Acho que o diretor quis se inspirar em Blade Runner, ou mesmo homenagear. As locações são muito escuras, muito molhadas, a maioria de noite. Escuras demais pro meu gosto. Gostei da atualidade do roteiro. Vou falar detalhes do filme: Uma equipe médica precisava de pessoas para os seus experimentos. Cada vez mais humanos e androides vivem misturados. O amigo da protagonista parece saído direto de Blade Runner e é interpretado por Pilou Asbaek.
Começa com a protagonista sendo atendida em um hospital, depois uma máquina fazendo o corpo dela. Ela acorda e a médica disse que ela estava se afogando, tinha fugido com os pais de navio, os terroristas os atacaram, e eles conseguiram salvá-la, mas só o seu cérebro. O corpo teria sido reconstituído. Com o tempo, do meio para o final do filme descobrimos que não foi bem isso. Ela e outros jovens eram rebeldes, viviam em uma parte sem lei da cidade. Policiais os prendem e os usam de cobaia. Incrível como o tema é atual. Mesmo com todo radicalismo da trama, o quanto muitas vezes acham dispensáveis cidadãos que questionam a sociedade. Que a experiência seria para um bem maior. Sei.
Juliette Binoche é a médica. A atriz não está bem no filme, esquisita, parece não se sentir confortável no personagem. Canastrona mesmo. Uma pena porque adoro essa atriz.
Michael Pitt está ótimo. Quando o rosto dele aparece é o momento que o filme fica mais interessante. Só agora que vi que o Takeshi Kitano está no elenco, ótimo personagem, está irreconhecível pela maquiagem.
Beijos,
Pedrita