, que teve muita dificuldade de ser reconhecida no Brasil. Ela foi socióloga, mas queria ser médica. Foi impedida de cursar medicina por ser negra. Ela procura a médica, psicanalista alemã judia Adelaide Koch. Inicialmente para fazer psicanálise, mas também para se especializar no tema.
 

Eu adoro essas atrizes, Gabriela Corrêa e Sophie Charlote. As duas interpretam as duas psicanalistas, mas os diálogos são ficção. A história é fato, mas as conversas foram criadas. Elas se conheceram em 1937. Virgínia passou um tempo como paciente de Adelaide, depois passaram a estudar e trocar juntas a psicanálise. Adelaide foi proibida na Alemanha de exercer a medicina e a psicanálise por ser judia, é quando decide ir com a família para o Brasil.
Gostei da estrutura do filme que são só com as duas atrizes. Entre as conversas, elas aparecem em outro formato individualmente contando suas histórias e de suas famílias. As duas sofreram preconceito de raça e dificuldade de exercer suas profissões por sua origem. Virgínia teve familiares escravizados. Seu pai não pode estudar medicina por ser negro. Adelaide era uma respeitada psicanalista na Alemanha, até os nazistas a impediram de exercer a profissão pela raça.

Cansada das dificuldades de estudo no Brasil, Virgínia segue para a Inglaterra onde passa 5 anos estudando. Ela escrevia colunas em jornais, livros e teve uma participação efetiva na psicanálise no Brasil. Estava em todo os importantes grupos de estudos, tinha contato com psicanalistas do mundo todo. Quero ler mais sobre ela.

Beijos,
Pedrita