Assisti ao documentário Ecos (2009) de Pedro Henrique França e Guilherme Manechini no festival É Tudo Verdade na Cinemateca Brasileira. Eu queria ver esse documentário, apesar de triste, porque tinha admiração pelo Toninho do PT. Não conhecia muitos detalhes da carreira dele, mas sabia do seu carisma e do quanto era respeitado em Campinas. Tinha ficado muito triste quando soube do seu assassinato e desconfiada que poderia ter sido um crime político. Um dia apareceu por email um texto da viúva sobre um abaixo assinado, contando as confusões das investigações e pedindo que assinássemos para que as investigações continuassem. Quando soube que tinha um documentário sobre esse triste episódio do nosso país quis apoiar e assistir. Gostei que o documentário não foi pelo caminho fácil do melodrama e sensacionalismo, foi pelo caminho da informação e do jornalismo. Então conheci bastante do Toninho e da sua carreira.
Gostei de conhecer um pouco da carreira do Toninho. Não sabia que ele tinha se formado arquiteto pela FAU na USP. E que tinha escolhido o Urbanismo como profissão. Foi isso que fez o arquiteto criar projetos de urbanização em favelas na década de 70. Com o projeto, ele se comprometeu a todos os fins de semana ir ajudar os moradores nos mutirões dos projetos de urbanização. Passou 15 anos indo todos os fins de semanas ajudar nos projetos de urbanização. Isso provavelmente foi o que mais lhe trouxe popularidade. Na sua trajetória, Toninho ganhou muitos amigos e alguns inimigos. Fiquei triste com esse Brasil confuso e tão pouco transparente. É absolutamente confusa a investigação. Me incomoda esse contracenso nesse país. Enquanto o Collor foi inocentado por falta de provas, e o que não faltavam eram provas. Os argumentos frágeis da morte do Toninho foram dados como conclusivos, mesmo as argumentações terem sido baseadas em suposições e não em provas. Eu sabia que as investigações tinham sido obscuras, só não tinha ideia do tamanho da dimensão das confusões e infelizmente o documentário conseguiu mostrar a teia de incongruências. Inclusive a morte de três bandidos em outra cidade, por policiais de Campinas, que alegaram terem sido em um confronto. Tudo estranho, irregular e muito triste. Apesar de achar que mesmo que esse caso seja melhor apurado, é possível que o que realmente aconteceu nunca apareça. Mais triste ainda. A viúva estava presente na sessão e disse que esse documentário vai passar em Campinas no dia 11 no Museu da Imagem e do Som. E depois em mais 6 bairros de Campinas onde as pessoas deram os depoimentos. Também há um site.Youtube: Documentário ECOS discute o assassinato de Toninho do PT
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| From Mata Hari e 007 |
Bejios,

Pedrita


O documen-tário mostra alguns processos de montagem até o carro ficar pronto. Depois uma feira lotadíssima onde todos dão palpites. E como criticam cada detalhe, e como dão palpites. Aí volta para a fábrica do final da produção retornando para o começo, com toda a genialidade do olhar de Louis Malle.






Gostei no início que tudo pratica-mente se passa em uma única tomada de uma sala onde se joga sinuca. Pouco vemos de outros ambientes. Em todos há poucos diálogos e muitos são escritos. Em 1966 por cartas, em 1911 todo o texto é como filme mudo. E no último high tech, nesse tudo é pelo computador, SMS ou recado no celular. As relações afetivas também mudam. Há a declaração de amor no primeiro, mas eles só pegam na mão muito tempo depois. No de 1911 é a época do concubinato e as difíceis relações femininas. E no último as mudanças das relações não só entre quatro paredes, mas entre os familiares. Os tempos de cada tempo também são diferentes, as técnicas cinematográficas e a iluminação. No de 1911 tudo é perfeito, nada está fora de lugar, tudo é milimetricamente estudado. Como a hora que a personagem arruma milimetricamente uma toalha. Em 2005 tudo já é mais bagunçado, as ruas são super lotadas, tudo não é muito bonito esteticamente. Gostei demais de Três Tempos. Os dois atores são muito bonitos e talentosos: 
Esses lutadores que tanto se prepa-raram se revoltam, afinal eles haviam se prepa-rado e o Panda não parece preparado. Gostei de mostrar a nossa pretensão de acharmos que sabemos quem é realmente o mais preparado. Nesse momento empresarial, onde os julgamentos são às vezes superficiais, esquecem outros valores. O Panda amava o kung fu, era fã desses lutadores, sabia tudo deles e de todas as tradições, tinha uma grande admiração e respeito pelas tradições. Mas todos só viam o aparente despreparo. Bonitinho como aos poucos o Panda vai conquistando os lutadores. Me encantei com essa animação! Entrou para a lista das minhas preferidas.